16 de outubro – manhã
“Somente com a irrestrita confiança em Deus, é que se pode esperar e alcançar a plenitude”. (Divaldo Franco)
Na manhã primaveril de 16 de outubro, no salão Garcia D’Ávila, do Hotel Iberostar Praia do Forte, teve continuidade o tradicional Encontro Fraterno com Divaldo Franco, edição 2015. O arauto do Evangelho e da Paz, apresentou o tema, O Pensamento Divino e a Criação.
Preparando o ambiente, Diego Carneiro Oliveira, exímio violoncelista, executou belas páginas musicais. Foram lançados, nessa oportunidade, três novos títulos pela Editora LEAL. São eles: Perturbações Espirituais, de Manoel Philomeno de Miranda; Renove-se, de Marco Prisco; e Segue em Harmonia, de Joanna de Ângelis, com comentários de Suely Caldas Schubert. Essas obras, psicografadas por Divaldo Franco, foram publicadas para marcar os 150 anos de lançamento de o livro O Céu e o Inferno, uma das obras básicas da Doutrina Espírita.
Repassando o conhecimento produzido por vários filósofos, desde a antiguidade, Divaldo apresentou uma verdadeira aula sobre o pensamento filosófico que tem procurado responder basicamente três questões: 1º) o que é a vida? 2º) qual a razão da vida? e 3º) de onde viemos e para onde vamos?
Perpassando o pensamento filosófico de Sócrates, Platão e Aristóteles, entre outros, o exímio professos Divaldo Franco destacou o entendimento sobre a reencarnação, a existência de um Deus único, que está em tudo e em todos. Por outro lado os filósofos Leucipo, Lucrécio e Demócrito apregoavam que tudo se resumia na existência do átomo, do vácuo e do movimento, que cessando qualquer um deles, a vida já não poderia mais existir. Assim, de um lado o idealismo, de outro atomismo.
Jesus demonstrou, e o cristianismo dos primeiros trezentos anos vivenciou com ímpeto o pensamento transcendente. Após esse período o cristianismo começou a empalidecer, aprofundando-se em contendas e disputas cada vez mais de cunho material, de poder temporal no período da Idade Média. E para que não se perdesse a mensagem do Cristo, de seu pensamento cósmico, reencarnaram naquele período de sombras densas expoentes de várias expressões do conhecimento humano.
Demonstrando que o século XVII representou um marco histórico de mudanças profundas do pensamento humano, Divaldo apresentou suscintamente as teorias de Pierre Gassendi, John Locke, Thomas Hobbes, Johannes Kleper, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, entre outros, destacando que esses formavam uma verdadeira plêiade de arcanjos que reencarnaram para retirar a humanidade da Terra das trevas da ignorância.
O materialismo começou a ganhar corpo com Arthur Schopenhauer, Friedrich Nietzsche e outros próceres da revolução francesa, que com suas teorias afirmavam não mais necessitar de Deus para explicar a vida. No advento do império napoleônico nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 03 de outubro de 1804, para trazer, mais tarde, a doutrina que levantaria um pouco mais o véu dos intrigados desígnios de Deus, sob a orientação de Espíritos Nobres.
Em sua magistral aula sobre o Pensamento Divino e sua criação, Divaldo apresentou o desenrolar da criação, desde o macrocosmo até o microcosmo, passando pelo homem e seu corpo denso. A ciência ainda possui muitas indagações, conforme publicações oficiais, como por exemplo: qual a matéria que se constitui a consciência; de que é feito o pensamento? Ao homem, disse Divaldo, é necessário fazer a grande viagem para dentro de si mesmo, autodescobrindo-se, vivendo integralmente a plenitude.
Com pensamentos de Joanna de Ângelis, de Albert Einstein, de Pierre Laplace, e outros, Divaldo frisou a Lei do Amor, a lei moral, como uma grande onda de energia que se autoexpande, passando informações sobre o criacionismo, o evolucionismo, e outras teorias. Mais tarde, Dean Hamer e seus estudos na área da genética humana lançou mais luzes sobre as indagações que ainda permanecem nesse campo.
Ideia alguma pode nos dar uma noção de Deus, somente a luz pode nos levar a essa noção divina. O Evangelho de Jesus é um poema de doçura, atendendo aos conflitos que os seres humanos possuem em relação a Deus. Voltando a Einstein, esse afirmou em uma carta a sua filha, confessando que não fora um bom pai e nem mesmo um bom marido, que o amor é a força mais poderosa do Universo, ao lado da gravidade, do eletromagnetismo, da força quântica forte e da força quântica fraca.
Encaminhando-se para o final, Divaldo narrou os fatos que se desenrolaram com o Eben Alexander III, neurocirurgião americano de renome, que viveu uma experiência de quase morte. A Doutrina Espírita, a partir de 1857, apresentou o estudo da história da criação da vida. Outros pesquisadores apresentam inumeráveis razões para se acreditar em Deus, sob vários aspectos. A busca por respostas adequadas prossegue.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
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