17 de outubro de 2015 – manhã
Na radiante manhã de 17 de outubro, o Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2015 teve continuidade com o tema: O Ser Humano e a Natureza. O momento artístico esteve sob a responsabilidade do violoncelista Diego Carneiro Oliveira e do barítono Maurício Virgens.
O trabalho desenvolvido por Divaldo Franco, o maior humanista do Brasil, foi dedicado a Francisco de Assis, Benfeitor da Humanidade. Inicialmente foi apresentado o poema Irmão Sol, Irmã Lua. A homenagem visou destacar tudo o que Francisco de Assis representa para os cristãos, todo o seu trabalho em favor das criaturas de Deus, da natureza, a Jesus e a Deus, bem como pela sua expressão maior, o amor incontinente.
Trabalhando aspectos da mitologia grega, Divaldo Franco estabeleceu uma correlação entre o mito e a realidade psicológica do homem. É admirável como os gregos antigos puderam penetrar na intimidade do homem, desde a persona, até o Self. Deméter, Mãe da Natureza e irmã de Zeus foi a personagem trabalhada para que se pudesse entender o papel do homem em a Natureza.
Com mensagens de Albert Schweitzer, filósofo e médico alemão, possuidor de profundo respeito a vida; do Chefe Sioux Touro Sentado; e Joanna de Ângelis, Benfeitora Espiritual, o orador dedicado foi apresentando informações e constatações de como o ser humano vem se comportando como o maior e persistente predador, matando a vida pelo seu total desrespeito à Natureza.
A miséria, disse, é capaz de estabelecer a fraternidade entre a criança faminta e o abutre que coabitam os grandes lixões produzidos pela sociedade humana. É estarrecedor se constatar o desperdício de alimentos, enquanto em cada segundo uma criança morre a fome no Planeta.
Embora as pessoas, em geral, saibam dessa miséria galopante, veja fotos e noticiários, mantêm-se insensíveis e inertes, permanecendo a margem das dificuldades experimentados por outros. Primeiro é necessário crer para depois ver. Assim é que todas as descobertas se realizaram. Lembrando Jesus, Divaldo destacou que bem-aventurado é aquele que crê e ainda não viu. Joanna de Ângelis, Espírito adverte sobre a ação devastadora do homem sobre a natureza.
Exaltando a necessidade da solidariedade, Divaldo recomenda que cada um possa deixar pegadas luminosas por onde passa, sinalizando, aos que vem após, o caminho para Jesus. Que cada qual, por sua vez, possa se libertar desse sentimento de destruição, respeitando as leis da natureza. A morte é a porta para a vida. No tocante a caridade, frisou que se deve doar o essencial, não só o que sobra, isto é, doar-se ao se semelhante.
A Natureza é a alma de Deus. Causar danos à Terra é demonstrar não amar a Deus. Quando se ama a Terra, a Natureza e qualquer expressão da vida, demonstramos nosso amor a Deus. Cada um deve desenvolver a sua sensibilidade ao ponto de compreender, como Francisco de Assis, que toda a obra divina esta interligada e interdependente. O amor a Natureza deve estar imantado de ternura, respeitando o próximo, seja humano ou não. É necessário se colocar no lugar do outro, não julgar e fazer todo o bem possível, não importando a quem.
O mal é necessário, e vai permanecer até que se saiba fazer com correção aquilo a que se propõe. Finalizando, Divaldo narrou interessante e emocionante lenda indiana, onde um jovem recém-casado decide sair de casa para ganhar dinheiro e tornar a sua família mais feliz. Combinou com sua esposa que se ausentaria por vinte anos e que viajaria para o sul, onde a abundância estava presente. Nesse período ele economizaria o seu ordenado.
Acertou com seu patrão que não queria receber o pagamento mensalmente. Combinou que esse ficasse guardado com o patrão, que o entregaria após os vinte anos de dedicado serviço. Transcorrido os vinte anos, o acero de contas foi proposto. O patrão que o apreciava muito ofereceu-lhe uma outra proposta, em troca do dinheiro expressivo, daria três conselhos. Depois de meditar por todo um dia, o empregado resolveu aceitar os conselhos. O patrão, então, mandou preparar pães para a viagem que demoraria vários dias, recomendando que dois daqueles pães deveriam ser consumidos somente na presença de sua esposa.
Estabelecido o acordo, o patrão foi enumerando os conselhos: 1º - nunca abandones a estrada do dever, procurando atalhos duvidosos; 2º - nunca se envolva nos problemas dos outros, se não para ajudar; e 3º - nuca tomes uma decisão, uma atitude enquanto estiveres com raiva. Fatos ocorreram que oportunizaram ao jovem exercer as opções dos conselhos recebidos. Tomando as atitudes corretas aconselhadas, confraternizou com os familiares, sua esposa e um filho que não sabia ter, comemorando o retorno. Ao confraternizar, consumindo os pães assinalados, descobriu que dentro de cada um deles estava todo o seu salário de vinte anos e mais algumas joias.
Não nos encontramos no mundo por capricho do azar. É necessário diminuir os pensamentos e as ações nocivos, para se poder entender Deus. Exaltemos Deus em a Natureza. Assim finalizou o arauto do Evangelho e da Paz, envolvidos todos em harmonias celestiais.
Texto; Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
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