31-05-2014
No primeiro dia do seminário em Bonn/Alemanha, 31 de maio de 2014, cujo tema foi A Psicologia do Perdão e a Saúde, foi feita uma bela homenagem à Nilson de Souza Pereira que viajou para a imortalidade no final de 2013.Tio Nilson, como é conhecido, foi fundador e idealizador, juntamente com Divaldo Franco, da Mansão do Caminho.
Divaldo, ambientando o tema, narrou fatos históricos a partir do Século XVII relacionados ao espírito, à imortalidade da alma e a alegria de viver. Sintetizou o conhecimento de então, suas conquistas, o que permitiu as viagens e as descobertas marítimas, as constatações de que a terra era redonda, expondo os feitos de Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Lorde Francis Bacon, entre outros, que vivendo a era da ciência se divorciaram da religião, instalando-se o Atomismo Grego.
Encadeando os fatos, o Humanista Divaldo Franco apresentou informações sobre o sistema heliocêntrico, sobre Blaise Pascal, que abriu os horizontes para a Matemática moderna, até chegar na pequena aldeia de Hydesville, no interior do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, narrando os episódios vividos pelas meninas Katherine, - também conhecida por Katie ou Kate – eMargareth Fox, que se depararam com as pancadas ouvidas por todas as partes da casa. Todas essas informações facultaram ao lídimo expositor abordar a Física Quântica dos dias atuais que afirma: tudo é energia.
O homem moderno vive na atualidade a era da cibernética, da comunicação virtual, da energia. O Espírito, disse, é constituído de partículas mentais, apoiando-se em Sir James Jeans, astrofísico inglês, que assevera que o universo é um grande pensamento, tudo é pensamento. Desta forma, o ser humano é o que pensa, e se pensa bem tem saúde, caso contrário, o indivíduo abrirá campo para as enfermidades.
As modernas terapias para a saúde propõem uma grande revolução. Uma destas propostas é a psicologia do perdão. Antigamente, por uma questão religiosa, o indivíduo perdoava para entrar no reino dos céus, hoje perdoa para entrar no reino da saúde integral. Divaldo narrou a história deSimon Wiesenthal, que foi mandado para um campo de concentração, submetido a sofrimentos atrozes, sendo sua esposa e filhos assassinados. Já quase no final da II Guerra Mundial, um membro das forças especiais alemãs, estando no leito de morte, mandou chamar um judeu, e Simon Wiesenthal foi levado até ao leito do moribundo. Certificando-se que Simon era judeu, o oficialKarl Silberbauer lhe pede perdão por ter matado tantos judeus. Divaldo, dirigindo-se à plateia, pergunta: E se fosse você no lugar de Simon Wiesenthal, você perdoaria?
Quando sorrimos, asseverou Divaldo, o organismo humano produz imunoglobulinas que reforçam o sistema imunológico, protegendo o organismo. A medicina do passado dizia que a criatura humana era constituída de dois elementos, a mente e o corpo, hoje, no entanto, ela é tida como uma unidade, o ser é um todo. Explicou que o Espírito pensa, o corpo intermediário imprime na matéria a onda correspondente, e assim o ser humano cria, através da mente, as condições predisponentes para a saúde ou para a doença.
É necessário encarar a vida não como uma viagem ao paraíso, ao gozo, por que repentinamente o indivíduo é chamado à uma reflexão mais profunda através de uma doença, da morte de um ser querido ou de sua própria morte. Todos passam muito rápido pela vida, e somente possui para a sua sustentação o bem que fez. É dever do ser humano se perdoar. Cometerá equívocos, dada a sua condição atual, porém não tem o direito de ficar, de permanecer no erro. Cair é inerente à quem caminha, mas permanecer caído é daquele que desistiu de si mesmo.
Divaldo narrou a viagem de retorno à pátria espiritual do amigo querido, do irmão amado, - o Tio Nilson -, tocando profundamente o coração de todos, e, demonstrando a fibra íntima vigorosa, o destemor, a coragem que possuem aqueles que resolveram servir à Jesus, pois mesmo nesta significativa hora, mesmo neste momento único, a sua fé o sustentou. É nesta hora que a fé mantém o indivíduo íntegro, a fé sólida e raciocinada como destacou Kardec. Ela não é um adorno para as horas alegres, é para a forja rígida do calor dos testemunhos silenciosos, demonstrando claramente, em sintonia com o Evangelho, que não se pode servir a Deus e a Mamon.
Ao final do dia, após várias horas de atividades contínuas, o trabalhador de Jesus, incansável, conduziu os presentes em uma visualização terapêutica direcionada para a liberação das mágoas, para o perdão. Todos deixaram o local com a mensagem terapêutica do perdão impregnada em seu ser, para que, na hora do repouso, pudessem refletir e angariar os recursos necessários para mudar a maneira de pensar, de agir, como ensinou o Carpinteiro Humilde, Jesus...
Fotos e texto: Ênio Medeiros
Abraços,
Jorge Moehlecke
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