domingo, 20 de novembro de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em São José do Rio Preto, SP

O Centro Regional de Eventos foi o local escolhido pela União das Sociedades Espíritas (USE) – Intermunicipal de São José do Rio Preto e Região para recepcionar um público de cerca de 4,500 pessoas que reuniram-se para ouvir Divaldo Franco na noite de 18 de novembro de 2016.
Assumindo a tribuna Divaldo inicia a conferência transmitindo – do alto de sua experiência - uma constatação inequívoca e que forneceu aos expectantes presentes a direção do tema da noite: “Todos nós buscamos planejar nossa vida e encaminhar um futuro repleto de felicidade e esperança, porém, por maior que seja a nossa dedicação aos planos delineados, a vida se nos defronta com ocorrências inesperadas e imprevistas que conspiram e subvertem nossos planos”.
Um breve stacatto e Divaldo encaminha uma nova direção e passa a narrar a história do médico americano Tadeu Merlin, favorável a aplicação da Eutanásia (do grego Morte Branda) em casos de doenças terminais.
Com esse pensamento povoando seu cérebro, o Dr. Merlin foi convocado a efetuar um atendimento de emergência para tentar salvar a vida de uma parturiente e seu bebê que não vinha à luz mesmo após 20 horas de trabalho de parto.
Quando, finalmente, a criança veio ao mundo o Sr. Merlin deu-se conta de que a mesma era portadora de uma deficiência congênita no pé o que o impediria de ter uma vida normal. Esse fato, associado ainda, à penúria econômica da mãe, despertou no médico materialista a ideia de acabar com os enormes sofrimentos que aquela criança teria.
Aproveitando que a mãe do bebê dormia, extenuada pelo largo período do parto, o Dr. Merlin preparou a injeção que levaria o recém-nascido à morte sem despertar suspeita. Porém, algo que o médico não soube explicar, deteve sua iniciativa e com esforço abandonou a efetivação da eutanásia.
Os anos se dobraram e várias décadas mais tarde o agora famoso e bem sucedido Dr. Merlin vivia uma vida tranquila ao lado da filha e de Barbara a netinha de 5 anos que encantava sua vida.
Em um acidente de trânsito, desencarnaram a filha e o genro do Dr. Merlin deixando Barbara sob seus cuidados.
Ao completar 7 (sete) anos, porém, a linda Barbara foi alvo de uma virose pertinaz. Os diversos médicos consultados afirmavam que a morte da criança ocorreria em poucos dias, sob dores terríveis. Os médicos aconselharam o Dr. Merlin a suavizar os momentos finais da netinha querida aplicando-lhe a eutanásia.
Em desespero o Dr. Merlin buscou ajuda junto a um médico da periferia de uma cidade do meio oeste americano que vinha efetuando estudos com essa doença.
O jovem médico avaliou Barbara e confirmou o veredito dos demais profissionais. A morte de Barbara ocorreria em poucos dias.
Vendo o sofrimento do avô, o médico ofereceu um tratamento experimental e sem certeza de resultados, o que foi prontamente aceito pelo Dr. Merlin. Após algumas semanas de tratamento a vitalidade e a saúde, voltaram a animar Barbara.
Quando o Dr. Merlin foi agradecer o jovem médico, o avô de Barbara deu-se conta de que o médico que havia devolvido a saúde de sua netinha era portador de uma deficiência física no pé e que ele se movimentava com dificuldades. Ao abordar o assunto com o médico, o Dr. Merlin descobriu que o profissional que salvara a netinha era a criança que há 35 anos ele quase aplicara a equivocada solução da eutanásia.
Com a emoção dominando os corações dos atentos ouvintes, Divaldo inicia a abordagem sobre o real sentido da vida enfatizando a felicidade citando o pensamento de Vicente de Carvalho: “A felicidade está onde nós a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos”.
Podemos ser felizes apesar dos problemas que nos acontecem e citou o exemplo de vida de Viktor E. Frankl, autor do livro Em Busca de Sentido e sobrevivente dos campos de extermínios nazista, que afirma: “Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. Ser um ser humano, é trabalhar por algo além de si mesmo. A vida para ser digna tem que ter um objetivo”.
A felicidade é possível através do amor. Basta amar, sem a preocupação de ser amado, pois todo aquele que deseja ser amado é “criança” ferida da psicologia Junguiana, equivalente a dizer ser uma criança que, apesar de ter se tornada adulta, ainda não amadureceu emocionalmente e continuam carregando as mágoas infantis e que vivem cheias de ressentimento.
Com esse introito Divaldo passa a discorrer então sobre o pensamento e definições das diversas escolas filosóficas sobre a felicidade:
1. Epicuro afirmava – pelo pensamento Epicurista ou hedonista - ser a felicidade alcançada com o TER coisas e prazer indutores da felicidade.
2. Mais tarde surgiu Diógenes do pensamento Cínico que afirmou que a felicidade é NADA TER. Desdenhando os bens transitórios passou a habitar um tonel. Desconsiderou, em Corinto, o convite que lhe fora feito por Alexandre Magno, desprezando a honra de governar o mundo ao seu lado e admoestando-o por tomar-lhe o que chamava "o meu sol"
3. Surge, então, Zenon de Cicio e o pensamento estoico, que ensinava ser a felicidade a necessidade de se banir da vida a afetividade e a emotividade causadoras do apego e produtoras de infelicidade. Além domais o homem deveria enfrentar as vicissitudes e os sofrimentos com serenidade, libertando-o da infelicidade. A felicidade estoica é RESIGNAR
4.  Posteriormente Sócrates com o pensamento de que a felicidade é SER e não ter coisas transitórias. Sócrates combatia os males que os homens produzem para gozarem de benefícios imediatos, objetivando, com essa atitude de reta conduta, o bem geral, a felicidade comunitária. Felicidade seria o bem da alma, através da conduta justa e virtuosa.
Divaldo, fala então da interpretação da Doutrina Espírita sobre a felicidade ao nos ensinar que o ser humano deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua eternidade espiritual. Filosofia esta, sintetizada no pensamento de Allan Kardec: “A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não da situação material em que ele vive”.
Estamos na Terra para construir um mundo melhor.
E com essa mensagem de ternura, carinho e de felicidade Divaldo relembra os ensinamentos de Jesus quando questionado por Poncio Pilatos se Ele era Rei, o Mestre lhe respondeu:
— Meu Reino não é deste mundo!
Palavras muito simples mas que nos revela ser a verdadeira felicidade não transcorre na Terra (plano físico) – conquanto aqui se inicie – mas sim no no mundo espiritual, ou o Reino de Deus conforme dizia Jesus.
Fotos: Sandra Patrocinio
Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


ESPANHOL


DIVALDO FRANCO en São José do Rio Preto /SP - 18-11-2016.

    El Centro Regional de Convenciones fue el lugar elegido por la União das Sociedades Espíritas (USE) – Intermunicipal de São José do Rio Preto y región para recibir un público constituido por cerca de 4.500 personas, que se congregaron para escuchar a Divaldo Franco, en la noche del 18 de noviembre de 2016.
    Instalado en la tribuna, Divaldo da comienzo a la conferencia trasmitiendo –a partir de su elevada experiencia- una constatación inequívoca, que proporcionó a los expectantes presentes la orientación acerca del tema de esa noche: Todos tratamos de planificar nuestra vida y encaminarnos hacia un futuro repleto de felicidad y esperanza pero, por mayor que sea nuestra dedicación a los proyectos esbozados, la vida se nos presenta con acontecimientos inesperadas, imprevistos, que conspiran contra nuestros planes y los trastornan.
    Un breve stacatto y Divaldo se encamina en otra dirección, y comienza a narrar la historia del médico norteamericano Tadeu Merlin, quien estaba a favor de la aplicación de la eutanasia (del griego muerte suave) en casos de enfermedades terminales.
    Con ese pensamiento que ocupaba su cerebro, el Dr. Merlin fue convocado a atender una emergencia, a fin de que tratara de salvar la vida de una parturienta y de su bebé, que no salía a la luz después de transcurridas veinte horas de trabajo de parto.
    Cuando, finalmente, la criatura vino al mundo, el Sr. Merlin se dio cuenta de que era portadora de una deficiencia congénita en uno de sus piés, lo que le impediría tener una vida normal. Ese hecho asociado, además, a la penuria económica de la madre, despertó en el médico -materialista-, la idea de poner fin anticipadamente a los enormes sufrimientos que aquella criatura iba a tener.
    Aprovechando que la madre del bebé dormía, extenuada por el prolongado tiempo de parto, el Dr. Merlin preparó la inyección que conduciría al recién nacido a la muerte, sin despertar sospechas. Sin embargo, algo que el médico no supo explicar, frustró su iniciativa y, con esfuerzo, dejó de lado la realización de la eutanasia.
    Los años transcurrieron, y varias décadas más tarde, el para entonces famoso y exitoso Dr. Merlin vivía una vida tranquila, al lado de su hija y de Bárbara, su nietita de 5 años, que encantaba su vida.
    En un accidente de tránsito, desencarnó la hija y el yerno del Dr. Merlin, de modo que Bárbara quedó a su cuidado.
    Cuando cumplió siete (7) años, la hermosa Bárbara fue atacada por un virus pertinaz. Los diversos médicos consultados manifestaban que la muerte de la pequeña se produciría al cabo de unos pocos días, en medio de dolores terribles. Los médicos aconsejaron al Dr. Merlin aliviar los momentos finales de su querida nietecita con la aplicación de la eutanasia.
    Desesperado, el Dr. Merlin buscó la ayuda de un médico de la periferia, radicado en una ciudad del medio oeste norteamericano, quien había estado efectuando estudios relacionados con esa enfermedad.
    El joven médico evaluó el estado de Bárbara, y confirmó el diagnóstico de los demás profesionales. La muerte de Bárbara se produciría al cabo de pocos días.
    Al ver el sufrimiento del abuelo, el médico le ofreció un tratamiento experimental, sin certeza alguna acerca de los resultados, lo que fue de inmediato aceptado por el Dr. Merlin. Al cabo de algunas semanas de tratamiento, la vitalidad y la salud volvieron a animar a Bárbara.
    Cuando el Dr. Merlin fue a agradecerle al joven médico, el abuelo de Bárbara se dio cuenta de que el médico que había devuelto la salud a su nietita era portador de una deficiencia física, en el pie, y que se desplazaba con dificultad. Al abordar el tema con el médico, el Dr. Merlin descubrió que el profesional que había salvado a su nietecita, era la criatura a quien 35 años antes, él había estado a punto aplicarle -equivocadamente- la solución de la eutanasia.
    La emoción dominaba a los corazones de los atentos oyentes, cuando Divaldo comenzó a plantear cuál es el verdadero sentido de la vida, poniendo énfasis en la felicidad, y citando el pensamiento de Vicente de Carvalho: La felicidad está donde la ponemos, pero nosotros nunca la ponemos donde estamos.
    Podemos ser felices, a pesar de los problemas que nos afecten, y citó el ejemplo de vida de Viktor E. Frankl, autor del libro En busca de sentido, siendo él sobrevivente de los campos de exterminio de los nazis, quien afirma: Si percibimos que la vida realmente tiene un sentido, percibimos también que somos útiles, los unos a los otros. Ser un ser humano, es trabajar por algo más allá de sí mismo. La vida, para ser digna, debe tener un objetivo.
    La felicidad es posible a través del amor. Alcanza con amar sin la preocupación de ser amado, pues todo aquel que desea ser amado es un niño herido, según la psicología Junguiana, lo que equivale a decir que es un niño que, a pesar de haber llegado a la edad adulta, aún no ha madurado emocionalmente, y continúa cargando las angustias de la etapa infantil, por lo que vive experimentando el resentimiento.
    Con esa introducción, Divaldo comienza a considerar el pensamiento y las definiciones de las diversas escuelas filosóficas sobre la felicidad:
    1. Epicuro afirmaba –su pensamiento era hedonista- que la felicidad se alcanza con el TENERcosas y con el placer, pues son inductores de la felicidad.
    2. Más tarde surgió Diógenes, con el pensamiento cínico, quien afirmó que la felicidad consiste en NO TENER. Despreciando los bienes transitorios, comenzó a vivir dentro de un tonel. Incluso despreció, en Corinto, la invitación que le había hecho Alejandro Magno, además de que declinó el honor de gobernar el mundo junto con él, y lo reprendió porque le quitaba lo que él denominaba mi sol.
    3. Surge, entonces, con Zenon de Cicio el pensamiento estoico, que enseñaba que la felicidad se alcanza mediante la eliminación de la afectividad y la emotividad, causantes del apego y generadoras de desdicha. Además, el hombre deberia hacer frente a las vicisitudes y los sufrimientos con serenidad, lo que iba a liberarlo de la desdicha. La felicidad estoica implica RESIGNARSE.
    4. Posteriormente, Sócrates plantea el pensamiento acerca de que la felicidad consiste en SER, y no en poseer cosas transitorias. Sócrates combatía los males que los hombres producen para gozar de beneficios inmediatos, y tendía, con esa actitud de recta conducta, al bien general, a la felicidad común. Felicidad sería el bien del alma, a través de la conducta justa y virtuosa.
    Divaldo, se refiere entonces a la interpretación de la Doctrina Espírita sobre la felicidad, que nos enseña que el ser humano debe aprender a ser feliz de acuerdo con las circunstancias, incorporando el concepto, y viviendo con la certeza de la transitoriedad de su cuerpo físico, y de su eternidad espiritual. Esta filosofía se halla sintetizada en el pensamiento de Allan Kardec: La felicidad depende de las cualidades inherentes al individuo y no de la situación material en que él vive.
    Estamos en la Tierra para edificar un mundo mejor.
    Y con ese mensaje de ternura, cariño y felicidad, Divaldo alude a las enseñanzas de Jesús, cuando a la pregunta de Poncio Pilatos sobre si Él era Rey, el Maestro le respondió:  —¡Mi Reino no es de este mundo!
    Palabras muy simples, reveladoras de que la verdadera felicidad no transcurre en la Tierra (ámbito físico), aunque aquí tiene comienzo, sino en el Mundo Espiritual o Reino de Dios, según lo anunciaba Jesús.

Fotos: Sandra Patrocinio
Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com])

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