segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Registro. Conferência por Divaldo Pereira Franco Araraquara, SP

13-11-2014

Como parte do roteiro de atividades doutrinárias espíritas no Estado de São Paulo, nesta última quinta-feira, 13/11/2014, às 20h, foi realizada a conferência pública com o médium, humanista e orador espírita Divaldo Pereira Franco, na cidade de Araraquara/SP. O público de cerca de 1700 pessoas lotou o auditório principal e o grande atrium do moderno Centro Internacional de Convenção “Dr. Nelson Barbieri”. Belas canções espíritas foram entoadas por um coral, precedendo a prece, que foi proferida pela Sra. Cláudia Navarro. Na sequência, Dr. Miguel de Jesus Sardano fez a apresentação do conferencista, que, então, foi convidado a ocupar a tribuna. O perdão como caminho para a paz foi o tema central da conferência. Divaldo iniciou suas reflexões com as conclusões dos estudos históricos realizados pela equipe do Sr. Will Durant e esposa, que demonstraram que a Humanidade, ao longo de sua trajetória, quase sempre esteve em guerra, a maioria delas gerada por conflitos religiosos, e que o poder, quase que invariavelmente, esteve nas mãos de indivíduos belicosos e arbitrários, ficando evidente a necessidade de mudança de paradigmas no mundo. O pensamento de Blaise Pascal, filósofo e matemático francês do século XVII, também foi analisado no contexto da temática da noite, mostrando-se que a sociedade deveria educar-se e  desenvolver-se em duas bases fundamentais: o “espírito de geometria”, isto é, a lógica, a razão; e o “espírito de finesse”, a gentileza, a amabilidade; a fim de que fosse alcançado o “espírito do coração”, ou seja, o amor, a paz. Nesse sentido, asseverou Pascal, profeticamente, que se a sociedade optasse por desenvolver apenas a vertente da lógica, da razão, as nações acabariam por se entredevorar. Divaldo fez uma viagem histórica no pensamento universal desde o século XVII à atualidade, recordou a falência das religiões e o surgimento da proposta materialista, de Karl Marx, nas suas diferentes modalidades. Foi ressaltado o surgimento da Ciência Espírita, no séxulo XIX, resultado do esforço conjunto dos Espíritos Iluminados, sob a égide do Cristo, e do missionário Allan Kardec; uma Ciência, com metodologia própria e de consequências filosóficas e morais, que demonstra a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação, e que diz da predestinação de todos os seres humanos à perfeição, por meio dos esforços contínuos de transformação moral. O momento que vivemos é de grandes desafios e perturbações; e, segundo o conferencista, é indispensável que os indivíduos realizem a viagem interior, autodescobrindo-se, utlizando-se da proposta terapêutica do Evangelho de Jesus para a solução dos próprios conflitos, especialmente para a libertação das mágoas, dos ressentimentos, do ódio, que se constituem verdadeiros “cânceres” da alma. Divaldo narrou a história de Simon Wiesenthal, extraída de sua auto-biografia “Os Girassóis”, para alertar sobre a urgência de exercitarmos o auto-amor, que nos conduziria ao halo-amor e, por conseguinte, ao perdão; e o resultado final desse processo terapêutico seria a fruição da paz interior e a promoção da paz mundial. Realizando a ponte entre a Ciência, nas áreas da Psicologia, Psicanálise e Psiquiatria, e o Espiritismo, Divaldo afirmou que a meta da vida humana é a imortalidade, construindo-se o futuro de paz e alegria amando e servindo ao próximo.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Sandra Patrocínio/Edgard Patrocínio


(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

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