domingo, 27 de março de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em Boston, Massachusetts, EUA




Divaldo Franco - Boston, Estado de Massachusetts, EUA 20 março 2016

No último domingo, dia 20/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou um seminário na cidade de Boston, Estado de Massachusetts, EUA. 
O evento foi realizado no auditório do  “Bunker Hill Community College” e contou com a participação de um público de 450 pessoas. 
Na ocasião, o médium recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de Massachusetts, representada nas figuras de seu presidente, o Senhor Robert A. DeLeo, e da Deputada Denise Provost.

O tema do seminário foi “Vitória sobre a Depressão”. 
Abrindo sua conferência, Divaldo referiu-se a Friedrich Nietzsche e sua conhecida obra “Assim Falou Zaratustra”, destacando a sua proposição sobre a completa desnecessidade de Deus e também a sua morte. O filósofo alemão era um depressivo crônico. 
Em seguida, descreveu o trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, considerado por muitos o Pai da Psiquiatria, que libertou os seus pacientes esquizofrênicos do terrível pavilhão Bicêtre, do Hospital da Salpêtrière,  para dar-lhes um tratamento mais humano e restituir-lhes a dignidade, criando, assim, o que passou a ser conhecido como “terapia moral”.

Fazendo uma retrospectiva histórica das questões em torno do tema proposto, principalmente a partir do século XVIII, o palestrante falou sobre os estudos e experiências hipnológicas do Dr. Jean Martin Charcot, no Hospital Salpêtrière, em Paris, assim como de Sigmund Freud, sobre os sonhos, os conflitos sexuais, o subconsciente, e de Carl Gustav Jung, sobre o inconsciente profundo- individual e coletivo-, os arquétipos etc., esclarecendo que, com os conhecimentos da Psiquiatria e das Neurociências, foi possível realizar-se grande avanço também na Psicologia, de maneira a se constatar que além das problemáticas de natureza puramente psiquiátricas, físicas, haveria outras de natureza psicológicas.

Nesse contexto, a depressão assumiria uma posição de grande relevo mundial, vez que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o ano de 2025, ela alcançaria a primeira posição como causa de mortes no planeta, especialmente por meio de suicídios com uso de arma de fogo.

Esses transtornos depressivos teriam estado presentes na Humanidade desde os primórdios da Civilização, embora sob outros nomes, já que o termo depressão teria surgido apenas no século XVII. O orador relatou os casos históricos das personagens bíblicas Jó (capítulo 3 do livro de Jó) e Rei Saul; e, ainda, de Arjuna, do livro hindu Bhagavad Gita. Além disso, recordou que na Grécia Antiga, tais transtornos eram frequentes e conhecidos como melancolia, sendo que Hipócrates já se referia à necessidade de uso da alegria para o combate àquele estado.

Divaldo discorreu sobre o trabalho de Emil Kraepelin, psiquiatra alemão e pai da moderna Psiquiatria, e sua descoberta a respeito das duas vertentes da depressão: a unipolar e a bipolar.  
Sobre as causas dos transtornos psiquiátricos e psicológicos, e mais especificamente sobre a depressão, foi dito que, no passado, foram estabelecidas diversas gêneses, quase todas equivocadas, tais como o pecado original de Eva no Paraíso ou o desequilíbrio dos fluidos corporais. Mas, que com o avanço da Psiquiatria, da Psicolologia e das Neurociências, fora descoberto que as causas podem ser endógenas (hereditariedade, alterações fisiológicas etc) e exógenas (eventos de vida, traumas de infância etc), sendo elas, portanto, de dupla natureza: biológica e psicológica. Em suas colocações, explicou o trabalho dos neurocomunicadores, como a noradrenalina, a serotonina, a dopamina, e do funcionamento das neurocomunicações, esclarecendo sobre a importância da harmonia desses elementos em nosso cérebro.

Ainda a respeito das causas, Divaldo acrescentou àquelas conhecidas pela Ciência Acadêmica, os conflitos e culpas de reencarnações anteriores e as obsessões espirituais. A obsessão mereceu um capítulo especial na obra O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Essas influências negativas e persistentes de Espíritos inferiores sobre um indivíduo poderiam levá-lo a estados de transtornos psicológicos e psiquiátricos, como a depressão, afetando-lhe não apenas o equilíbrio psicológico, como também a sua estrutura física, nos casos de perturbações de longo curso.

Diante disso, o tratamento para esses transtornos deveria ser multidisciplinar, englobando as terapias psicológicas, psiquiátricas e espírita (passes, orientação espiritual ao depressivo e familiares, atendimento do obsessor em reuniões mediúnicas especializadas, palestras, a terapia da água fluidificada etc.). 
Mencionando os estudos de James Hollis, de Carl Gustav Jung e de Milton Erickson, o palestrante ressaltou a importância de o paciente realizar um saneamento mental, mudando a sua forma de encarar a vida e criando em si um amadurecimento psicológico com ideias positivas, otimistas. Orientou que toda vez que surja uma ideia negativa em nossa mente, deveríamos substituí-la por uma positiva.

E, retornando ao filósofo Nietzsche, afirmou que a declaração dada por ele sobre a desnecessidade de Deus e de sua morte seria resultado de seu estado depressivo profundo, de sua revolta e do vazio existencial que lhe afligia. Dessa feita, Deus nunca teria deixado de existir e sua compreensão mais profunda e lógica seria trazida pelo Espiritismo, ajudando-nos a entender a nossa própria origem divina. Além disso, a Doutrina Espírita teria resgatado a mensagem pura e simples do Evangelho de Jesus, não em sua feição meramente religiosa, senão também profundamente terapêutica.

Divaldo explicou que a mensagem de Jesus está toda centrada na lei de Amor, a se constituir a mais profunda psicoterapia para o ser humano, segundo estabeleceriam renomados especialistas nas áreas da Psiquiatria, Psicologia e Neurociências. 
Esse amor apresentar-se-ia em duas formas: o autoamor e o amor às demais criaturas. E um dos desdobramentos desse sentimento seria o perdão, também em duas formas: autoperdão e perdão aos semelhantes.  
O amor e o perdão seriam uma das mais excelentes formas de profilaxia e tratamento para a depressão.  
Por isso, ressaltou o médium, os psiquiatras Viktor Frankl e Carl Gustav Jung estabeleceram que é imprescindível que a criatura humana eleja para si e vivencie uma meta existencial profunda, para dar sentido à sua vida e evitar o vazio existencial e, por via de consequência, a depressão. Para eles, a mais profunda meta seria o amor.

Ao final de sua dissertação, Divaldo discorreu sobre os estudos em torno da empatia, de como devemos realizar o bem ao próximo colocando-nos no seu lugar  e buscando identificar a sua real necessidade, a fim de oferecer-lhe aquilo que lhe seja de melhor e não conforme o nosso desejo. Falou, ainda, da importância de “enxergarmos” os seres humanos “invisíveis” na sociedade, aqueles que são desconsiderados e marginalizados pelos outros, para lhes tornarmos socialmente visíveis e dignificados.  Finalizou, dizendo que devemos buscar a alegria nas coisas simples da vida, no cotidiano, amando sempre e em qualquer circunstância, nunca valorizando o mal, procurando, paulatinamente, vencer as nossas más inclinações, até que alcancemos a plenitude.

Texto e fotos: Júlio Zacarchenco

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


Espanhol

DIVALDO FRANCO en Boston, Massachusetts, USA;
20 de marzo de 2016.

Durante el último domingo, día 20/03, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó un seminario en la ciudad de Boston, Estado de Massachusetts, USA. 
Las actividades tuvieron lugar en el auditorio del Bunker Hill Community College y contó con la participación de un público compuesto por 450 personas. 
En esa ocasión, el médium recibió un homenaje de la Asamblea Legislativa del Estado de Massachusetts, representada por las personas de su presidente, el Señor Robert A. De Leo, y de la Diputada Denise Provost.

El tema del seminario fue Victoria sobre la depresión
Al comenzar su conferencia, Divaldo se refirió a Friedrich Nietzsche y a su conocida obra Así habló Zaratustra, destacando su proposición sobre la absoluta prescindencia de Dios. También aludió a su muerte: el filósofo alemán era un depresivo crónico. 
A continuación, describió el trabajo del médico francés Dr. Philippe Pinel, considerado por muchos el Padre de la Psiquiatría, que liberó a sus pacientes esquizofrénicos del terrible pabellón Bicêtre, del Hospital de la Salpêtrière,  para darles un tratamiento más humano y devolverles la dignidad, creando -de ese modo- la que pasó a ser conocida como terapia moral.

Al hacer un panorama retrospectivo histórico de las cuestiones vinculadas al tema propuesto, principalmente a partir del siglo XVIII, el disertante mencionó los estudios y las experiencias hipnológicas del Dr. Jean Martin Charcot, en el Hospital Salpêtrière, en París; también aludió a las investigaciones de Sigmund Freud, sobre los sueños, los conflictos sexuales, el subconsciente y, además, a los estudios llevados a cabo por Carl Gustav Jung, sobre el inconsciente profundo -individual y colectivo-, los arquetipos, etc., explicando que con los conocimientos de la Psiquiatría y de las Neurociencias, fue posible realizar un gran avance también en la Psicología, de manera de constatar que además de los conflictos de índole puramente psiquiátrico o físico, habría otros de naturaleza psicológica.

En ese contexto, la depresión ocuparía una posición de gran relevancia mundial, dado que de acuerdo con la Organización Mundial de la Salud, hasta el año 2025, esta alcanzaría la primera posición como causa de muertes en el planeta, especialmente por medio de suicidios empleando armas de fuego.

Esos trastornos depresivos habrían estado presentes en la humanidad desde los comienzos de la civilización, aunque con otras denominaciones, ya que el término depresión puede haber surgido recién en el siglo XVII. El orador relató casos históricos, por ejemplo de personajes bíblicos, tales como Jo (capítulo 3 del Libro de Jo) y el Rey Saúl; y, además, de Arjuna, del libro hindú Bhagavad Gita. También recordó que en la Grecia antigua, tales trastornos eran frecuentes -y se los conocía como melancolía-, al punto que Hipócrates hacía referencia a la necesidad de usar la alegría para combatir tal estado.

Divaldo mencionó el trabajo de Emil Kraepelin, psiquiatra alemán y creador de la moderna Psiquiatría, y su descubrimiento de las dos vertientes de la depresión: la unipolar y la bipolar.  
Sobre las causas de los trastornos psiquiátricos y psicológicos, y más específicamente sobre la depresión, se ha dicho que en el pasado radican diversas génesis, casi todas equivocadas, tales como el pecado original de Eva en el Paraíso o el desequilibrio de los fluidos corporales. No obstante, con el avance de la Psiquiatría, de la Psicolología y de las Neurociencias, se ha descubierto que las causas pueden ser endógenas (hereditariedad, alteraciones fisiológicas, etc.) y exógenas (acontecimientos de la vida, traumas de la infancia, etc.), siendo ellas, por lo tanto, de doble naturaleza: biológica y psicológica. Explicó, asimismo, la función de los neurocomunicadores, tales como la noradrenalina, la serotonina, la dopamina, y el funcionamiento de las neurocomunicaciones, además de  aludir a la importancia de la armonía de esos elementos en nuestro cerebro.

También, con respecto a las causas, Divaldo agregó a las que conoce la ciencia académica, los conflictos y las culpas de reencarnaciones anteriores, además de las obsesiones espirituales. La obsesión mereció un capítulo especial en la obra El Libro de los Médiums de Allan Kardec. Esas influencias negativas y persistentes, de Espíritus inferiores sobre un individuo, podrían conducirlo a estados de trastornos psicológicos y psiquiátricos, tales como la depresión, y afectarían no sólo su equilibrio psicológico sino también su estructura física, en los casos de perturbaciones de desarrollo prolongado.

Por lo tanto, el tratamiento para esos trastornos debería ser multidisciplinario, es decir que contemple las terapias psicológicas, las psiquiátricas y la espírita (pases, orientación espiritual al paciente depresivo y a sus familiares, atención al obsesor en reuniones mediúmnicas especializadas; conferencias; la terapia del agua fluidificada, etc.).

Con referencia a los estudios de James Hollis, de Carl Gustav Jung y de Milton Erickson, el disertante destacó la importancia de que el paciente realice un saneamiento de su mente, para cambiar su enfoque de la vida y crear en él, una maduración psicológica con ideas positivas, optimistas. Expresó que cada vez que surja una idea negativa en nuestra mente, deberíamos sustituirla por una positiva.

Y, volviendo al filósofo Nietzsche, manifestó que la declaración que este hizo sobre que Dios es innecesario, además de su muerte, sería la consecuencia de su profundo estado depresivo, de su rebeldía y del vacío existencial que lo afligía. De tal modo, Dios nunca habría dejado de existir y su comprensión más profunda y lógica sería aportada por el Espiritismo, ayudándonos a que entendamos nuestro propio origen divino. Además, la Doctrina Espírita habría recuperado el mensaje puro y simple del Evangelio de Jesús, no en su aspecto meramente religioso, sino también profundamente terapéutico.

Divaldo explicó que el mensaje de Jesús está por completo basado en la Ley del Amor, que constituye la más profunda psicoterapia para el ser humano, según lo han establecido renombrados especialistas en los terrenos de la Psiquiatría, la Psicología y las Neurociencias. 
Ese amor se presentaría en dos formas: el autoamor y el amor a las demás criaturas. Y uno de los desdoblamientos de ese sentimiento sería el perdón, también en dos formas: autoperdón y perdón a los semejantes.  
El amor y el perdón serían las más excelentes formas de profilaxia y tratamiento para la depresión.  
Por eso, destacó el médium, los psiquiatras Viktor Frankl y Carl Gustav Jung establecieron que es imprescindible que la criatura humana elija y experimente una meta existencial profunda, para dar sentido a su vida y evitar el vacío existencial, y por consiguiente la depresión. Para ellos, la meta más profunda sería el amor.

Al final de su disertación, Divaldo se refirió a los estudios relativos a la empatía, a cómo debemos realizar el bien al prójimo, colocándonos en su lugar y tratando de identificar su auténtica necesidad, a fin de ofrecerle aquello que le resulte mejor, y no según nuestro deseo. Habló, además, de la importancia de que observemos a los seres humanos invisibles en la sociedad, aquellos que no son tenidos en cuenta y marginados por los otros, a fin de que se vuelvan socialmente visibles y dignificados. Finalizó, diciendo que debemos buscar la alegría en las cosas simples de la vida, en lo cotidiano, amando siempre y en cualquier circunstancia, nunca valorizando el mal sino procurando, paulatinamente, superar nuestras malas tendencias, hasta que alcancemos la plenitud.

Texto y fotos: Júlio Zacarchenco

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)