Na data de nove de novembro de 2018, que antecede ao quarto movimento “Você e a Paz”, na cidade de São Paulo, cerca de 250 trabalhadores voluntários e convidados se reuniram no salão de cursos do Reencontro, para ouvirem as palavras elucidativas e consoladoras do orador espírita Divaldo Franco.
A reunião foi aberta com canções interpretadas por Anatasha Meckenna e que muito sensibilizaram os ouvintes. Logo após, a Associação de Desenvolvimento Espiritual, homenageou o palestrante da noite ao inaugurar e nomear o salão, em que estavam os presentes, como: “Auditório Divaldo Pereira Franco”. O presidente Jonas Pinheiro, movido por um senso de fraternidade, também iniciou uma campanha em prol da Mansão do Caminho, incentivando os colaboradores compassivos a auxiliarem esta obra de Amor. Lembrou a todos da grandiosidade desta obra, que atende mais de cinco mil pessoas diariamente, prestando socorro à comunidade e jamais negando auxílio aos necessitados. Para isso, conta com mais de trezentos funcionários e trezentos e cinquenta voluntários dispostos a manter todas as atividades em serviço dos que adentram a instituição na busca de atendimento médico, social, educacional ou espiritual.
Divaldo Franco agraciou os presentes com uma profunda reflexão sobre a caridade, convocando-os a não tardarem em realizá-la. Para tanto, lembrou de uma frase dita por Dr. Bezerra de Menezes, através do médium Chico Xavier: “Quando a caridade é muito discutida, o socorro chega tarde”.
Lembrou do exemplo de Vicente de Paula, que fora confessor da coroa parisiense, mas que decidiu se despojar do conforto e viver Jesus na rua, em meio a fome, o frio, a peste que dizimava e as demais misérias humanas. Por mais que trabalhasse, não conseguia atender por completo a escassez, ficando desolado com a situação. Logo, decide buscar socorro aos necessitados, entre aqueles que governavam a população, pois é necessário que se tenha a coragem de suplicar apoio em nome das pessoas carentes.
Rememorou também que, quando jovem, nos anos cinquenta, teve a ideia de alugar uma carroça e recolher doentes para morrerem em lugares mais aconchegantes de cuidados e ternuras, pois é necessário que se lute contra a indignidade humana. Construiu um barracão com a ajuda de Nilson de Souza Pereira, chegando a atender até 40 doentes. Na estrutura, não havia portas nem janelas, pois a verdadeira caridade é um gesto espontâneo, que não nega auxílio aos necessitados: todos poderiam adentrar. Lembrou de uma senhora em especial, com marcas de varíola e uma perna amputada, que, frequentando o barracão agora denominado “Casa de Jesus” e prestes a desencarnar, desvelou ser uma mulher de cultura erudita. No passado, fora embaixadora do Brasil no Egito, Uruguai, Argentina, entre outros países, mas que naquele momento, despida de posses e a depender da caridade alheia, dissera-lhe: “Nunca sabemos o nosso fim, procure fazer sempre o bem para que o bem fique no nosso coração”.
Após as palavras de Divaldo Franco, Dr. Juan Danilo Rodrigues encerrou o evento brindando os ouvintes com uma magnífica prece em forma de canção.
Texto: Carlyne Paiva
Fotos: Edgard Patrocínio
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)