quarta-feira, 22 de abril de 2015

Registro. Divaldo Pereira Franco em Nova Iorque, EUA


29-03-2015

DIVALDO FRANCO NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

No último dia 29/03/2015, o médium e orador espírita Divaldo Franco encerrou o roteiro de seis dias de atividades doutrinárias nos Estados Unidos, proferindo uma conferência na cidade de Nova Iorque, com o título “A Psicologia do Perdão”. O evento foi promovido pelo TriState Federation e teve lugar em belo auditório em Manhattan, que ficou totalmente lotado com a presença de cerca de 380 pessoas.

 

Como introdução à temática, Divaldo recordou a análise dos estudiosos do comportamento humano, que consideraram, oportunamente, que a Primeira Grande Guerra Mundial deveria pôr um fim aos conflitos armados no planeta, tal a profundidade das marcas que ela deixara. Entretanto, após aquele nefasto evento, foram catalogadas mais de 148 outras guerras, o que demonstra que os seres humanos são, ainda, profundamente belicosos. Qual seria a causa dessa belicosidade humana e qual o remédio para esse desvio de comportamento?

 

Na sequência, foi contada a história contida no livro “O Perdão Radical”, de autoria de Brian Zahnd, que retrata o horror da guerra em que os turcos massacraram a Armênia. Dessa narrativa é destacada um fato “sui generis”; uma jovem armena assiste ao extermínio de sua família pelos turcos e sobrevive, sendo escravizada sexualmente pelo líder da tropa. Mais tarde, foge do cativeiro, torna-se cristã, decide dedicar sua vida a salvar outras vidas, forma-se em enfermagem e torna-se uma das mais conceituadas enfermeiras da sua localidade. Certo dia, é convocada a atender um caso considerado terminal; o paciente tem o corpo coberto em feridas. Ela reconhece o algoz que exterminou a família e a escravizou. Mesmo assim, atende-o com todo empenho e zelo, salvando-lhe a existência. Quando o antigo algoz recupera a lucidez e a questiona o porquê de ter-lhe salvo a vida, ela responde que era cristã e que houvera aprendido com o Cristo a perdoar e amar aos inimigos. A pergunta final do autor do livro é: você também perdoaria?

 

Em análise desse cenário de violência de todos os tipos, de guerras em todos os quadrantes do globo, Divaldo mencionou a conclusão do Dr. James Hollis, psicanalista americano, que afirmou ser o ressentimento a grande doença da sociedade. Conquanto a Humanidade tenha alcançado um alto nível de desenvolvimento científico-tecnológico, ainda não logrou o seu desenvolvimento ético-moral, com a devida educação de suas emoções.

 

A resposta para os grandes problemas da sociedade hodierna estaria, portanto, no Amor, conforme a proposta exarada no Evangelho de Jesus. O Amor, como foi bem explicado, não é mais apenas uma recomendação teológica, mas uma proposta psicoterapêutica, cujos resultados levariam à saúde integral, à plenitude.

 

O conferencista apresentou estudos de vários cientistas, a confirmar o Amor como verdadeira terapia de profundidade, capaz de curar o ser humano de seus distúrbios orgânicos e psicológicos, a exemplo dos estudos dos físicos quânticos Dr. David Bohm e Dr. Stuart Wolf, que concluíram que quem ama produz elementos semelhantes a fótons, que têm poder curador, ao passo que os que mantêm ressentimentos adoecem.

 

Divaldo também esclareceu o conceito espírita, apresentado por Allan Kardec, sobre o ser humano tríplice - Espírito, perispírito e corpo físico, correlacionando-o com o conceito de somassignificação, deixando claro que os nossos pensamentos, atos e emoções, que são criações do Espírito, interferem diretamente na fisiologia do perispírito e, por conseguinte, mudam o funcionamento do organismo físico, para melhor ou pior, provocando saúde ou distúrbios, a depender do teor do conteúdo gerado pelo ser espiritual. Com isso, explicar-se-iam os problemas de depressão, distúrbio de pânico, Alzheimer etc.

 

Nesse contexto, o perdão apresenta-se como necessidade urgente para os que guardam ressentimentos.  O perdão é bom para quem o oferece e não tem, necessariamente, nada a ver com o esquecimento da ofensa, mas sim com uma atitude de não se devolver o mal com o mal. É uma atitude de libertação do ressentimento, que é prejudicial à saúde integral do ser humano.

 

Recorrendo ao pensamento de Allan Kardec, Divaldo apresentou o Espiritismo como a Ciência que estuda a origem, a natureza e o destino dos Espíritos e as relações existentes entre o mundo espiritual e o mundo físico, sendo uma filosofia ética, pautada na moral do Evangelho de Jesus. Foi, também, recordado que a palavra Evangelho, de origem grega, significa “boas novas de alegria” e que, por isso, o verdadeiro cristão ou verdadeiro espírita, deve cultivar uma ética que lhe garanta a alegria de viver, vivenciando tanto quanto possível os dois principais pedidos feitos por Jesus, quais sejam, o de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou e o de não fazermos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem.

 

A conferência foi encerrada com o belíssimo Poema da Gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues.


Texto e fotos: Júlio Zacarchenco

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)





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