quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Caxias do Sul

21 de agosto de 2019

Divaldo Franco, o trator de Deus, nas palavras do maior médium do século XX, Francisco Cândido Xavier, retornando à Caxias do Sul para a realização de mais um seminário, lotou o Salão dos Capuchinhos. O tema Luz nas Trevas, muito instigante, foi antecipado por belo momento musical.
O Semeador de Estrelas, lançando luz sobre as trevas, discorreu sobre a formação do Planeta Terra ao longo de bilhões de anos, as primeiras manifestações solares, as galáxias contadas em números astronômicos, atestam a perfeição divina. Em um salto, o nobre e eloquente orador passou a elucidar o pensamento filosófico e científico sobre os átomos e as propriedades radiantes da matéria, o pensamento dos filósofos pré-socráticos, tudo se realizando para lançar luzes nas sombras da ignorância humana.
Assim, o homem vai se capacitando, tornando-se artífice da própria evolução, compreendendo que há uma consciência cósmica, com manifestação na inteligência do próprio homem. O pensamento socrático permite ao ser humano alcançar o seu autoconhecimento, uma maior iluminação intelectual, oferecendo oportunidade para distinguir a ilusão da realidade, o instinto da inteligência, as trevas da ignorância das luzes da sabedoria, geração após geração. Naturalmente que ideias novas se deparem com objeções e negações, porém, a verdade vai se revelando na medida em que o ser humano se luariza, pois que descobre uma realidade exultante.
A partir do século XVII a humanidade avançou e distendeu o seu conhecimento, embora os pensadores daquela época tenham sido anatematizados, mesmo sacrificados fisicamente. Era a treva da ignorância se debatendo ante a luz. Ao desenvolver a sua percepção, o homem vai saindo das sombras, permitindo que as luzes se estabeleçam. A sábia Mentora Joanna de Ângelis, ao escrever pela mediunidade de Divaldo Franco a obra Luz nas Trevas, realça a percepção da vida no corpo físico e a da vida espiritual, o homem crente e o ciente.
Ressaltando o grande cientista Albert Einstein e a carta endereçada à sua filha Lieserl, Divaldo Franco destacou que o cientista concluiu que o amor é a maior e mais vigorosa força do Universo, presidindo as demais, como se pode observar nesta citação: “Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que ainda não foi identificada por nós. Esta força universal é o AMOR. (...) O Amor é Deus e Deus é Amor.”
No contexto histórico e cultural do século XIX, Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) reencarnou-se na Terra, recebendo, ainda na infância, a formação educacional do mestre Pestalozzi. Na idade adulta, e residindo em Paris, tomou contato com os fenômenos das mesas girantes e falantes, como eram conhecidos os fenômenos mediúnicos, e passou a estudá-los em bases científicas, constatando a legitimidade dos fatos e extraindo deles consequências filosóficas e morais, de interesse extremo para o progresso intelectomoral e espiritual da Humanidade, dando origem a obra O Livro dos Espíritos, lançada em 18 de abril de 1857, marcando o surgimento oficial do Espiritismo na Terra.
A luz do conhecimento permite ao homem perceber o imperceptível. Após discorrer sobre alguns dados astronômicos, Divaldo Franco asseverou que Deus transcende a capacidade de o homem entende-LO. O mundo é fascinante, mas necessita da luz do amor para poder abandonar as trevas.
Com sua característica verve, Divaldo Franco narrou com cores belas a história de um grande homem que também lançou luz nas trevas. Trata-se de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) escritor, ilustrador e piloto francês. Divaldo Franco, humanista, recomendou a leitura de uma de suas obras: O Pequeno Príncipe. O romance apresenta uma profunda mudança de valores, sugerindo ao leitor o quão equivocado podem ser os julgamentos, e como eles podem levar o homem à solidão.
No início da segunda parte do seminário, Juan Danilo Rodríguez, médico espírita equatoriano, atualmente residindo na Mansão do Caminho, dotado de alta sensibilidade, interpretou ao violão uma música de sua autoria, adaptando a letra do Poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, sendo fortemente aplaudido.
Destacando a importância da mitologia grega, Divaldo descreveu os fatos que envolveram Narciso, um ser dotado de beleza incomum. Ele é o símbolo da soberba, do orgulho, a treva da presunção. Os conflitos humanos, de uma maneira geral, estão retratados nos mitos. O amor de Deus ensejou que a Doutrina Espírita fosse dada a lúmen na Terra, lançando luzes sobre as trevas da iniquidade humana. O Espiritismo, como ciência, dá ao homem a oportunidade de investigar os fatos, remontando as causas.
Ao historiar os fatos que levaram ao advento da Doutrina Espírita, Divaldo Franco salientou que a ciência espírita lançou luzes sobre a imensa escuridão em que o homem ainda se debate. Seus princípios filosóficos permitem o esclarecimento sobre o mundo dos Espíritos, destacando que o amor é a caridade em ação, pois que fora da caridade não há salvação. O Espiritismo é luz sobre as trevas da ignorância humana.
Joanna de Ângelis destaca alguns princípios a que o homem se deve aliar. 1º) Ame, todos nasceram para amar. 2º)  A vida é bela, a beleza está nos teus olhos. 3º) O mal que te fazem não te faz mal, porém, o mal que fazes te fará mal.
Em sua mensagem final, o Embaixador da Paz no Mundo, destacou a esperança, o exercício do amor, não aceitando o mal de ninguém, mas dando uma oportunidade a si mesmo e ao próximo. Não é importante convencer, mas iluminar-se. Faça da tua vida um caminho pontilhado de pegadas luminosas, sinalizando aos que vêm após. Valorize a família, o lar. Lembre-se de semear sempre a boa semente, não se preocupe tanto com o solo onde a semente será deitada. Semeie alegria, felicidade e gratidão. Reverente e superando-se, Divaldo Franco pôs-se de pé para declamar o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, aquecendo corações e mentes com ternura e amor, na gélida noite caxiense.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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