sábado, 20 de dezembro de 2014

Divaldo Pereira Franco. Centro Espírita Caminho da Redenção Salvador, BA

18 de dezembro de 2014

Sob a direção de Mário Sérgio, coordenador habitual das atividades das quintas-feiras, e estando presente o Presidente da instituição, Demétrio Ataíde Lisboa e os convidados Jonas Pinheiro, de São Paulo e Nivalda Steffens, do Rio Grande do Sul, e após a leitura de trechos da mensagem de Bezerra de Menezes, psicografada por Divaldo Franco em Vitória da Conquista/BA, em 2011, o Embaixador da Bondade no Mundo, profundamente dedicado ao próximo, principalmente aos mais carentes, tanto material, quanto espiritualmente, narrou um episódio comovedor.
Em linhas gerais, após socorrer um homem que havia desmaiado a sua frente, levou-o de taxi até a um hospital. Na tentativa de auxiliar aquele homem ainda desmaiado, e depois de vários óbices, conseguiu falar com um médico, que examinando aquele homem, decidiu prestar o atendimento necessário. O amor, conduzido por divinas mãos, opera verdadeiros milagres, fazendo ver, aqueles que possuem olhos de ver. Ao sair do consultório daquele médico, Divaldo observou com atenção um quadro à parede, retratando uma bela mulher, de face angelical.
Era uma pintura da mãe daquele doutor. Da história narrada pelo médico à Divaldo Franco, ambos espíritas, destaca-se o profundo amor a mover as pessoas, principalmente aquela mãe, de origem alemã, chegada ao Brasil logo após o término da Primeira Guerra Mundial. Com muitas dificuldades, viúva e com um filho com cinco anos de idade, enfrentou a vida trabalhando duramente como lavadeira de roupas. Não havia tempo para si, somente para o filho, incentivando-o para os estudos, desdobrando-se para tal.
Formando em medicina, na véspera da formatura, sua mãe pede-lhe que a dispense de participar do ato solene. Estava muito doente, sentia-se em seus últimos momentos. O filho, preocupado com os estudos, sempre muito exigentes, não percebeu que a mãe se encontrava doente. Naquela noite, porém, notou o estado de saúde daquela que tinha se doado, por amor, a ele. A fragilidade daquela mulher era evidente, magra, diagnosticou, então, que sua mãe havia contraído o vírus da tuberculose.
Desencarnada naquela noite, e diante daquele cadáver, o filho médico jurou que estudaria e se aperfeiçoaria em tisiologia, dedicando tempo e cuidados aos mais pobres, conforme sua mãe lhe pedira, tornou-se um médico da pobreza, doando-se aos que necessitam. Divaldo e esse médico tornaram-se grandes amigos. Juntos auxiliaram muitas doentes. O médico, filho de lavadeira imigrante, multiplicando o amor que recebeu de sua mãe, construiu um hospital para atender, também, aos necessitados, graciosamente, notadamente aos tuberculosos.
Falando das misérias humanas, principalmente das doenças que rondam implacavelmente a pobreza, Divaldo deu seu testemunho de amor, com abnegação, devotamente e grande senso de caridade, amparando os caídos do caminho, estendendo a mão em amparo, o verbo em esperança, o olhar em compaixão, semeando em nome de Jesus o amor em todos os corações aflitos, fazendo todo o bem possível. Mais duas histórias foram narradas, comprovando os frutos opíparos que só o amor é capaz de produzir. De coração vibrante de emoção e acalentando sentimentos elevados, todos sentiram-se tocados pelas comoventes ações do amor, de dedicação aos infortunados, aos esquecidos e anônimos seres que sobrevivem penosamente à margem da sociedade.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
 

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