08 de junho de 2014.
No ensolarado e quente domingo de Zurique, 08 de junho de 2014, nas instalações do G-19 - Fundação para o fomento da consciência global -, onde Divaldo Franco se apresenta pela trigésima vez, teve prosseguimento o seminário, com o tema Die Psychologie der Vergebung (A Psicologia do Perdão). O salão estava completamente lotado. Foi mais um dia de reflexões acerca deste tema fundamental para o despertar da consciência.
Citando Buda, iniciando a atividade, Divaldo Franco disse que para o iluminado, o maior inimigo do ser humano era o desejo. Para Sócrates, no entanto, este inimigo era a ignorância. E para Jesus, o maior de todos os inimigos da criatura humana é o egoísmo, e a terapêutica que Ele recomendou foi o amor. A moderna psicologia aponta como a melhor solução para o ser humano, o seu autoconhecimento, pois enquanto não lograr isto, transitará de um conflito para o outro, aprendendo fórmulas externas sem resultados internos.
O ilustre orador esclareceu que a psicologia moderna também afirma que a agressividade é positiva. Neutra por característica, pode ser empregada positiva ou negativamente, uma vez que não devemos ser mornos, ou seja, o ideal é que o indivíduo seja agressivo, no bom sentido, no sentido positivo, enfrentando os obstáculos para lograr o êxito nos ideais almejados.
As religiões, asseverou, criaram um Deus temor, como mecanismo castrador, um Deus que pune, enquanto Jesus afirmou, que se buscássemos a verdade, ela nos libertaria. Mas de que forma? Indagou. Vivendo as pequenas verdades, fazendo o bem, não desejando o mal ao próximo, sendo gentil, trabalhando para a autoiluminação, necessitando, desta forma, da agressividade positiva, respondeu.
Utilizando-se de figuras de linguagem, sugeriu que os indivíduos se amem, pois quando amam, assemelham-se às flores, porém, quando carregam mágoas, ódios, parecem ser espinhos. A rosa e os espinhos estão na mesma haste, no entanto, a rosa perfuma, e o espinho fere. Ao final da tarde, após muitas reflexões que propiciaram aos presentes ampla catarse, pois que com facilidade, foi possível imaginar-se vivendo o papel dos personagens das verídicas histórias narradas.
Buscando fazer com que todos retornassem aos seus lares com uma mensagem marcante, enternecedora, de persistência, devotamento e abnegação, Divaldo Franco narrou a Lenda da Calhandra, ou do Rouxinol, história real vivida e atribuída a Ernestine Schumann-Heink, famosa cantora de ópera, e Elizabeth Gladich, a pequena violinista. A narrativa inspirada sensibilizou profundamente a todos, pois que é um exemplo de amor à vida, de valorização da presença de Deus em nós. Chegará o momento em que a calhandra terá que calar-se, - referindo-se a morte -, então perdoe-se, recomece a caminhada, lembre-se de que nem todos te aplaudirão, isso não importa, o importante é cantar. Cantar as belezas da vida, cantar para agradecer a Deus. O mundo nunca necessitou tanto de calhandrascomo nos dias atuais.
A beleza do momento era inenarrável, pois que as lágrimas saíam vitoriosas diante dos esforços para contê-las. Todos aplaudiram de pé, por longos instantes, o trabalhador devotado do Cristo, que por dois dias conduziu todos em uma viagem para o mundo pouco conhecido dos sentimentos humanos, utilizando-se da ferramenta valiosa que é o Espiritismo, indicando o caminho para a felicidade, que é o amor...
Fotos e texto: Ênio Medeiros
Abraços,
Jorge Moehlecke
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