domingo, 20 de novembro de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em São Bernardo do Campo, SP

17-11-2016.

“Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor”. Lázaro, Paris 1862. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XI Amar o Próximo como a Si Mesmo, A Lei de Amor, item 8.

A noite do dia 17 de novembro de 2016 representou para a instituição espírita Lar da Criança Emmanuel, o Centro Espírita Obreiros do Senhor e o Centro Espírita Maria Amélia o coroamento de esforços que, desde 2010, se mobilizaram para as comemorações de meio século de fundação desses núcleos de amor e caridade.
Nessa data o tribuno Divaldo Franco apresentou-se no Centro de Formação dos Profissionais de Educação “Ruth Cardoso” em São Bernardo do Campo, levando a mais de 2000 pessoas a mensagem de esperança, consolação e amor, sempre baseada nos ensinamentos de Jesus e Kardec.
Do alto da tribuna Divaldo iniciou sua conferência com uma frase sintética mas abrangente em seu significado: “O problema da criatura humana é a própria criatura humana”.
A partir desse introito Divaldo discorre sobre o processo antropo-psicológico da criatura humana que inicia sua viagem com a manifestação do Instinto desdobrado em suas 3(três) abrangências:
1.       O Instinto de Reprodução;
2.       O instinto de Alimentação;
3.       O instinto de Repouso.
Avançando um pouco mais e observar as forças da Natureza agindo à sua volta, o homem primitivo desenvolve sua primeira emoção: O Medo que o capacita fisiologicamente para enfrentar ou fugir das situações perigosas
A partir do medo surgem, então, a ira, a cólera, o ódio e o desejo de vingança.
Agrupados em suas cavernas e observando a fragilidade e dependência das crias tem início o desenvolvimento dos pródromos do nobre sentimento que somente muito mais tarde se consolidará em sua estrutura psicológica: o amor.
E para nos falar desse amor Divaldo – com a habilidade e competência habitual desvenda-nos os pensamentos dos grandes estudiosos da criatura humana.
Citando o sociólogo, médico psiquiatra e psicólogo o professor Emilio Mira y Lopez (1896-1964) que, do ponto de vista psicológico o ser humano é constituído de cinco (5) elementos:
1. Personalidade (A máscara que afivelamos à face).
2. Conhecimento (São as aquisições intelectivas e formada pelas lições de aprendizagem)
3. Identificação (São as sintonias daquilo com o que nos afinizamos)
4. Consciência (Que atuando com o Conhecimento formam a base do discernimento). A consciência possui níveis diferenciados como conceituou Pedro Ouspensky:
4.1. Consciência de sono SEM sonhos (Só pensa em si próprio: É meu)
4.2. Consciência de sono COM sonhos (Já passamos a ter ideais e não somente o desejo de acumular)
4.3. Consciência de sono ACORDADO (A consciência que não mais está sonolenta pelo egoísmo)
4.4. Consciência de SÍ mesmo. (Quando o Ego - a máscara que afivelamos à face e que luta por defender a qualquer preço nossa Individualidade - toma conhecimento dos conteúdos psíquicos). Em outras palavras: É quando eu sei fazer o que DEVO quando POSSO e – também - fazer o que POSSO quando DEVO). Nesse ponto Divaldo ilustra que as crises – morais, sociais, econômicas – vem do fato de realizarmos o que PODEMOS quando NÃO DEVEMOS e fazer o que DEVEMOS quando NÃO PODEMOS.
Ainda no item de Consciência de SÍ mesmo Divaldo alonga maiores esclarecimentos e enumera as 7 (sete) funções que a Consciência vai permitir controlar na máquina orgânica: I) Função EmocionalII) Função IntelectivaIII) Função do Instinto; IV) Função dos MovimentosV) Função Sexual (Expressões Feminina _Anima - e Masculina – Animus - permitindo equilibrar a psicologia à anatomia); VI) Função Emoção Superior e VII) Função Intelectiva Superior.
4.5. Consciência Cósmica. (Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim. Paulo - Gálatas 2:20)
5. Individualidade (O elemento que o egoísmo procura defender a todo custo).
Finda esse périplo pela conceituação acadêmica da consciência Divaldo adentra à parte final da conferência abordando a parte moral do tema:
Allan Kardec, através da questão 625 de O Livro dos Espíritos, indaga aos Espíritos Superiores: Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens, para lhe servir de modelo e guia?
Ao que os Numes tutelares da humanidade respondem sinteticamente: Jesus;
Jesus é o Modelo, Guia e Mestre de toda a Humanidade que, com seu amor incondicional por todos nós, é exemplo para nossos comportamentos e que nos indica a direção a seguir além de nos legar ensinamentos imortalizados na forma sucinta do Sermão da Montanha, principalmente nas Bem Aventuranças.
Jesus vem subverter o entendimento dos conceitos gerados pela falta de consciência da época e que perduram até os dias atuais. Herói era aquele destruía  aos inimigos e Vitorioso era aquele que conquistava a todos e a tudo esmagando e derramando o sangue.
Para aqueles que já têm a consciência iluminada pelos ensinamentos do Cristo o Herói é aquele que vence a Sí mesmo e Vitorioso é aquele que controla as suas más inclinações e vence as suas tendências malignas.
O Espiritismo vem despertar a nossa consciência para a necessidade de encontrarmos um sentido psicológico para a vida deixando a fase do primarismo representado pelos instintos e as sensações.
O sentido da vida, conforme nos ensinou Jesus, é AMAR.
Nós somos mais do que o ser definido pelos antropologistas: Bípede e emocional. Somos também aqueles que trazemos na alma a presença de Deus e nascidos para amar, pois o amor é o ápice do nosso processo evolutivo ético e moral.
Divaldo silencia e arremata: A vida tem que ter um significado: O desenvolvimento do amor.
Concluindo o seminário Divaldo estendeu a todos o convite que lhe foi formulado por Joanna de Ângelis de que devemos abrir o carinho das nossas emoções e sentimentos ao nosso próximo buscando aqueles que são “invisíveis” na sociedade, os esquecidos e marginalizados, contribuindo para torná-los dignos e socialmente visíveis.
Divaldo narra sua experiência pessoal quando, convidado por Joanna de Ângelis, abraçou um simples garçom e ao estabelecer diálogo com ele, veio a descobrir que o abraço recebido o fez abandonar a decisão de cometer suicídio, posto que experimentava a dolorosa injunção do câncer.
Emocionados – e felizes - lentamente todos foram se retirando com os ensinamentos de Jesus ainda repercutindo na acústica da alma, convidando-nos a todos a sermos felizes. HOJE.

Fotos: Sandra Patrocinio
Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


ESPANHOL


DIVALDO FRANCO - São Bernardo do Campo /SP, 17-11-2016.


 “El hombre, en su origen, sólo tiene instintos; más avanzado y corrompido, sólo tiene sensaciones; más instruido y purificado, tiene sentimentos; y el punto primoroso del sentimiento es el amor.” (Lázaro, París, 1862). El Evangelio según el Espiritismo, capítulo XI: Amar al prójimo como a sí mismo, La ley del amor, ítem 8.

    La noche del día 17 de noviembre de 2016, representó para la Institución Espírita Lar da Criança Emmanuel, para el Centro Espírita Obreiros do Senhor y el Centro Espírita Maria Amélia, el coronamiento de esfuerzos que, desde 2010, se conjugaron para las conmemoraciones del medio siglo de la fundación de esos núcleos de amor y caridad.
    En esa fecha, el orador DIVALDO FRANCO se presentó en el Centro de Formación de los Profesionales de la Educación “Ruth Cardoso” en São Bernardo do Campo, y trasmitió a más de 2.000 personas el mensaje de esperanza, consuelo y amor, siempre basado en las enseñanzas de Jesús y de Kardec.
    Desde lo alto de la tribuna, Divaldo dio comienzo a su conferencia con una expresión sintética pero precisa en su significado: El problema de la criatura humana es precisamente la criatura humana.
    A partir de ese comienzo, Divaldo alude al proceso antropopsicológico del ser humano, que inicia su viaje con la manifestación del instinto, considerado en sus tres (3) aspectos:
1.       El instinto de reproducción;
2.       El instinto de alimentación;
3.       El instinto de reposo.

    Cuando avanza un poco más, y observa las potencias de la Naturaleza que se manifiestan alrededor de él, el hombre primitivo desarrolla su primera emoción: el miedo, que lo capacita fisiológicamente para enfrentar las situaciones peligrosas, o huir de ellas.
    A partir del miedo surgen la ira, la cólera, el odio y el deseo de venganza.
    Agrupados en cavernas, al observar la fragilidad y la dependencia de las crías, comienza el desenvolvimiento del noble sentimiento que mucho más tarde se consolidará en su estructura psicológica: el amor.
    Y para referirse a ese amor, Divaldo –con la habilidad y la competencia habituales- nos devela los pensamientos de los grandes estudiosos de la criatura humana.
    Cita al sociólogo, médico psiquiatra y psicólogo, el profesor Emilio Mira y Lopez (1896-1964) que, desde el punto de vista psicológico, el ser humano está constituido por cinco (5) elementos:
1. Personalidad (La máscara que ajustamos al rostro).
2. Conocimiento (Son las conquistas intelectuales, formadas por las lecciones inherentes al aprendizaje).
3. Identificación (Son las sintonías con aquello que nos resulta afín).
4. Conciencia (La que junto con el conocimiento, forma la base del discernimiento). La conciencia posee niveles diferenciados, según la definió Pedro Ouspensky:
4.1. Conciencia de sueño SIN sueños (Sólo piensa en sí mismo: Es mío.)
4.2. Conciencia de sueño CON sueños (Ya comenzamos a tener ideales y no solamente el deseo de acumular).
4.3. Conciencia de sueño DESPIERTO (La conciencia que ya no está somnolienta por el egoísmo).
4.4. Conciencia de sí  mismo. (Cuando el Ego -la máscara que asujetamos al rostro- lucha por defender a cualquier precio nuestra individualidad, toma conocimiento de los contenidos psíquicos). En otras palabras: Es cuando yo sé hacer lo que DEBO cuando PUEDO y –también- hacer lo que PUEDO cuando DEBO). En ese punto, Divaldo explica que las crisis –morales, sociales, económicas– provienen del hecho de que realicemos lo que PODEMOS cuando NO DEBEMOS, y de que hagamos lo que DEBEMOS cuando NO PODEMOS.
    Además, en el ítem referido a la conciencia de sí mismo, Divaldo agrega más explicaciones y enumera las 7 (siete) funciones que la conciencia va a permitir controlar en la máquina orgánica: I) Función emocionalII) Función intelectivaIII) Función del instintoIV) Función de los MovimientosV) Función sexual (Expresiones: femenina: ánima - y masculina – ánimus - que permiten equilibrar la psicología a la anatomía); VI) Función emoción superior y VII) Función intelectiva superior.
4.5. Conciencia cósmica. (Ya no soy yo quien vive, sino Cristo es quien vive en mí. Pablo - Gálatas 2:20).
               5. Individualidad (El elemento que el egoísmo procura defender, cualquiera sea el costo).
   
    Concluido ese periplo a través de los conceptos académicos de la conciencia, Divaldo ingresa en la parte final de la conferencia, abordando el aspecto moral del tema:
    Allan Kardec, a través de la cuestión No. 625 de El Libro de los Espíritus, pregunta a los Espíritus Superiores:      
    ¿Cual es el ejemplo más perfecto que Dios ha ofrecido al hombre, para que le sirva de guía y modelo?
    A lo que los númenes tutelares de la humanidad respondieron sintéticamente: Ved a Jesús.
    Jesús es el Modelo, Guía y Maestro de toda la humanidad, quien con su amor incondicional por todos nosotros, es un ejemplo para nuestro comportamiento, y nos indica la dirección a seguir, además de que nos legara enseñanzas inmortalizadas en la forma sucinta del Sermón de la Montaña, principalmente en las Bienaventuranzas.
    Jesús vino a revolucionar la comprensión de los conceptos generados por la falta de conciencia de la época, que perduran hasta los días actuales. Héroe era quien destruía a los enemigos, y Victorioso era aquel que conquistaba a todos y a todo, mediante el exterminio y el derramamiento de sangre.
    Para aquellos cuya conciencia ya está iluminada por las enseñanzas del Cristo, héroe es aquel que triunfa sobre sí mismo, y victorioso es aquel que controla sus malas tendencias y triunfa sobre ellas.
    El Espiritismo ha venido a despertar nuestra conciencia, en cuanto a la necesidad de que encontremos un sentido psicológico para la vida, abandonando la fase del primarismo, representado por los instintos y las sensaciones.
    El sentido de la vida, de conformidad con lo que nos ha enseñado Jesús, es AMAR.
   Nosotros somos más que el ser que han definido los antropólogos: bípedo y emocional. Somos, también, portadores en nuestras almas de la presencia de Dios; hemos nacido para amar, pues el amor es la culminación de nuestro proceso evolutivo, tanto en lo ético como en lo moral.
    Divaldo se queda en silencio y concluye: La vida debe tener un significado: el desarrollo del Amor.
    Para concluir el seminario, Divaldo hizo a todos una invitación que le formulara Joanna de Ângelis, acerca de que debemos ampliar el afecto de nuestras emociones y nuestros sentimientos a nuestro prójimo, buscando a aquellos que son invisibles en la sociedad, los omitidos y marginados, contribuyendo a que sean dignos y socialmente visibles.
    Divaldo narra su experiencia personal cuando, según le sugiriera Joanna de Ângelis, abrazó a un mozo de restaurant, y al entablar un diálogo con él, comprendió que el abrazo que le dio al joven sirvió para que abandonara la decisión de suicidarse, que había adoptado a raíz de que atravesaba una dolorosa situación, dado que padecía cáncer.
    Emocionados -y felices-, lentamente todos se fueron retirando, con las enseñanzas de Jesús repercutiendo en sus almas, invitándonos a que seamos felices. HOY.

Fotos: Sandra Patrocinio
Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com])

Nenhum comentário:

Postar um comentário