domingo, 28 de outubro de 2018

Divaldo Franco no Paraná Curitiba

27 de outubro de 2018
1º Encontro da Área de Assistência e Promoção Social Espírita na Federação Espírita do Paraná
O Encontro, reunindo os trabalhadores da área de Assistência e Promoção Social Espírita - APSE -, foi realizado no Recanto Lins de Vasconcellos, em atividade que se iniciou às 08h00min e teve seu encerramento às 18h20min. Após a abertura, Rubens Marcon abordou os aspectos legais da Assistência Social, discorrendo sobre inúmeros diplomas legais disciplinadores, orientadores, normalizadores e sistematizadores, envolvendo vários órgãos governamentais e instituições prestadoras de serviço.
Divaldo Pereira Franco, que se faz acompanhar pelo dileto amigo Juan Danilo Rodríguez Mantilla, espírita equatoriano, médico e psicólogo, facilitando-lhe os deslocamentos e os cuidados de saúde. O tema que foi abordado pelo preclaro orador baiano foi: O trabalhador e o assistido. Divaldo, apesar de sua problemática envolvendo hérnias de disco, que lhe tolhem movimentos e causam-lhe muitas dores, mantém-se jovial, alegre e prestativo, acolhendo todos os que se lhe acercam para um cumprimento, um gentleman.
Destacando que se sente muito feliz por estar em Curitiba sob a proteção da FEP, que visita desde abril de 1954, Divaldo Franco informou que iria falar de coração para coração, repartindo a sua experiência adquirida ao longo de 70 anos de atividades, quando passou a visitar e compartilhar as dores dos que estão em fase de sofrimento.
Há vinte anos a Benfeitora Joanna de Ângelis propôs um novo rumo ao Centro Espírita, fundamentado nos ensinos de Allan Kardec, que pautava seus atos na trilogia, trabalho, solidariedade e tolerância. Evidenciou as experiências de notáveis educadores, inclusive de Johann Heinrich Pestalozzi. A criança é o berço ideal para se semear a verdade. Pestalozzi amava as crianças de rua e reunia-as em sua casa em Yverdon, na Suiça, trabalhando o método do amor, recebendo as crianças e conversando com elas pondo-se de joelhos para que ficasse na mesma altura das crianças, olhando-as nos olhos na mesma linha horizontal, criando a escola nova no exercício do amor com base no trabalho, solidariedade e perseverança.
Joanna de Ângelis apresentou uma trilogia para ser trabalhada pelos centros espíritas assim estabelecida: Espiritizar, Qualificar e Humanizar. O Espiritizar tem por base os fundamentos da Doutrina Espírita, a crença em Deus, a pluralidade dos mundos habitados, a imortalidade do espírito, a comunicabilidade entre os Espíritos e os encarnados, a pluralidade das existências e a ética e a moral do Evangelho de Jesus. Espiritizar é fazer com que a Doutrina Espírita penetre no ser humano, desenvolvendo a tolerância com liberdade de pensar, falar e de agir.
O espiritista tem o dever de colocar a caridade em ação, dignificando a existência do assistido, dando-lhe a cidadania com trabalho digno. O espiritista deve observar que na condição ético/moral, os seres são diversos. Espiritizar é fundamental para auxiliar o próximo, cooperando com ele. Apresentando enriquecedoras experiências, Divaldo Franco, o trator de Deus, nas palavras do saudoso Chico Xavier, discorreu sobre grandes nomes e seus feitos no tocante à caridade, incluindo a passagem do Bom Samaritano, conforme ensinado pelo Mestre Nazareno, uma página de rara beleza e de excelentes resultados de assistência social.
O espírita deve agir com bom humor, com alegria de viver e de servir, utilizando-se de todo o momento disponível para estar a serviço do próximo, sendo solidário, tolerante, compreendendo a sua dor, o seu sofrimento. O necessitado é o irmão que momentaneamente está naquela condição, devendo ser servido com alegria, estimulando-o à mudança para melhor.
O Qualificar, da trilogia, é de fundamental importância tendo em vista facilitar entender os dramas, as misérias morais. Qualificar-se é poder oferecer luz aos que se encontram na escuridão de suas dores, para tirá-los da miséria sócio moral. Qualificar é preparar-se para bem servir e para fazer bem o bem que lhe compete realizar.
Fechando o triângulo equilátero, o Humanizar significa desenvolver a emoção, a sensibilização, sem esquecer que os benfeitores auxiliam sempre. Autoiluminar-se é tarefa inadiável para aquele que deseja servir o seu próximo, equipando-se de conhecimento para pôr-se em sintonia com o assistido.
O trabalho em nome do Cristo exige devotamento e sacrifício. Desde há alguns anos Espíritos muçulmanos e judeus, desencarnados, se uniram em um pacto para dificultar a existência humana, agindo em especial contra os espíritas que são atingidos por pensamentos deletérios. Eles agem posicionando-se contra o sentido ético, destruindo a família, inspirando agentes encarnados para satisfazer os seus ditames, desestrurando a sociedade humana, levando os indivíduos a práticas perniciosas, individuais e coletivas. Divaldo Franco alertou para que não se deixem contaminar pelo ódio, envenenando as relações humanas. É uma verdadeira guerra, tornando as criaturas humanas inimigas uma das outras, como se pode notar nas relações atuais nesse período atual.
Nada poderá separar a criatura humana do amor do Cristo, desde que se mantenha fiel a Ele, amando o próximo, perdoando, sendo-lhe servidor amoroso. Allan Kardec vaticinou que a Doutrina Espírita irá crescer e se multiplicar e que somente o homem perceberia isso no futuro. O homem ainda se encontra no lamaçal da própria consciência, mas que sairá através do devotamento ao próximo com amor.
Na parte da tarde, Miriam Feuerharmel apresentou os dados e os métodos empregados na APSE da FEP, destacando, entre outros assuntos, o texto de Emmanuel, intitulado Caridade Essencial, uma psicografia de Chico Xavier e que se encontra no capítulo 110 da obra Vinha de Luz.
A proteção social e a APSE – Diálogo e articulação foi o tema apresentado por Edvaldo Roberto de Oliveira que desenvolveu o assunto com dados sobre o apoio que se dá e se recebe, na família e na sociedade humana. A ação protetiva deve ser no âmbito espiritual, emocional, afetiva e material.
Divaldo Franco, retornando à tribuna, disse que o Evangelho de Jesus é um hino de louvor as boas novas, de alegria de viver. Antes que desenvolvesse o seu tema, Divaldo solicitou que Juan Danilo cantasse a canção You Raise me Up, uma história religiosa, dando um sentido para o tema que iria abordar, a chegada do Mestre e as suas curas. Israel experimentava inquietações que não identificava. Jesus estava por chegar e permanecer algum tempo entre os homens. Havia uma expectativa no ar, havia angústia, decepção, pois que a criatura humana havia sido reduzida em importância. Israel era monoteísta, cercada por politeístas.
Na casa de Simão Pedro, Jesus havia procedido as curas durante todo o dia, notadamente a de Natanael Ben Elias. Ali estavam as necessidades humanas, as aflições. A multidão, como na atualidade, estava ansiosa pela cura. Vendo-O cansado, Pedro dispersou a multidão ao entardecer, e levou o Mestre a descansar a beira do mar da Galileia, e sentado em uma pedra, Jesus chorou. Pedro, exultante pelos resultados positivos imaginou que Jesus chorava de alegria. No entanto, o Mestre lhe diz que era por compaixão, pois que, aqueles que haviam sido beneficiados pela cura estavam se perdendo novamente nos desvãos da moralidade e da iniquidade.
Como para as curas, é necessário que o ser humana creia para poder conquistar qualquer objetivo. Crer é uma proposta terapêutica. Simão Pedro, como os que foram curados também não compreenderam o sentido. Jesus não veio para curar as feridas do corpo, mas as da alma. Jesus veio para curar as feridas da alma para que os corpos não tenham feridas. Estabeleceu que intercederia pelos homens rogando a Deus que enviasse outro consolador para que esse ficasse permanentemente com os homens, ensinando, relembrando e esclarecendo para que possa ser consolado.
O Espírito de Verdade veio para restaurar a mensagem do Cristo, trazendo conhecimentos novos, e a sublime mensagem do amor alcança os ouvidos e os corações dos que O escutam. Jesus veio para amar. Em nome dele as perseguições aconteceram, e os cristãos experimentaram dores acerbas no testemunho de sua fé. Como o homem é insensato, nos períodos que se seguiram, e tendo os cristãos assomado ao poder, passaram a perseguir e a matar os perseguidores de outrora. Perseguido ontem, perseguidor hoje. Aí estão, na História, os tribunais do Santo Ofício, a Inquisição.
Divaldo apresentou os primórdios do Espiritismo, a partir dos fenômenos de Hydesville, em 31 de março de 1848, e a comprovação daqueles fatos em 1905. Em 1852 Paris era a cidade das artes e da beleza. Nesse contexto, as mesas girantes ganharam notoriedade. Hippolyte Léon Denizard Rivail passou a investigar os fatos inusitados, e apresentando uma ciência nova, o Espiritismo, caracterizando a volta do Consolador, prometido por Jesus, o modelo e guia para a humanidade, sob o pseudônimo Allan Kardec.
No seu desvario, o homem vai se equivocando e angariando débitos para com a Lei Divina, que pela sua natureza, coloca o infrator diante de si mesmo a fim de que se recupere pelo exercício do amor. Joanna de Ângelis afirma que as condecorações dos cristãos são as cicatrizes adquiridas no trabalho em favor do próximo, em nome de Jesus.
O ínclito orador destacou que o objetivo do encontro é a qualificação para melhor servir, sem criticar outras iniciativas ou instituições. A solidariedade, a caridade está acima de qualquer confissão religiosa ou filosófica. O próximo é sempre o próximo, creia ele neste ou naquele sentido, seja ele quem for, será sempre o próximo. O Espiritismo é o grande incentivador da sensibilização das almas para que a caridade possa se fazer presente no seio dos assistidos. O Espiritismo é alegria, é uma doutrina de coragem, pois que Jesus é um notável psicoterapeuta e suas mensagens são de otimismo, suavizando as dores.
O Evangelho de Jesus, exarado em a Doutrina Espírita, é magnífico, lúcido, esclarecedor e consolador. Espiritizar, Humanizar e Qualificar é o objetivo a ser alcançado em nome do exercício do amor. Todos passam pelas dificuldades, por isso, deve ser mantido o bom ânimo, a confiança e a responsabilidade, respaldadas nas obras de agora, tornando-as pontes para facilitar a vida do outro.
Finalizando, Divaldo destacou um ensinamento da Benfeitora Joanna de Ângelis, quando ela incentiva a que se deixe pegadas luminosas por onde se passe, com o fim de sinalizar o caminho que conduz na direção de Jesus. Aconselhou os presentes a serem otimistas, servindo onde se encontre, sendo solidário, fortes pela união em torno do Mestre Nazareno. Agradecendo a oportunidade do trabalho, destacou que volta aos labores cotidianos da Mansão do Caminho, deixando a mensagem para que uns possam amar aos outros, mantendo-se na esperança e confiantes em dias melhores, e que a paz de Jesus se faça presente nos corações de todos. Efusivamente aplaudido, recebeu os gentis cumprimentos dos presentes.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Divaldo Franco no Paraná Curitiba

26 de outubro de 2018
Conferência Pública
A caridade é a alma do Amor. (Divaldo P. Franco)
Divaldo Franco, em seu ingente trabalho de divulgação de o Evangelho de Jesus, esteve em Curitiba no dia 26 de outubro de 2018 para proferir uma conferência pública no Expo Renault Barigui, discorrendo sobre o tema: Caridade, Luz da Vida. O público, formado por cerca de quatro mil expectadores, cativado pela verve do Semeador de Estrelas e demonstrando grande interesse, manteve-se atento e participativo.
Estando presente a Diretoria Executiva da Federação Espírita do Paraná – FEP – e diversas lideranças espíritas paranaenses, Divaldo Franco, acompanhado por Juan Danilo Rodríguez Mantilla, espírita equatoriano, atualmente residindo no Brasil, na Mansão do Caminho em Salvador/BA, ambientando o assunto discorreu sobre o Papa Bórgia e sua família, bem como sobre a decadência do pensamento religioso daquela época, final do século XV. Nos séculos seguintes, XVI e XVII, operou-se uma revolução filosófica, e o pensamento se alarga.
Com a ruptura entre a ciência e a religião, no século XVI, o pensamento filosófico foi se impondo em patamares de melhor compreensão, sendo que o século XVII representou um marco histórico de mudança profunda do pensamento humano. Divaldo, então, apresentou sucintamente as teorias de Pierre Gassendi, John Locke, Thomas Hobbes, Johannes Kleper, Blaise Pascal e Baruch Spinoza. No século XVIII, outros pensadores e filósofos iluministas como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e outros, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade ganham notoriedade, o homem conquista seus direitos.
No século XIX a filosofia e a religião passaram a convier em harmonia. Allan Kardec, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi – que afirmava que a criança deveria ser educada em bases novas -, apresentou a Doutrina Espírita, lançando luzes para um entendimento aclarado sobre o próprio homem, sua origem, o sentido psicológico do existir, suas relações com Deus, com os Espíritos, a imortalidade, os diversos mundos habitados, a reencarnação, a pluralidade das existências e o Evangelho de Jesus, onde o homem é o semeador que colhe obrigatoriamente os frutos de sua semeadura. A Doutrina Espírita é uma ciência filosófica, trazendo de volta ao seio da humanidade a figura de Jesus e a caridade, obra do amor.
Esse enfoque chega até os dias atuais, conturbados nas várias expressões em que o ser humano se apresenta. A Lei de Amor apresentada pelo Mestre Galileu estabeleceu que a criatura humana deve se amar, amar ao próximo e amar a Deus, fazendo ao seu próximo tudo quanto desejaria receber dele. Dos instintos aos sentimentos o ser humano trilha diversos caminhos estagiando em várias situações desenvolvendo as virtudes, as propriedades herdadas de Deus. O conhecimento de si mesmo é o destino a que o homem chegará realizando a grande viagem para dentro de si, sendo fundamental desenvolver o autoamor para poder amar o semelhante.
A caridade, como expressão do amor, para ser exercida precisa contemplar o pão repartido, o estímulo à esperança e a alegria de viver. Na atualidade, o coração do ser humano está frio, fruto do individualismo. A Doutrina Espírita é a ponte que une a ciência e a religião, demonstrando a excelência do Espiritismo e a sua perfeita concordância com a ciência, nas suas várias expressões.
Segundo o orador, vivemos um momento histórico em que os nobres cientistas realizam um movimento de retorno à Deus, promovendo, mesmo sem que o saibam, uma nova aliança entre a Ciência e a Religião. Divaldo Franco destacou a figura de Jesus como expoente máximo da Lei Divina na Terra, da caridade, sendo o mais perfeito psicoterapeuta da Humanidade, capaz de alcançar os conflitos mais profundos existentes em a natureza humana e oferecer consolo e alívio para as todas as dores.
Os modernos cientistas desvendaram e continuam em árduo trabalho para ampliar o conhecimento libertador, e o Espiritismo dá ao homem uma realidade profunda, onde a imortalidade da alma se impõe pela lógica racional e experimental. No mundo de regeneração as virtudes substituirão as imperfeições, em um trabalho de aperfeiçoamento, desde agora, tornando-se, assim, o homem, em um ser caridoso, cumpridor da Lei de Amor.
A caridade é o amor, é dar-se, fazer com que a criatura humana tenha um propósito para realizar na vida, para tal é necessário o autoconhecimento, alinhado com a melhor ética, a do Cristo, a ética do amor. Sobre o Brasil, o insigne orador destacou que é hora de os brasileiros se unirem em um sentimento de brasilidade para que o bem viceje e o ódio se dilua pela ação dos bons no exercício da caridade fraternal, vencendo as más inclinações, desenvolvendo sentimentos e aspirações nobres. A caridade é a alma do Amor. 
A alegria de viver se apresenta quando se oferece a mão ao próximo, despida de qualquer sentimento negativo, construindo um mundo melhor. Um mundo de solidariedade, de fraternidade e paz interior, deixando para trás qualquer ressentimento, estendendo a mão para servir, lembrando, sempre, que a honra é para quem serve e não para quem é servido. Jesus convoca os homens para estar com Ele, recebendo a consolação. A Humanidade está em um processo de evolução, e Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Após discorrer sobre uma experiência, onde o beneficiário recobrou a saúde e a alegria de viver, Divaldo destacou que o amor, a caridade, são mecanismos que operam transformações inimagináveis. Com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a brilhante conferência, recebendo calorosos aplausos, onde o público, reverente, colocou-se de pé, em gesto de gratidão.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Texto em francês. Conférence de Divaldo Pereira Franco et Juan Danilo Rodriguez à Paris, le 17 Octobre 2018.

Conférence de Divaldo Pereira Franco et Juan Danilo Rodriguez à Paris, le 17 Octobre 2018.
Organisée par le Groupe d´Études Spirites Joanna de Ângelis.
C’est dans une salle comble, à l’hôtel Marriott Rive Gauche à Paris, que nous avons eu la grande satisfaction de pouvoir accueillir une nouvelle fois nos chers conférenciers Divaldo Pereira Franco et Juan Danilo Rodriguez à Paris, le 17 Octobre 2018.
Après une longue séance d’autographes de livres, Armandine Dias a ouvert l’événement par la projection d’un film sur la Mansão do Caminho, puis par la présentation de Juan Danilo Rodriguez, à qui elle a ensuite passé la parole. Juan a ensuite présenté le travail réalisé dans cette institution, dont le but est d’enseigner et de servir, et cité les trois nouveaux projets lancés ces derniers jours :
1)      La TV Mansão do Caminho, contenant notamment toutes les conférences disponibles de Divaldo Pereira Franco ;
2)      L’ouverture d’un enseignement secondaire pour les jeunes, dernière étape avant l’université ;
3)      L’ouverture d’une salle spéciale pour les enfants autistes ou avec d’autres troubles du comportement.
Juan a ensuite approfondi ce dernier projet dont il s’occupe particulièrement. Il a parlé de l’autisme, qui consiste en une difficulté d’expression des sentiments, le fait d’être à la fois dans un monde et en dehors de ce monde. Les statistiques montrent que le nombre de cas diagnostiqués augmente continuellement : en l’an 2000, 1 personne sur 80 était autiste, puis 1 sur 70 en 2008, et 1 sur 50 aujourd’hui. Puis, Juan a tracé l’historique des études sur l’autisme depuis la 2° guerre mondiale, et montré la différence entre l’autisme et la schizophrénie. Les principaux symptômes sont : la difficulté de communication sociale, de réciprocité, les difficultés de langage, le mutisme sélectif, l’écholalie, la difficulté d’adaptation.
Il a visité le Musée du Louvre pour voir le tableau de la Joconde, énigme pour les psychologues par son sourire social, plus par les yeux que par les lèvres. Ceci illustre une difficulté des autistes, qui ne peuvent fixer quelqu’un dans les yeux. Un autiste ne peut non plus mentir. Il codifie l’empathie différemment dans son cerveau. Il ne trouve pas le langage émotionnel. Il a une hyper ou une hyposensibilité.
Juan a affirmé qu’il a été diagnostiqué autiste Asperger dans son enfance, et a pu s’en sortir, passant ainsi un message positif pour les autres porteurs de ce trouble. Il faut adopter un langage très clair et direct avec les autistes, sans métaphores. Les instructions doivent être très précises. Il faut s’approcher d’un autiste par le côté, sans envahir son espace.
Juan a terminé en citant la question 367 à 370 du Livre des Esprits, portant sur l’influence de l’organisme qui peut limiter l’esprit élevé, ce qui constitue probablement le cas des autistes, notamment Asperger. « Éduquer un enfant autiste est un défi ! » « L’autisme, c’est l’amour en silence ».
Armandine a ensuite présenté la biographie de Divaldo Pereira Franco, lui passant la parole pour sa conférence.
Divaldo nous a invités à réaliser un voyage à la recherche de nous-mêmes, à l’intérieur de nous-mêmes. De nos jours, nous obtenons beaucoup de choses extérieures, mais avons de nombreuses carences intérieures. La technologie a beaucoup évolué, mais n’a pas apporté la paix intime. Le bonheur n’est pas d’apparaître sur les réseaux sociaux tout en ayant une vie vide, qui engendre la dépression, la panique, le suicide (un toutes les 4 mn sur la terre). L’égo nous pousse à tromper, à exploiter les sentiments d’autrui afin de dominer.
Beaucoup ont peur de la mort, de la ruine, de la perte d’amis ou de la santé mais ce sont pourtant des réalités auxquelles chacun doit faire face. Nous cherchons le pouvoir temporel, nous utilisons même les religions comme un instrument pour gagner de l’influence sur les autres, et cela se produit également dans le mouvement spirite.
Allan Kardec a défini le spiritisme comme une science, avec des bases philosophiques solides et des conséquences éthiques et morales qui constituent la base de toutes les religions. Mais le spiritisme n’a pas de rituels, de cultes, de hiérarchie sacerdotale. Sa base c’est d’aimer son prochain comme soi-même, et aimer la cause première que l’on appelle Dieu. C’est développer la fraternité, l’amour pour la cause sans mesquineries, la confiance en Dieu qui n’est pas un individu selon l’erreur anthropomorphique.
Divaldo a parlé de des deux hernies discales qu’il affronte depuis 18 mois. Il a expliqué que les guides spirituels ne peuvent l’aider parce qu’elles sont la conséquence de dettes du passé. Il est heureux d’avoir pu vivre 89 ans dans ce problème, et est heureux de vivre à 91 ans lucide, les cheveux noirs, grâce au shampoing ajoute-t-il.
Il a fait appel à la médecine et à la science pour aider à surmonter ce problème, visitant 14 médecins, réalisant plusieurs traitements sans pour autant résoudre le problème, et il ne souhaite plus se soumettre à une chirurgie plus complexe et trop lourde pour son âge. À 91 ans, chaque jour équivaut à un mois, et il vit intensément chaque minute. Un repos imposé reviendrait à être un mort vivant, il vit donc normalement malgré la douleur, utilisant une canne ou un fauteuil roulant lorsque nécessaire. La conscience donnée par les enseignements du spiritisme lui permet de comprendre la question de la douleur, suivant la loi de causalité. Il demande de l’aide à Jésus, plutôt qu’à Dieu, Jésus étant plus proche et ayant subi l’épreuve de porter sa croix, tombant trois fois sur son chemin alors que Divaldo n’est tombé qu’une seule fois.
Cela illustre qu’il faut chercher le sens de la vie, qui n’est pas le plaisir éphémère et le découragement devant les contrariétés.
Il a ensuite parlé de la décodification du génome humain, qui a fait affirmer à Bill Clinton que nous savons à présent comment Dieu a fait la vie. S’en est suivi les thérapies géniques, parfois basées sur le principe que les gènes commandent tout. La médecine propose aujourd’hui des traitements efficaces contre la plupart des types de douleurs.
Divaldo n’a donc rien changé dans sa vie, connaissant les causes de sa douleur, ne suivant pas à la lettre toutes les restrictions conseillées par les médecins. Il ne veut pas pour autant mourir, souhaitant continuer encore une trentaine d’années. Chacune de ses conférences attire beaucoup de personnes qui pensent que ce sera la dernière !
C’est la philosophie spirite, qui a tué la mort, qui lui donne cette joie de vivre.
Le génome humain ne contient que 35 000 gênes. Le Dr Hamer identifie l’un d’eux comme le gêne de Dieu, qui fait que l’on croit en Dieu en naissant, mais cette croyance est ensuite atténuée ou amplifiée par l’influence de l’éducation et de la culture. L’être humain n’a « que » 300 gênes de plus que le rat…
Divaldo a mentionné les recherches faites au Canada en tomographie à positrons sur le cerveau humain, avec la participation du Dr Vilayanur Ramachandran, montrant l’apparition d’une zone lumineuse inexplicable, qui s’amplifie lorsqu’on prononce le nom de Dieu.
Il a ensuite parlé du QI, test inventé au début du XX° siècle par les français Alfred Binet et Théodore Simon, ainsi que de l’Intelligence Émotionnelle (IE), inventée par Daniel Goleman en 1995, suite à la constatation que le seul critère du QI n’était pas suffisant.
En l’an 2000, Danah Zohar a développé la notion d’Intelligence Spirituelle (IS), apportant une mesure complémentaire nécessaire. L’IS ne réside pas seulement dans le cerveau, mais elle révèle une intelligence supérieure qui se matérialise dans la zone lumineuse citée plus haut. Un vieux chinois utilisait l’image d’une fleur de lotus qui se développe, à l’image de cette zone lumineuse. Les médiums voyants confirment également que, lors de la désincarnation, le dernier point d’attache de l’Esprit avec le corps se situe au chakra coronarien.
Danah Zohar a découvert la philosophie spirite à Zurich, lors d’une rencontre du Mouvement Vous et la Paix, et s’y intéresse depuis.
Divaldo a ensuite parlé d’Allan Kardec et du travail colossal qu’il a réalisé pour la codification spirite, avec la participation de plus de 100 médiums du monde entier et de plusieurs langues. À cette époque, les conditions de voyage étaient bien différentes et moins confortables que celles d’aujourd’hui. Les voyageurs des locomotives à vapeur étaient couverts de cendres noires, utilisant une cape spéciale pour se protéger. Allan Kardec a ainsi réalisé un voyage à Lyon et dans le Sud de la France pour rencontrer les premiers spirites.
Il a cité Allan Kardec : « Le Spiritisme marche sur le même terrain que la science jusqu'aux limites de la matière tangible ; mais tandis que la science s'arrête à ce point, le Spiritisme continue sa route, et poursuit ses investigations dans les phénomènes de la nature, à l'aide des éléments qu'il puise dans le monde extra-matériel ; là seulement est la solution des difficultés contre lesquelles se heurte la science. »
Le Spiritisme est orienté vers le futur, travaille à une société meilleure, apporte des réponses aux afflictions actuelles. Il permet de donner des explications pour l’autisme, la cause, et d’expliquer pourquoi des autistes sont devenus et peuvent devenir des prix Nobel. Sibelius, le compositeur finlandais qui s’est suicidé, se serait réincarné dans un enfant autiste qui est virtuose au piano.
Il revient sur la vieillesse, qui n’est pas un motif pour croiser les bras et attendre la mort. Il ne faut jamais renoncer. Jésus nous a envoyé le Consolateur, qui est le Spiritisme, nous indiquant le chemin vers le bonheur. De nombreux millionnaires ont été ruinés, beaucoup de pauvres sont devenus célèbres. En 70 ans de Spiritisme, Divaldo a été critiqué, ce qui est une preuve de l’attention qu’on lui porte. Il ne faut pas attendre d’être aimé, mais aimer. Beaucoup ne nous aiment pas parce qu’ils sont jaloux du bien que nous nous efforçons de faire. Jésus a été mis sur une croix. Allan Kardec a été trahi par des hypocrites, au sein même du Mouvement Spirite, comme il le témoigne dans les Œuvres Posthumes, affirmant qu’il avait été prévenu, mais que la compensation viendra au centuple grâce aux consolés qui sont aujourd’hui des millions. Il ne s’est jamais défendu des attaques personnelles.
Chacun a des difficultés, des maladies, etc. il ne faut pas se décourager, mais aimer. Ne pas laisser la place aux mauvais. Jésus nous a affirmé : « Vous serez heureux lorsque les hommes vous chargeront de malédictions, et qu'ils vous persécuteront, et qu'ils diront faussement toutes sortes de mal contre vous à cause de moi. » Soyons donc heureux lorsque nous serons persécutés par les nôtres, exclus de notre propre foyer. Divaldo cite le cas de François d’Assise à qui on a fermé la porte de sa propre maison.
Le Spiritisme apporte une paix intérieure. Il faut étudier les livres d’Allan Kardec : le Livre des Esprits qui contient la base, le Livre des Médiums qui nous explique comment devenir de bons médiums, l’Évangile selon le Spiritisme qui est le Consolateur promis par Jésus, Le Ciel et l’Enfer repris récemment par le Pape François qui a affirmé que le Ciel et l’Enfer n’existent pas en tant que tels mais sont des états de conscience, et La Genèse qui apporte des explications sur des textes de l’Évangile difficiles à interpréter, ainsi que les volumes complémentaires comme les 13 années de la Revue Spirite, et les fascicules Qu’est-ce que le Spiritisme et Le Spiritisme à sa plus simple expressionCes livres contiennent la carte, le chemin.
Divaldo conclut en affirmant qu’aujourd’hui, on donne la vie pour un trésor, mais en même temps on perd la paix. Dieu est amour, et désire la paix de chacun. Les bons resteront pour créer le monde de régénération. Il faut croire en Dieu, Intelligence suprême et cause première de toute chose. Le vrai bonheur, c’est de donner et de se donner, en une symphonie de fraternité, de gloire en Jésus pour la paix sur la Terre et l’amour entre les créatures.
Texte : Charles Kempf
Photos : Dominique


(Recebido  em email de Jorge Moehlecke)