Luxemburgo, 11 de maio de 2016
No dia 11 de maio, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade e Condado de Luxemburgo, com o tema “A Psicologia da Gratidão”.
O evento foi realizado no auditório do Hotel Meliá e recebeu um público de 200 pessoas.
“A vida é um poema de gratidão”. Assim foi iniciado o tema da noite. De acordo com o exposto, a criatura humana necessita de ser um observador mais atento a respeito de tudo o que lhe diz respeito. Ao darmo-nos conta das nossas possibilidades de experiências e progresso intelecto-moral-espiritual, surge em cada um de nós o dever e a necessidade de agradecer a Deus a oportunidade de viver. Isso porque a vida- afirmou o expositor-, é de manifestação divina; o Criador, desde os primórdios, estabeleceu um sentido de plenitude para ela, pelo comando do “faça-se a Luz!”. Somos, portanto, a luz que necessita de brilhar.
Discorrendo sobre o desenvolvimento antropossociopsicológico, com base nos estudos de John B. Watson, psicólogo americano, foi afirmado que as primeiras emoções que surgiram nos seres humanos foram: o medo, a ira e, por último, o amor. Essa última emoção que surgiu em nós é a que nos possibilita a plenitude.
E o que, então, dificultaria a conquista da plenitude pelo ser humano? A maior problemática, nesse sentido, seria a própria criatura humana, isto é, os conflitos que nela existem. E, a fim de possibilitar-se uma compreensão mais profunda a respeito do assunto, foram analisadas as 5 características essenciais do ser humano, segundo a proposta do médico psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.
De acordo com esse estudo, todos teríamos máscaras (personas) que utilizamos para a convivência social, que seriam o nosso ego e que se distinguiriam da nossa realidade profunda, aquilo que somos na essência (Self). Esse paradoxo entre o ser e o parecer representaria um dos grandes conflitos existenciais a serem vencidos pelo ser humano.
Além disso, os indivíduos teriam sempre o conhecimento, em maior ou menor quantidade e/ou profundidade. O reconhecimento da própria ignorância já seria uma forma de conhecimento.
Fo explicado que de acordo com nossas tendências, nossos pensamentos e atos, geramos processos de identificação com as demais criaturas. Surgem, então, as simpatias e antipatias.
Para o entendimento das enormes diferenças entre os indivíduos e suas maneiras de pensar e agir, Divaldo discorreu sobre os 4 principais níveis de consciência do ser, dentro da classificação do psicólogo russo Piotr D. Ouspensky: consciência de sono, consciência de sonho, consciência de si e consciência cósmica. As aspirações de cada um, os seus objetivos de vida, são os fatores que determinam em que nível cada pessoa se encontra.
Seguindo na análise da consciência, foi esclarecido que, ao atingirmos o nível de consciência de si, a máquina humana funcionaria executando 7 funções principais: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior ou coletiva. Fácil, portanto, de se depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais elevados de consciência.
A última característica do ser humano apresentada foi a individualidade, a qual seria a representação junguiana do Self, ou seja, do ser espiritual profundo em perfeita identificação com Deus.
Ao atingirmos esses níveis superiores de consciência, nasceria em nós a psicologia da gratidão, esse sentido de integração com a divindade e com todos os seres do Universo e de reconhecimento e gratidão pela vida. O ato de agradecer seria um gesto de amor.
Esse reconhecimento não seria apenas pelas ocorrências felizes da vida, senão pelas dificuldades também, vez que elas representariam convites à reflexão e ao aperfeiçoamento do próprio caráter.
Para ilustrar a força do amor, manifestado pela gratidão à vida, dentro da proposta do Evangelho de Jesus, foi narrada uma história extraída do livro Perdão Radical, de Brian Zahnd, que reporta-se ao genocídio armênio, provocado pelos turcos, no ano de 1915, ocasião em que a família de uma jovem foi brutalmente assassinada: pais e irmãs. Ela foi tornada escrava sexual do comandante da tropa, conseguindo, posteriormente, fugir e refugiar-se na Turquia, onde se formou em enfermagem e foi reconhecida como uma das melhores enfermeiras da região. O ponto alto da narrativa foi o reencontro da vítima com o algoz. O ex-comandante, envelhecido, vitimado por estranha enfermidade que lhe devorava a existência, foi levado ao hospital, inconsciente, e passou a ser atendido por aquela enfermeira, que se lhe dedicou incondicionalmente, salvando-lhe a vida. Lúcido e curado, o algoz a questionou sobre o porquê de não o ter assassinado, quando teve a chance. A resposta: Porque sou cristã e Jesus nos ensinou a perdoar sempre. A gratidão por ter sobrevivido, por ter tornado-se enfermeira, por ter conseguido superar o trauma sofrido, era imensamente superior ao mal que aquele homem lhe houvera causado. Em seu íntimo, não havia espaço para o ressentimento, apenas para o amor.
Divaldo também narrou “A Lenda da Gratidão”, de autoria de Selma Lagerlöf, da qual podemos extrair a lição do reconhecimento da causalidade primeira da vida no Universo, Deus, o grande autor de tudo o que existe, surgindo, assim, em nós, esse sentimento terno de gratidão ao Criador.
O encontro foi encerrado com a mensagem de que todos estamos na busca da realização da fraternidade universal, neste intercâmbio incessante entre os dois planos da vida, físico e espiritual, em nossa ascese para Deus, para a plenitude.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre / Dominique Chéron.
Fotos: Lucas Milagre / Dominique Chéron.
(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)
Espanhol
DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016
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Luxemburgo, 11 de mayo de 2016.
El día 11 de mayo, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó una conferencia en la ciudad y Condado de Luxemburgo, sobre el tema La Psicología de la Gratitud.
El acto se llevó a cabo en el auditorio del Hotel Meliá, y congregó a un público compuesto por 200 personas.
La vida es un poema de gratitud, de tal modo se dio comienzo al tema de la noche. De acuerdo con lo expuesto, la criatura humana debiera ser una observadora más atenta con respecto a todo lo que le corresponde. Cuando nos damos cuenta de nuestras posibilidades, relativas a experiencias y al progreso intelecto-moral-espiritual, surge en cada uno de nosotros el deber y la necesidad de agradecer a Dios la oportunidad de vivir. Eso se debe a que la vida -manifestó el expositor-, es una manifestación divina; el Creador estableció, desde el comienzo, un sentido de plenitud para ella, mediante la orden ¡Hágase la Luz!. Somos nosotros, por lo tanto, la luz que necesita brillar.
Con referencia al desarrollo antroposociopsicológico, con base en los estudios de John B. Watson, psicólogo americano, se afirmó que las primeras emociones que surgieron en los seres humanos fueron: el miedo, la ira y, por último, el amor. Esa última emoción que surgió en nosotros es la que hace posible la plenitud.
Y ¿qué sería, pues, aquello que dificultaría la conquista de la plenitud por el ser humano? El mayor problema, en ese sentido, sería la propia criatura humana, es decir, los conflictos que existen en ella. Y, a fin de favorecer una comprensión más profunda con respecto al tema, se analizaron las 5 características esenciales del ser humano, según la propuesta del médico psiquiatra y psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidad, conocimiento, identificación, conciencia e individualidad.
De acuerdo con ese estudio, todos tendríamos máscaras (personas) que utilizamos para la convivencia social, las cuales serían nuestro ego y se distinguirían de nuestra realidad profunda, aquello que somos en esencia (Self). Esa paradoja entre el ser y el parecer representaría uno de los grandes conflictos existenciales que debe superar el ser humano.
Además de eso, los individuos siempre tendrían el conocimiento, en mayor o menor medida y/o profundidad. El reconocimiento de la propia ignorancia ya sería una forma de conocimiento.
Se explicó que de acuerdo con nuestras tendencias, nuestros pensamientos y actos, generamos procesos de identificación con las demás criaturas. Surgen, entonces, las simpatías y las antipatías.
Para la comprensión de las enormes diferencias entre los individuos y sus maneras de pensar y obrar, Divaldo hizo referencia a los 4 principales niveles de conciencia del ser, según la clasificación del psicólogo ruso Piotr D. Ouspensky: conciencia del sueño, conciencia de los sueños, conciencia de sí mismo y conciencia cósmica. Las aspiraciones de cada uno, sus objetivos de vida, son los factores que determinan en qué nivel se encuentra cada persona.
Prosiguiendo con el análisis de la conciencia, se explicó que cuando alcanzamos el nivel deconciencia de sí mismo, la máquina humana funcionaría ejecutando siete (7) funciones principales: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior o colectiva. Es fácil, por lo tanto, arribar a la conclusión en cuanto a que la educación del Espíritu, por medio del desarrollo de hábitos saludables y dignos, sería el camino para acceder a niveles más elevados de conciencia.
La última de las características del ser humano que se presentó, fue la individualidad, la cual sería la representación junguiana del Self, o sea, del ser espiritual profundo en perfecta identificación con Dios.
Cuando accedemos a esos niveles superiores de conciencia, nacería en nosotros la psicología de la gratitud, ese sentido de integración con la Divinidad y con todos los seres del universo, además del reconocimiento y gratitud por la vida. El acto de agradecer sería un gesto de amor.
Ese reconocimiento no se debería sólo a los acontecimientos felices de la vida, sino también a las dificultades, dado que estas representarían invitaciones a la reflexión y al perfeccionamiento del propio carácter.
Para ilustrar la potencia del amor, que se manifiesta mediante la gratitud a la vida, dentro de la propuesta del Evangelio de Jesús, se narró una anécdota extraída del libro Perdón Radical, de Brian Zahnd, que se refiere al genocidio armenio, provocado por los turcos en el año 1915, ocasión en que la familia de una joven fue brutalmente asesinada: padres y hermanas. Ella fue convertida en una esclava sexual del comandante de la tropa, y consiguió, más tarde, huir y refugiarse en Turquía, donde se graduó como enfermera y fue reconocida como una de las mejores enfermeras de la región. El punto culminante de la narración fue el reencuentro de la víctima con el verdugo. El ex-comandante, envejecido, padecía una extraña enfermedad que devoraba su existencia, y fue llevado al hospital, inconsciente, donde comenzó a ser atendido por aquella enfermera, que se dedicó a cuidarlo incondicionalmente y le salvó la vida. Lúcido y recuperado, el verdugo le preguntó por qué no lo había asesinado, cuando tuvo la oportunidad. La respuesta fue: Porque soy cristiana y Jesús nos enseñó a perdonar siempre. La gratitud por haber sobrevivido, por haberse convertido en enfermera, por haber conseguido superar el trauma que sufrió, era inmensamente superior al mal que aquel hombre le había causado. En su interior, no había espacio para el resentimiento, sólo para el amor.
Divaldo también narró La leyenda de la gratitud -cuya autora es Selma Lagerlöf-, de la cual podemos extraer la lección del reconocimiento de la causalidad primera de la vida en el universo, Dios, el gran autor de todo lo que existe, y así brotará en nosotros ese sentimiento tierno de gratitud al Creador.
El encuentro finalizó con el mensaje referido a que todos estamos en la búsqueda de la realización de la fraternidad universal, en este intercambio incesante entre los dos ámbitos de la vida, el físico y el espiritual, en nuestra ascesis hacia Dios, hacia la plenitud.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre / Dominique Chéron.
Fotos: Lucas Milagre / Dominique Chéron.
(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)