21 de maio de 2017
Chegando em Amsterdã, na Holanda, nos primeiros minutos da madrugada do dia 21 de maio de 2017, domingo, proveniente de Frankfurt, na Alemanha, onde realizou belo trabalho doutrinário, Divaldo Franco, o Paulo de Tarso do Espiritismo, foi recebido pelos amigos espíritas da bela capital holandesa, rumando de imediato para o hotel.
Estando em viagem doutrinária desde o dia 08 de maio, experimentando clima desfavorável, fuso horário, preocupações com bagagens, horários de embarque, documentos de viagem e cansaço físico causado pela própria rotina de uma viagem internacional, Divaldo buscou acomodar-se o mais rapidamente possível, procurando descansar, refazendo-se, pois que, ainda no domingo teria que proferir uma conferência no início da tarde.
A conferência foi realizada na cidade de Rijswijk, distante 67 km de Amsterdã, para um público aproximado de 250 pessoas. O tema abordado foi a Cura e Autocura, para tal, Divaldo contou com a eficiente tradução de Joyce de Leeuw para o idioma holandês. O evento teve, ainda, a apresentação do músico Samuel Rodrigues e o exímio pianista Flávio Benedito, produzindo enlevo e harmonia no ambiente, cativando os presentes.
Prestigiando o evento, e levando o seu abraço ao dileto amigo Divaldo Franco, esteve presente o Cônsul-Geral do Brasil na Holanda, o Embaixador Cezar Amaral.
Antes da atividade, Divaldo Franco apresentou ao público holandês o seu querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, que ao se pronunciar, envolveu a plateia com a ternura e o carinho que lhe são características, sensibilizando os audientes ao narrar algumas de suas experiências de espírita cristão, afirmando que a doença ou a saúde são razões, escolhas, que cada um pode realizar.
Aquele que aceitou o convite de Jesus, e há mais de 70 anos tem divulgado a Doutrina Espírita nos cinco continentes com seu verbo eloquente, Divaldo afirmou que a criatura humana é a grande questão. Citando o pensador Argentino José Ingenieros (1877-1925), que asseverava: "ser jovem é poder olhar para trás e não ter vergonha do seu passado, a verdadeira juventude é interior, pois o corpo degenera", destacou a necessidade de uma vida de retidão ética e moral. Com Albert Einstein (1879-1955), físico teórico alemão radicado nos Estados Unidos, Divaldo esclareceu, segundo os estudos do cientista, que a matéria não é senão energia congelada, e energia é matéria desagregada. Cada indivíduo é uma verdadeira máquina de natureza celular conduzida pela consciência.
A Organização Mundial da Saúde define a saúde como sendo o conjunto composto pelo bem-estar fisiológico, o equilíbrio psicológico, a harmonia sócio-econômica, e certeza da espiritualidade. As doenças devem ser tratadas na causa, e a causa é a energia, que equilibra ou desequilibra o corpo, segundo ela seja operada. Referindo-se à Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, Divaldo salientou que a psique não morre, ela muda de corpos, conforme convicção do eminente psiquiatra.
O Espiritismo afirma que essa energia é inteligente, é o Espírito, assim, desaparece o conteúdo religioso e aparece um conteúdo de natureza sociológica. Ensejando oportunidade para que a atenta plateia se questionasse, indagou: por que países com os maiores PIBs e altamente tecnológicos possuem altos índices de suicídio? De imediato respondeu: muitos ambicionam atingir o ápice das conquistas que a matéria pode proporcionar, e quando isto se dá, para muitos, a vida deixa de ter um sentido, tudo se torna banal. Assim, para que se possa adquirir harmonia, bem-estar, será necessário ter um sentido para a vida, possuir uma meta, onde o ser possa tornar-se útil ao próximo, servindo, tendo um móvel para manter-se saudável.
Citando experiências próprias, como tem feito em suas conferências, fez referência, com muito bom humor, à grave cardiopatia que fora acometido, bem como ao câncer de próstata. Diante desses quadros, disse o querido palestrante, optou por recusar-se a morrer, e através da mente bem direcionada, com disciplina, enfrentou e venceu a ambas enfermidades, graças ao trabalho mental posto à serviço da autocura. O Dr. Bernie Siegel (1932-), escritor americano e cancerologista, estabeleceu pontos fundamentais para a cura das enfermidades: crer em Deus, no seu médico, crer na terapia e crer em si mesmo.
Ame-se mais! Conclamou Divaldo Franco. Supere os seus conflitos! Todos possuem uma trajetória emocional, muitos foram criados com conforto, alguns sem a presença da mãe, com falta de ternura, onde o jovem amadurece antes do período biológico ideal. Além disso, é fundamental saber que somos Espíritos imortais e trazemos de outras reencarnações problemas não resolvidos. O autoamor nos propicia viver com saúde. O importante não é viver muito, mas viver muito bem cada momento, tirando da mente o lixo que, muitas vezes, carregamos, tais como o ciúme, a inveja, a ira...
Em suas sábias palavras e escudado em suas experiências, Divaldo sentenciou: Se tivermos a coragem de nos amar, teremos saúde, mesmo tendo doenças, pois iremos administrar a doença.
Finalizando esse profícuo momento de reflexão sobre a cura e a autocura, o incansável conferencista salientou a confortadora mensagem de Jesus: "Eu vos desejo paz, eu vos dou a minha paz." Que neste breve encontro, continuou, algo de paz e de amor permaneça em suas mentes e em seus corações.
Texto e fotos: Ênio Medeiros
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)