Como acontece com uma multidão de espíritas e simpatizantes do Brasil e do exterior, acompanho desde a década de 60 no século 20
o bonito trabalho da dupla Divaldo Pereira Franco e Nilson de Souza Pereira. Divaldo, muito jovem e modesto professor do então curso primário, em sua Terra, na Bahia; teve iniciada a sua fecunda mediunidade. Passou a receber páginas psicofônicas e psicografadas que consolam muita gente e deram origem a muitos livros que já foram publicados.Também tornou-se um valoroso e requisitado tribuno que percorre os cinco continentes divulgando a doutrina espírita. Formando uma equipe com Nilson, seu braço direito, fundaram o Centro Espírita Caminho da Redenção e passaram a assistir material e espiritualmente um grande grupo de pessoas carentes.
Assim como o grupo de assistidos aumentava, também crescia o quadro de colaboradores voluntários.
Orientados pela espiritualidade maior, fundaram em agosto de 1952, nos contornos de Salvador, no bairro Pau dos Lima, a Mansão do Caminho, construída em uma área de 78.000 mil m2 e contando com 50 edificações, distribuídas em ruas, bosques e lago, onde são atendidas mais de 3.000 crianças e jovens de famílias de baixa renda. Há desde uma creche até um centro hospitalar. Para movimentar essa "cidade", conta com 200 funcionários e cerca de 400 colaboradores voluntários permanentes.
Passo a passo, tornou-se uma instituição exemplar que se assemelha a uma cidade de médio porte. Bem organizada, é administrada pela dupla e outros valorosos colaboradores que foram engrossando o grupo. Mantida independentemente de qualquer auxílio público, conta hoje com moderna gráfica, onde são confeccionados os livros psicografados por Divaldo, que são vendidos em todo o Brasil e também no exterior. A gráfica também faz múltiplos trabalhos vendidos para todo o país. Há, além de outras pequenas indústrias, uma panificadora de primeira linha, que atende uma grande população da região.
Com a autonomia alcançada nesses anos de trabalho, e contando com a dedicação de tantos trabalhadores comprometidos, a Mansão do Caminho certamente continuará sua jornada no bem, embora sentido a falta da presença física do companheiro Nilson, que partiu para a espiritualidade no dia 21 de novembro, enfermo que se encontrava há algum tempo.
Que todos continuem recebendo o apoio e a assistência espiritual: familiares, tarefeiros e assistidos dessa grande iniciativa. (Raymundo R. Espelho, Campinas, SP )
Nilson, em primeiro plano, acompanhando Divaldo Pereira Franco. Munique, Alemanha, 24/5/2011.
Divaldo Pereira Franco (E) e Nilson de Souza Pereira em foto de 10/2013.
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