15 de maio de 2014
Na quinta-feira, 15 de maio de 2014, o Peregrino de Jesus, Divaldo Pereira Franco, retornou à bela Mannheim, na Alemanha, atendendo ao convite do Grupo Freundeskreis Allan Kardec, para falar sobre a Gentileza, contando com o auxílio da eficiente e dedicada tradutora Edith Burkhard para verter a conferência ao Idioma Alemão. Preparando o momento especial que viria a seguir, Flávio Benedito apresentou belíssimas composições ao piano.
Divaldo iniciou sua narrativa referindo-se ao atomismo Grego, onde a razão e a lógica eram apresentadas em lugar do sentimento e da crença. Citou o surgimento, nesse período, de Blaise Pascal, físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês, que desde criança demonstrou ser um gênio. Pascal formulou o conceito envolvendo o espírito de geometria e o de finesse. O primeiro é caracterizado pela aptidão particular, pela inclinação para a dedução, é metódico, geométrico, aplicando essa forma de pensar em tudo, em todas as áreas do conhecimento. Já o espírito de finesse é flexível, maleável, sutil, desembaraçado, e conforme Pascal, vê as coisas em um só relance.
Apoiado nesses conceitos, Divaldo disse que a sociedade humana se encontra em uma encruzilhada. De um lado o espírito de geometria, prevalecendo a lógica, a razão, e de outro o espírito de finesse, onde os pontos fortes são a gentileza, a harmonia, a beleza e as artes, porém, acrescentou o lúcido conferencista, somente com as duas vertentes desenvolvidas e harmônicas entre si é que levarão a criatura ao espírito de amor.
Neste momento de alta cultura, o ser humano em geral torna-se criminoso legal, através do suicídio, da pena de morte, do aborto delituoso. A Humanidade tem produzido pessoas educadas e isolacionistas, assim, o indivíduo é estimulado e educado para possuir, para gastar e gozar.
A Doutrina Espírita tem contribuído para trazer o homem de volta para a atualidade do Evangelho de Jesus como terapia para o sofrimento. Ela afirma que o perdão está no amor, que o caminho da nossa redenção é a caridade como a entendia Jesus. A caridade, frisou o nobre expositor, é a gentileza de Deus ao alcance de cada indivíduo, e todos podem ser gentis.
A gentileza, asseverou o Arauto do Evangelho, é a solidariedade, é o sentimento de amor, são os pequenos detalhes em prol do próximo, a gentileza não é covardia, pelo contrário, é coragem. A nova proposta do Cristianismo é o culto da gentileza. O homem possui a capacidade de mudar o mundo quando consegue se transformar para melhor de dentro para fora. Quando o indivíduo é gentil transforma-se em um foco de luz.
Finalizando, afirmou que Blaise Pascal tinha razão. Se as criaturas humanas unirem a lógica, a razão e a gentileza ao amor, teremos uma sociedade feliz. Para que todos pudessem retornar renovados sugeriu aos que estiverem com sentimentos de amargura, de ódio, com mágoas, que mudem de atitude, perdoando, desculpando. Salientou que quem agride não é mau, o agressor somente está com problemas sociais, emocionais, econômicos. Com a adoção da psicologia da gentileza o indivíduo torna-se mais humano e volta à Jesus. Todos retornaram jubilosos ante a oportunidade de renovação, e o semeador prossegue na semeadura das sementes do evangelho no solo dos corações humanos.
Fotos e texto: Ênio Medeiros
Abraços,
Jorge Moehlecke
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