domingo, 28 de outubro de 2018

Divaldo Franco no Paraná Curitiba

26 de outubro de 2018
Conferência Pública
A caridade é a alma do Amor. (Divaldo P. Franco)
Divaldo Franco, em seu ingente trabalho de divulgação de o Evangelho de Jesus, esteve em Curitiba no dia 26 de outubro de 2018 para proferir uma conferência pública no Expo Renault Barigui, discorrendo sobre o tema: Caridade, Luz da Vida. O público, formado por cerca de quatro mil expectadores, cativado pela verve do Semeador de Estrelas e demonstrando grande interesse, manteve-se atento e participativo.
Estando presente a Diretoria Executiva da Federação Espírita do Paraná – FEP – e diversas lideranças espíritas paranaenses, Divaldo Franco, acompanhado por Juan Danilo Rodríguez Mantilla, espírita equatoriano, atualmente residindo no Brasil, na Mansão do Caminho em Salvador/BA, ambientando o assunto discorreu sobre o Papa Bórgia e sua família, bem como sobre a decadência do pensamento religioso daquela época, final do século XV. Nos séculos seguintes, XVI e XVII, operou-se uma revolução filosófica, e o pensamento se alarga.
Com a ruptura entre a ciência e a religião, no século XVI, o pensamento filosófico foi se impondo em patamares de melhor compreensão, sendo que o século XVII representou um marco histórico de mudança profunda do pensamento humano. Divaldo, então, apresentou sucintamente as teorias de Pierre Gassendi, John Locke, Thomas Hobbes, Johannes Kleper, Blaise Pascal e Baruch Spinoza. No século XVIII, outros pensadores e filósofos iluministas como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e outros, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade ganham notoriedade, o homem conquista seus direitos.
No século XIX a filosofia e a religião passaram a convier em harmonia. Allan Kardec, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi – que afirmava que a criança deveria ser educada em bases novas -, apresentou a Doutrina Espírita, lançando luzes para um entendimento aclarado sobre o próprio homem, sua origem, o sentido psicológico do existir, suas relações com Deus, com os Espíritos, a imortalidade, os diversos mundos habitados, a reencarnação, a pluralidade das existências e o Evangelho de Jesus, onde o homem é o semeador que colhe obrigatoriamente os frutos de sua semeadura. A Doutrina Espírita é uma ciência filosófica, trazendo de volta ao seio da humanidade a figura de Jesus e a caridade, obra do amor.
Esse enfoque chega até os dias atuais, conturbados nas várias expressões em que o ser humano se apresenta. A Lei de Amor apresentada pelo Mestre Galileu estabeleceu que a criatura humana deve se amar, amar ao próximo e amar a Deus, fazendo ao seu próximo tudo quanto desejaria receber dele. Dos instintos aos sentimentos o ser humano trilha diversos caminhos estagiando em várias situações desenvolvendo as virtudes, as propriedades herdadas de Deus. O conhecimento de si mesmo é o destino a que o homem chegará realizando a grande viagem para dentro de si, sendo fundamental desenvolver o autoamor para poder amar o semelhante.
A caridade, como expressão do amor, para ser exercida precisa contemplar o pão repartido, o estímulo à esperança e a alegria de viver. Na atualidade, o coração do ser humano está frio, fruto do individualismo. A Doutrina Espírita é a ponte que une a ciência e a religião, demonstrando a excelência do Espiritismo e a sua perfeita concordância com a ciência, nas suas várias expressões.
Segundo o orador, vivemos um momento histórico em que os nobres cientistas realizam um movimento de retorno à Deus, promovendo, mesmo sem que o saibam, uma nova aliança entre a Ciência e a Religião. Divaldo Franco destacou a figura de Jesus como expoente máximo da Lei Divina na Terra, da caridade, sendo o mais perfeito psicoterapeuta da Humanidade, capaz de alcançar os conflitos mais profundos existentes em a natureza humana e oferecer consolo e alívio para as todas as dores.
Os modernos cientistas desvendaram e continuam em árduo trabalho para ampliar o conhecimento libertador, e o Espiritismo dá ao homem uma realidade profunda, onde a imortalidade da alma se impõe pela lógica racional e experimental. No mundo de regeneração as virtudes substituirão as imperfeições, em um trabalho de aperfeiçoamento, desde agora, tornando-se, assim, o homem, em um ser caridoso, cumpridor da Lei de Amor.
A caridade é o amor, é dar-se, fazer com que a criatura humana tenha um propósito para realizar na vida, para tal é necessário o autoconhecimento, alinhado com a melhor ética, a do Cristo, a ética do amor. Sobre o Brasil, o insigne orador destacou que é hora de os brasileiros se unirem em um sentimento de brasilidade para que o bem viceje e o ódio se dilua pela ação dos bons no exercício da caridade fraternal, vencendo as más inclinações, desenvolvendo sentimentos e aspirações nobres. A caridade é a alma do Amor. 
A alegria de viver se apresenta quando se oferece a mão ao próximo, despida de qualquer sentimento negativo, construindo um mundo melhor. Um mundo de solidariedade, de fraternidade e paz interior, deixando para trás qualquer ressentimento, estendendo a mão para servir, lembrando, sempre, que a honra é para quem serve e não para quem é servido. Jesus convoca os homens para estar com Ele, recebendo a consolação. A Humanidade está em um processo de evolução, e Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Após discorrer sobre uma experiência, onde o beneficiário recobrou a saúde e a alegria de viver, Divaldo destacou que o amor, a caridade, são mecanismos que operam transformações inimagináveis. Com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a brilhante conferência, recebendo calorosos aplausos, onde o público, reverente, colocou-se de pé, em gesto de gratidão.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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