16 de março de 2019
Em continuidade às atividades inerentes ao magno evento da Federação Espírita do Paraná, Divaldo Franco, Embaixador da Paz no Mundo, servidor dedicado e fiel de Jesus, concedeu à Rede Massa de Televisão – SBT – uma entrevista comentando assuntos variados e de profundo significado.
Semeando a Boa Nova nos corações juvenis, Divaldo Franco respondeu a diversas perguntas adrede preparadas pelos jovens nos encontros em seus Centros Espíritas. O evento foi designado por: Momento - Jovens com Divaldo. Os temas giraram em torno do suicídio, notadamente entre os jovens, o livre-arbítrio, a ética, as obsessões, os impulsos avassaladores experimentados na juventude, os pensamentos e sua importância, a dinâmica para substituir pensamentos negativos pelos positivos.
Divaldo alertou que as situações mudam sistematicamente, recordando orientação de Emmanuel para Chico Xavier, quando instou o médium mineiro a escrever a seguinte sentença levando em consideração os aspectos positivos ou negativos da vida: “Isto também passa”. Asseverou ser necessário lutar contra as inclinações más, e que o amor ao outro deve se fundamentar nos valores de ordem superior e não nas aparências, sempre frágeis. Frisou que o amor é para sempre e que as ilusões sexuais são passageiras.
Sobre as influências dos Espíritos maus, o médium baiano destacou que eles costumam constranger, submetendo as suas vítimas, exigindo-lhes obediência. É necessário, frisou, não se deixar contaminar pela violência nem pelas tragédias, pois que são de todos os tempos e acompanham o homem que ainda não se moralizou o suficiente. Quando o amor se estabelece na base da sexualidade é sempre abrasador e fugidio.
Exortou os jovens a se tornarem cidadãos dignos, responsáveis, bons, testemunhando com tranquilidade os atos violentos e a própria violência. A criatura humana é a mesma, independente de lugar. É importante honrar a Pátria, desenvolvendo valores educacionais, aprendendo a tornar o País pacífico, próspero, cumprindo seus deveres para com a Pátria e à sociedade, desenvolvendo valores éticos, forjando caráter ilibado.
As relações familiares devem ser cultivadas em bom nível, diminuindo ou extinguindo os conflitos entre pais e filhos, lembrando que há, hoje, muitos pais que são ausentes nas vidas de seus filhos, quando deveriam se dar aos filhos, pois que o amor requer contato físico e que o respeito deve ser por amor e nunca por temor.
O papel dos pais, salientou o nobre médium, é o de educador, de desenvolver e estimular os bons hábitos, acolhendo seus filhos, antes que se percam nos desvãos da sociedade humana. Como educador por mais de setenta anos, Divaldo que já educou mais de cento e trinta mil, disse que pais e filhos têm sede de amor e que necessitam de carinho mútuo.
Finalizando o proveitoso encontro, Divaldo discorreu sobre as artes e a música, orientando para o discernimento entre o que é bom e belo e o que é perniciosos ao homem, o que é ético e estético. Estimulando os jovens presentes, disse-lhes que o futuro já chegou, pois que o futuro são os jovens da atualidade, ávidos por informação de qualidade e de alto nível.
Antes do Seminário Luz nas Trevas desenvolvido por Divaldo Franco, Wagner de Assis, cineasta, apresentou dados sobre o filme que retratará a vida de Allan Kardec, seu legado, a importância na história da humanidade, e que deverá ser lançado em 16 de maio de 2019, bem como, destacou a ação dos benfeitores viabilizando o filme.
Divaldo Franco, traçou os acontecimentos preparatórios para o evento que massacraria os huguenotes, - protestantes - e que foram perpetrados pelos soberanos católicos da França. O evento que ficou conhecido com a Noite de São Bartolomeu ocorreu em 24 de agosto de 1572, cujas repercussões se estenderam no tempo. Em sua narrativa, Divaldo detalhou os preparativos, as vilanias, as tramas e manobras, sempre atendendo e visando o poder temporal de reis e rainhas, de religiosos e leigos. O massacre dos protestantes tingiu de sangue o Rio Sena.
Foi uma das páginas mais negras da intolerância e das paixões humanas que se desdobrou no tempo. Em 14 de julho de 1789, novamente em Paris, outra revolução aconteceu. Foi a tomada da Bastilha, um castelo medieval transformado em um paiol de pólvora, o maior da Europa. Os guardas, desatentos, foram dominados e a revolução se alastrou, apresentando resistência por parte da nobreza, sem contudo oferecer qualquer impedimento maior.
Os inimigos, aprisionados, julgados e condenados são submetidos ao guilhotinamento, decepando um sem número de cabeças. O terror tomou conta da França. A revolução preconizava a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. Buscando a pacificação francesa, Napoleão Bonaparte se torna imperador em 02 de dezembro de 1804, ao mesmo tempo em que desmoraliza o Papa da época.
A História é caprichosa, e em 04 de outubro de 1804, portanto dois meses antes, nascia em Lyonum menino de nome Hippolyte Léon Denizard Rivail se tornando influente educador. Mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo. Hippolyte foi dedicado discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, emérito educador.
As luzes de Jesus alcançaram novamente a Terra, e a Doutrina Espírita se tornou realidade através do trabalho hercúleo de Allan Kardec sob inspiração dos Espíritos de escol, no histórico 18 de abril de 1857. O mundo estava em grandes transformações. Os ideais franceses ecoaram em Minas Gerais, e Tiradentes, o Mártir da Independência, pela sua postura ousada e desafiando as autoridades meramente temporais, é enforcado e esquartejado. Uma nova revolução se iniciou. Era a revolução filosófica espírita, lançando luzes sobre as sombras da ignorância e do radicalismo.
Os Benfeitores deram a sua assistência e acompanhamento à novel doutrina. Era o Espírito da Verdade, o Paracleto, a acolher o povo súplice e carente de afeto e amor. As manchas sociais vão sendo dissolvidas pelos doces e amorosos ares da caridade.
Diversas catástrofes continuaram a ocorrer, e a miséria humana estorcega, resistindo a ação saneadora que chega aos homens através da Doutrina Espírita. Há resistências, contudo, o amor do Cristo vive no coração de muitos, testemunhando fé e confiança. As paixões estertoram, porém, com o pensamento em Cristo, Aquele que é o Caminho da Verdade e da Vida, possibilitará ao homem encontrar Deus em seu interior, pois que a presença divina na sua criatura é um fascículo de luz divina em cada um. É a Era Nova. O Consolador se apresenta em Paris, ainda com cicatrizes, porém, mais pacificada. Nem tudo está pacificado, há resistências. Jesus convoca o Espírito Ismael preparando o Brasil para receber o Consolador Prometido. Assim, os franceses protagonistas da Noite de São Bartolomeu e da Queda da Bastilha, cerca de dois milhões, deveriam reencarnar em terras brasileiras, onde encontrariam receptividade ao Espiritismo. Tudo preparado, a miscigenação de europeus, africanos negros e índios nativos e as bênçãos de Espíritos de escol, o Espiritismo floresceu na Pátria do Cruzeiro em meio as almas generosas.
Mais um passo haveria de ser dado, isto é, levar o Espiritismo de volta para a Europa e outras partes da Terra, confirmando o Brasil como Pátria do Evangelho, coração do Mundo.
Assim, a partir do dia 15 de agosto de 1967, pelas ações corajosas de Divaldo Franco, o desbravador, secundado por outros brasileiros radicados no estrangeiro, o Espiritismo passou a ser difundido através de ações doutrinárias, divulgando a Doutrina Espírita, consolando e enxugando lágrimas, fundando instituições espíritas em várias cidades ao redor do Planeta, apresentando Jesus de Nazaré, Aquele das Bem-Aventuranças. Países de regimes totalitários foram sendo conquistados amorosamente, pacientemente.
A história do Espiritismo na Europa, nas Américas e outras regiões da Terra, deverá ser contada com a inclusão de um nome singular: Divaldo Pereira Franco, o Arauto de o Evangelho de Jesus Cristo, alma brasileira que acendeu a chama do Espiritismo nos cinco continentes e que é mantida acesa pela ação de muitos brasileiros residentes no Exterior.
“A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. (Marco Túlio Cícero – Filósofo Latino).
“Uma filosofia superficial leva a mente humana ao materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana a verdadeira religião (Lord Bacon).
São duas límpidas e profundas sentenças, enaltecendo o amor que canta um hino à beleza e à verdade.
Encerrando a notável conferencia, Divaldo Franco ressaltou a assertiva que Allan Kardec cunhou: Trabalho, Solidariedade, e Esperança, significando que é necessário possuir coragem para viver os postulados da Doutrina Espírita nos embates diários com as sombras. O homem, para que possa espelhar e expressar Jesus em sua alma carente de Sua presença, terá que resistir aos arrastamentos, construindo o mundo de regeneração.
Declamando o Poema Meu Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo foi efusivamente aplaudido pelo considerável público que, envolvido em bênçãos, se movimentava paciente e calmamente demandando seus locais de repouso. O amplo ambiente estava tomado de vibrações benfazejas, atendendo cada presente.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
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