domingo, 25 de agosto de 2019

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Novo Hamburgo

23 de agosto de 2019
Concluindo mais um roteiro doutrinário no Rio Grande do Sul, e que foi desenvolvido no período de 19 a 23 de agosto, Divaldo Franco realizou um seminário abordando o tema: O Vazio e o Sentido Existencial, levado a efeito no Teatro da Feevale que ficou lotado.
O momento musical, belo e harmonioso, elevou o padrão vibratório do ambiente, preparando a sequência, quando Juan Danilo Rodríguez, médico equatoriano, médium espírita, atualmente residindo na Mansão do Caminho, e companhia sistemática à Divaldo Franco, se expressou primeiramente destacando que o vazio existencial está presente em muitos momentos da vida das pessoas, pois que para muitos falta um objetivo, algo importante a ser alcançado e realizado. Tendo musicado um poema de Amélia Rodriguez, Juan Danilo, ao violão, cantou a esperança e o desejo de ser alguém na existência, construindo um sentido para a vida, sentindo-se útil, prestando atenção na vida, construindo uma meta nobilitante.
Divaldo Franco, dedicado servidor do Cristo, foi discorrendo sobre a vida e a visão de muitos, destacando-lhes as qualidades, notadamente seus ideais, o sentido de suas vidas, como por exemplo: Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), idealizador e fundador do moderno Estado indiano e paquistanês, o maior defensor do Satyagraha como um meio de revolução. Sendo mais conhecido como Mahatma Gandhi, cunhou a seguinte frase: Se um único homem alcançar a mais elevada qualidade de amor, isso sera suficiente para neutralizar o ódio de milhões. Narrando a história deste notável homem, Divaldo Franco, asseverou que todos os indivíduos que estabelecerem um sentido para as suas vidas se tornarão vencedores, pois se armarão de esperança, determinação e perseverança, vencendo todos os obstáculos que a vida possa apresentar.
Percorrendo o pensamento dos filósofos pré-socráticos, de Pitágoras e outros modernos, o orador incomparável fez ressaltar o que havia de comum entre todos, eles tinham um sentido para a vida e os vazios existenciais eram de pequena monta. Toda a criatura que ama não experimenta vazios existências, sendo possuidora de sentido existencial, de ideais nobres. O amor, sublime expressão divina, é pelo ser humano colocado em marcha, notadamente através da caridade salvadora. A lei de amor, segundo Albert Einstein (1879-1955), é a mais importante dentre as demais que sustentam o universo, a da gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca. Quando a criatura humana aprender a amar, não terá mais que conviver com o vazio existencial.
O ser humano, uma criatura complexa, avança para a plenitude conquistando conhecimento, sabedoria e amor. No campo científico e intelectual os avanços são fenomenais, e por facilitar a vida, conduz inúmeros a experimentarem a depressão, que poderá levá-los ao suicídio, porque se baseiam nos falsos valores do egotismo. Neste campo dos ideais, a humanidade geralmente encontra dois polos, os ideais nobilitantes e os ideais negativos, destruidores, como registra a história da humanidade.
Apesar das conquistas tecnológicas, permitindo ao homem desfrutar momentos intensos e de aparente felicidade, deprime-se pela própria facilidade da tecnologia, havendo um declínio muito grande no comportamento humano, que perdido de si mesmo, estorcega entre lágrimas de desesperança, tendo perdido os ideais de vida, o significado da existência.
Como o tema foi árido, e por entender que o sorriso é salutar, Divaldo Franco conduziu o público para o exercício da risoterapia, aliviando tensões. Há que se primar por manter em elevado patamar moral a família, tão degradada e vilipendiada. Cada época transmite à sua sucessora parcela do conhecimento acumulado, bem como dos comportamentos humanos, nem sempre em acordo com as Leis Divinas e com o Evangelho de Jesus. Os indivíduos devem preencher o vazio existencial, a ausência de valores nobres, com a presença de Deus, que deve ser buscado com ênfase, coragem e muita determinação.
Ainda aprisionado pela materialidade, o homem deve esforçar-se por elevar-se moralmente reservando alguns momentos diários para a transcendência, conforme ensina a psicóloga e psicoterapeuta clínica Elisabeth Lukas (1942-). Ela é uma das mais famosas sucessoras de Viktor Frankl, fundador da Logoterapia, a psicoterapia útil e centrada.
Ter um objetivo para a vida é muito importante, deve ser construindo em bases morais nobres. A ciência espírita afiança que nada morre, somente se modifica. Adotar a ética do bem-viver é possuir paz, é amar sob quaisquer condições. Todas as tentativas arquitetadas anteriormente pelo ser humano fracassaram, está na hora de tentar o amor.
Para que o homem encontre a plenitude é necessário estabelecer e praticar um ideal nobre, servindo, dedicando-se a outrem sem nada esperar em troca, amar tão-somente. Espíritos de envergadura moral mais elevada estão auxiliando a humanidade do Planeta Terra a evoluir. Os que se mantêm recalcitrantes estão sendo retirados da psicosfera da Terra. Espíritos nobres estão reencarnando para auxiliar no progresso moral do ser humano.
O orador de escol orientou a que não se tenha medo de ser feliz, embora experimentando algumas tristezas. O sentido de felicidade está nas circunstâncias em que ocorre. Ter metas, ideais, dar sentido à vida, ser solidário, ser útil, é dignificar a vida, e a Doutrina Espírita, oferecendo oportunidades de trabalho, faz com que o ser humano desabroche para a caridade, pois que fora dela, não haverá salvação. Assim, preencha a vida com doações energéticas, faça-se útil a alguém. Com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco encerrou mais um profícuo trabalho de iluminar mentes e de dulcificar corações, recebendo caloroso aplauso.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)



sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Santa Cruz do Sul

22 de agosto de 2019

O Seminário intitulado O Sentido da Vida, apresentado por Divaldo Franco, médium espírita, humanista e pacifista, teve a sua abertura abrilhantada pelo Coral da UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul), encantando o público que lotou o Teatro Colégio Mauá, harmonizando o ambiente.
Juan Danilo Rodríguez Mantilla, equatoriano, médico, espírita e que atualmente reside na Mansão do Caminho, desenvolvendo um belíssimo projeto trabalhando com os portadores com necessidades especiais e que acompanha Divaldo Franco em suas viagens, saudou o público em nome da mansão Caminho, sendo o portador de mensagens de otimismo, destacando que cada dia possui as suas próprias necessidades. Essas, naturalmente sendo compreendidas, ensejam oportunidades para se descobrir qual é o sentido da vida. Na Mansão do Caminho, o sentido da vida é servir ao próximo, aprendendo a viver, a dar esperança conforme o Espiritismo orienta, sendo feliz ao desenvolver o amor puro e transcendente, sem esperar nada de ninguém. O sentido da vida pode ser, também, o de ter alegria de viver com muita esperança e confiança na providência divina.
Divaldo Franco, ao se expressar, asseverou que o grande sentido da vida é construir a identificação entre o EGO e o SELF. Ao apresentar os fatos experimentados por Viktor Frankl (1905-1997), médico psiquiatra austríaco, autor dos livros Em Busca de Sentido e Um Sentido para a Vida, Divaldo Franco evidenciou com este exemplo a possibilidade que todos possuem em estabelecer um significado para vida, independente das condições em que o ser humano se encontre. Viktor Frankl, por ser judeu, foi preso com sua esposa e pais pelas tropas nazistas, a Gestapo, e segregados em campos de concentração. Todos os seus familiares foram mortos pelo regime nazista, foram cerca de 180 até maio de 1945, quando a Grande Guerra teve fim.
Ele decidiu estabelecer para si, ainda preso, um sentido existencial profundo: sobreviver àquelas terríveis condições para poder, posteriormente, denunciar os horrores do holocausto produzido pelos nazistas e, assim, despertar nos indivíduos uma consciência e responsabilidade a respeito da dignidade humana.
Filho de família rica, Viktor Frankl, formou-se em psicologia e psiquiatria, tendo sido amigo de Sigmund Freud (1856-1939) e Alfred Adler (1870-1937). O incansável conferencista destacou que Viktor Frankl   somente sobreviveu por ter estabelecido uma meta, um sentido para a sua vida. Fazia parte do Colégio de Sábios, em Viena, na Áustria. O médico austríaco é o fundador da escola da Logoterapia que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência. Sobrevivem todos os que se fazem fortes e que suportem altas cargas emocionais. A força do sentido da vida é impressionante, e Jesus dá esse sentido para a vida. Esse sentido é o de viver além da vida. Embora não possua tudo, tem paz, diluindo a personalidade sem perder a individualidade.
A vida de Viktor Frankl foi a busca para encontrar o sentido da vida. Sua existência era a de um homem que não se preocupava, inicialmente, com a religião. Aprisionado pelos alemães, deixou de ser um homem, um indivíduo, perdeu a identidade, o motivo para viver, a razão principal do existir, para ser somente um número. Ao chegar no primeiro campo de concentração, Auschwitz, foi despido, seus pelos raspados, recebendo no braço uma tatuagem estampando o número 119.104. Ele somente não foi assassinado porque teve uma meta, um objetivo para a vida, embora tenha passado por alguns dos mais cruéis campos de concentração, onde os assassinatos e os suicídios eram numerosos todos os dias. Resistiu e fez um pacto com a sua consciência: viver para poder relatar ao mundo o que os nazistas faziam, tornando-se testemunha ocular e viva. Eles podiam matar, transformar as aparências, mas jamais poderiam aniquilar as ideias.
Assim, o fundador da Logoterapia atingiu um sentido psicológico para a vida ainda maior, o de ser útil. Ele foi poupado, ajudando outros prisioneiros. Para não enlouquecer, estabeleceu uma meta, um significado para a sua vida, ela deveria valer a pena de ser vivida, dignificando-se ao se tornar servidor. Oportunamente, os nazistas estabeleceram uma estratégia, anunciaram que iriam transferir alguns prisioneiros para um campo de concentração mais ameno. Viktor Frankl estava nesta lista, porém, antes de embarcar, um prisioneiro polonês lhe suplicou trocar de lugar com ele, pois tinha familiares o esperando. Viktor Frankl titubeou, seguir para outro campo era a esperança, permanecer significava a morte. Ante a súplica contundente, cedeu seu lugar. O outro, já dentro do trem, acenou-lhe com alegria.
Ao cair da tarde a notícia se espalhou no campo, o trem fora diretamente para um campo de concentração vizinho e todos foram dizimados nas câmaras de gás. Viktor Frankl havia sido poupado. Em outra oportunidade, já no final da guerra, os alemães em desespero trabalhavam afanosamente para apagar os vestígios do holocausto. Viktor Frankl foi designado para explodir alguns pavilhões, e esgueirando-se por entre eles, foi puxado para dentro do pavilhão dos pestosos, o pavilhão que os alemães não entravam para não se contaminarem. A mão vigorosa que o puxara era a de uma psiquiatra que o patriarca da família Frankl havia custeado os estudos. Dizia ele, o pai de Viktor Frankl, que uma pessoa que tem um ideal nobre deve ter o apoio. Viktor Frankl havia sido poupado mais uma vez.
Finda a guerra, e liberto, Viktor Frankl retornou à Viena, à sua casa, que já não era mais a mesma. Voltou a escrever o seu tratado de psiquiatria. Criou a Logoterapia, ciência que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência, demonstrando a necessidade do ser humano de encontrar um sentindo psicológico profundo para a vida, sendo a meta essencial amar e servir ao próximo. A proposta de Viktor Frankl, como de outros, é fascinante porque é a proposta do Cristo. Todos possuem um objetivo na vida. Qual é o sentido de sua vida? Indagou o nobre conferencista baiano.
Divaldo Franco, em seu incansável objetivo de servir, narrou mais alguns casos, destacando que os que possuem um significado, um sentido para a vida, são felizes, possuindo a alegria de viver, porque escolheram servir, e não serem servidos. Eloquente, Divaldo destacou a necessidade de cada indivíduo encontrar um objetivo para a vida. Se ainda não encontrou, dê a sua vida para alguém, dedique-se a ela, faça algo de bom em memória de alguém. Narrando suas experiências com os seus filhos adotivos, Divaldo era pai e mãe ao mesmo tempo, estabeleceu um sentido para sua vida, amar indistinta e veladamente, entregando-se ao amor sem reservas. Assim, viva para que os outros tenham vida, fazendo o bem.
No início do segundo bloco do seminário, Juan Danilo interpretou ao violão, musicando uma poesia de Amélia Rodrigues. Divaldo Franco destacou a Questão 685 a) de O Livro dos Espíritos, onde os tutelares divinos afiançam que a educação é o único recurso para se modificar o mundo.  Deste modo, desde a fase infantil, todos vão estabelecendo seus ideais, o que desejam ao se tornarem adultos. São os sonhos, os objetivos, o sentido para a vida. Todos necessitam de uma meta, de ter ideais, de dar significado para a vida, preenchendo os vazios existenciais, não se permitindo à ociosidade. Todos têm o dever de fazer algo de bom em favor do próximo, mudando a estrutura do pensamento, dando um sentido para a vida, dando uma beleza ao sentido existencial.
Trazendo emotividade e amenizando o árido tema, Divaldo Franco narrou a comovente história do menino Bill que sonhava se tornar um bombeiro da cidade de Los Angeles, na Califórnia-EUA. Bill se encontrava em fase terminal, sua mãe telefonou aos Bombeiros solicitando uma visita. O Comandante disse-lhe que iria visitá-lo, e que poderia fazer muito mais. Assim aconteceu, Bill foi visitado pelo Comandante que se fez acompanhar de mais nove bombeiros. O Comandante disse à Bill que ele se tornaria bombeiro mirim na semana seguinte. Bill renovou suas forças, superou-se e aguardou. Na data, lá estavam os bombeiros para transportar Bill ao quartel, onde seria incorporado ao grupo. Recebeu uniforme e equipamentos.
Neste instante soou o alarme de incêndio. Havia um incêndio de pequenas proporções nos arredores de Los Angeles. O agora bombeiro Bill foi convocado para debelar as chamas. Ele era a felicidade. Fremia de prazer e alegria. Extinto o foco de incêndio, retornaram e Bill voltou ao hospital. Mais uma semana. Ele piorou, estava por desencarnar. O Comandante foi acionado pela mãe de Bill, solicitando a presença de um bombeiro naqueles instantes derradeiros. O Comandante informou que poderia fazer muito mais. Destacou seus homens para visitar Bill, entrando em seu quarto hospitalar pela janela, usando uma escada especial. Ali, ao lado de Bill, se postaram dez bombeiros, o Comandante disse-lhe: - Bombeiro Bill! Estou te dando permissão para te ausentar de nossa corporação. Está na hora de te apresentar ao Comandante Supremo. Bill fechou seus olhos. Ouvia-se o Toque de Silêncio, magistralmente executado pelo corneteiro, ecoando pelo hospital.
Educar os filhos, preparando-os para a vida, acompanhando-os no crescimento e nas experiências de suas fases de vida é dever de todos os pais. Amar é educar, é dar uma meta para a vida, amar é preencher os vazios da vida. Asseverou Divaldo Franco que a humanidade já experimentou a guerra, a traição e outras mil coisas e não deu certo, por que não experimentar, então, o amor? Demonstrando a experiência do amor, o Semeador de Estrelas narrou fatos jocosos, alegres, provocando o riso terapêutico, ao tempo em que orientou ao estudo do Espiritismo, recomendando que o fosse realizado a partir de O Livro dos Espíritos, seguindo nas demais obras, na cronologia de seus lançamentos, bem como estudar outras obras de Allan Kardec.
Jesus está sempre voltando aos corações abertos para acolhê-LO. Após cada crise o progresso avança, é a evolução em constante desenvolvimento. Finalizando o profícuo encontro, Divaldo Franco desejou que cada indivíduo pudesse alcançar o ideal do bem, a prática do sorriso, a missão da solidariedade, a volta ao lar, à família, à fraternidade. Homenageando o público atencioso e generoso, Divaldo Franco declamou o Poema Meu Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues. Os aplausos foram efusivos, amplos e prolongados. Foi o exercício da generosidade mútua. O Semeador incansável lançou a semente do amor, restando a cada um fazê-la germinar em seus corações.
Texto: Paulo Salerno
Fotos Jorge Moehlecke

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Caxias do Sul

21 de agosto de 2019

Divaldo Franco, o trator de Deus, nas palavras do maior médium do século XX, Francisco Cândido Xavier, retornando à Caxias do Sul para a realização de mais um seminário, lotou o Salão dos Capuchinhos. O tema Luz nas Trevas, muito instigante, foi antecipado por belo momento musical.
O Semeador de Estrelas, lançando luz sobre as trevas, discorreu sobre a formação do Planeta Terra ao longo de bilhões de anos, as primeiras manifestações solares, as galáxias contadas em números astronômicos, atestam a perfeição divina. Em um salto, o nobre e eloquente orador passou a elucidar o pensamento filosófico e científico sobre os átomos e as propriedades radiantes da matéria, o pensamento dos filósofos pré-socráticos, tudo se realizando para lançar luzes nas sombras da ignorância humana.
Assim, o homem vai se capacitando, tornando-se artífice da própria evolução, compreendendo que há uma consciência cósmica, com manifestação na inteligência do próprio homem. O pensamento socrático permite ao ser humano alcançar o seu autoconhecimento, uma maior iluminação intelectual, oferecendo oportunidade para distinguir a ilusão da realidade, o instinto da inteligência, as trevas da ignorância das luzes da sabedoria, geração após geração. Naturalmente que ideias novas se deparem com objeções e negações, porém, a verdade vai se revelando na medida em que o ser humano se luariza, pois que descobre uma realidade exultante.
A partir do século XVII a humanidade avançou e distendeu o seu conhecimento, embora os pensadores daquela época tenham sido anatematizados, mesmo sacrificados fisicamente. Era a treva da ignorância se debatendo ante a luz. Ao desenvolver a sua percepção, o homem vai saindo das sombras, permitindo que as luzes se estabeleçam. A sábia Mentora Joanna de Ângelis, ao escrever pela mediunidade de Divaldo Franco a obra Luz nas Trevas, realça a percepção da vida no corpo físico e a da vida espiritual, o homem crente e o ciente.
Ressaltando o grande cientista Albert Einstein e a carta endereçada à sua filha Lieserl, Divaldo Franco destacou que o cientista concluiu que o amor é a maior e mais vigorosa força do Universo, presidindo as demais, como se pode observar nesta citação: “Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que ainda não foi identificada por nós. Esta força universal é o AMOR. (...) O Amor é Deus e Deus é Amor.”
No contexto histórico e cultural do século XIX, Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) reencarnou-se na Terra, recebendo, ainda na infância, a formação educacional do mestre Pestalozzi. Na idade adulta, e residindo em Paris, tomou contato com os fenômenos das mesas girantes e falantes, como eram conhecidos os fenômenos mediúnicos, e passou a estudá-los em bases científicas, constatando a legitimidade dos fatos e extraindo deles consequências filosóficas e morais, de interesse extremo para o progresso intelectomoral e espiritual da Humanidade, dando origem a obra O Livro dos Espíritos, lançada em 18 de abril de 1857, marcando o surgimento oficial do Espiritismo na Terra.
A luz do conhecimento permite ao homem perceber o imperceptível. Após discorrer sobre alguns dados astronômicos, Divaldo Franco asseverou que Deus transcende a capacidade de o homem entende-LO. O mundo é fascinante, mas necessita da luz do amor para poder abandonar as trevas.
Com sua característica verve, Divaldo Franco narrou com cores belas a história de um grande homem que também lançou luz nas trevas. Trata-se de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) escritor, ilustrador e piloto francês. Divaldo Franco, humanista, recomendou a leitura de uma de suas obras: O Pequeno Príncipe. O romance apresenta uma profunda mudança de valores, sugerindo ao leitor o quão equivocado podem ser os julgamentos, e como eles podem levar o homem à solidão.
No início da segunda parte do seminário, Juan Danilo Rodríguez, médico espírita equatoriano, atualmente residindo na Mansão do Caminho, dotado de alta sensibilidade, interpretou ao violão uma música de sua autoria, adaptando a letra do Poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, sendo fortemente aplaudido.
Destacando a importância da mitologia grega, Divaldo descreveu os fatos que envolveram Narciso, um ser dotado de beleza incomum. Ele é o símbolo da soberba, do orgulho, a treva da presunção. Os conflitos humanos, de uma maneira geral, estão retratados nos mitos. O amor de Deus ensejou que a Doutrina Espírita fosse dada a lúmen na Terra, lançando luzes sobre as trevas da iniquidade humana. O Espiritismo, como ciência, dá ao homem a oportunidade de investigar os fatos, remontando as causas.
Ao historiar os fatos que levaram ao advento da Doutrina Espírita, Divaldo Franco salientou que a ciência espírita lançou luzes sobre a imensa escuridão em que o homem ainda se debate. Seus princípios filosóficos permitem o esclarecimento sobre o mundo dos Espíritos, destacando que o amor é a caridade em ação, pois que fora da caridade não há salvação. O Espiritismo é luz sobre as trevas da ignorância humana.
Joanna de Ângelis destaca alguns princípios a que o homem se deve aliar. 1º) Ame, todos nasceram para amar. 2º)  A vida é bela, a beleza está nos teus olhos. 3º) O mal que te fazem não te faz mal, porém, o mal que fazes te fará mal.
Em sua mensagem final, o Embaixador da Paz no Mundo, destacou a esperança, o exercício do amor, não aceitando o mal de ninguém, mas dando uma oportunidade a si mesmo e ao próximo. Não é importante convencer, mas iluminar-se. Faça da tua vida um caminho pontilhado de pegadas luminosas, sinalizando aos que vêm após. Valorize a família, o lar. Lembre-se de semear sempre a boa semente, não se preocupe tanto com o solo onde a semente será deitada. Semeie alegria, felicidade e gratidão. Reverente e superando-se, Divaldo Franco pôs-se de pé para declamar o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, aquecendo corações e mentes com ternura e amor, na gélida noite caxiense.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Gramado

20 de agosto de 2019

Retornando à Gramado pela quarta vez, Divaldo Franco, em companhia de Juan Danilo Rodríguez, médico e médium espírita, foi carinhosamente recebido e homenageado. No auditório do Centro de Treinamento e Eventos da Faurgs (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e estando presente cerca de oitocentas pessoas, Divaldo Franco concedeu entrevistas para diversos órgãos de imprensa local e regional, atendeu a inúmeros pedidos de autógrafos, bem como recebeu cumprimentos de um sem-número de amigos e simpatizantes.
Após belíssimo momento artístico, o nobre conferencista, Embaixador da Paz no Mundo, ambientou o tema apresentando a comovente história do Dr. Thadeu Merlin, adepto da prática da eutanásia, desde os bancos acadêmicos, como meio de abreviar o sofrimento dos que padecem enfermidades terminais. Assim pensava o Dr. Thadeu Merlin. Porém, quando sua neta, Bárbara, foi acometida por insidiosa virose e sem cura até então, e recebendo orientação para a eutanásia, se negou peremptoriamente. Pouquíssimas vezes havia se lembrado de Deus. Após muitos esforços e buscas de solução para sanar a enfermidade, sempre sem sucesso, lhe foi recomendado consultar um médico que estava desenvolvendo uma pesquisa nesta área.
Imediatamente o Dr. Thadeu Merlin para lá se dirigiu, com a esposa e a neta enferma. O local era miserável, com crianças e adultos aleijados em várias formas. Foram recebidos pelo Dr. Müller, que examinou Bárbara, diagnosticando seu caso como incurável e letal. Havia, porém, um estudo inconcluso realizado pelo Dr. Müller, pois não havia sido aplicado em um ser humano. O avô suplicou para que fosse tentado, independente do resultado. Assim foi feito, e a paciente preparada, a terapêutica foi aplicada.
A vida é interessante. O Dr. Thadeu Merlin identificou que o seu colega, o Dr. Müller, era coxo, possuía uma deformidade no pé. Ao contar a sua história, o Dr. Thadeu Merlin identificou que o Dr. Müller era aquele recém-nascido que havia sido por ele atendido, e que teve um ímpeto de aplicar-lhe a eutanásia, pela deformidade em seu pé. A consciência de Thadeu Merlin falou alto: Matar, nunca! Já te desincumbiste da tarefa. Deixe-a viver! Se essa criança vai ser coxa, o problema é dela, não teu! Deixa-a! Dr. Thadeu Merlin assustou-se. A consciência às vezes chega inesperadamente. Ele tinha consciência.
Assim, aquele que foi poupado, agora estava ali salvando a neta de alguém que o tinha ajudado a nascer. O Dr. Thadeu Johann Müller viveu porque a consciência do Dr. Merlin falou mais alto, dando oportunidade ao Dr. Müller salvar alguém que tinha sido aconselhado a ser submetido ao processo da eutanásia.
Consciência é algo, na psicologia, muito grave, importante. Foi constatado que a consciência não é conhecimento. Aristóteles afirmava que o ser humano é uma criatura que possui a faculdade de discernir. Mira Y Lopes classifica o ser humano como sendo um animal bípede e gregário, possuidor de características. 1ª) possui personalidade; 2ª) possui conhecimento; 3ª) possui identificação; e 4ª) possui consciência.
A consciência no homem é uma espécie muito particular de “tomada de conhecimento de si mesmo”, conhecimento de quem ele é, de onde está e, a seguir, conhecimento do que sabe, do que não sabe, e assim por diante. Em cada indivíduo há uma individualidade. O Espiritismo é a ciência de conhecimento universal. Mira Y Lopes classificou o ser humano em níveis de consciência. 1º) de sono, sem sonho; 2º) de sono, com sonho; 3º consciência de si mesmo; - neste nível há funções: a) intelectiva; b) emoção; c) movimento; d) instintiva; e) sexual; f) emocional transcendental; e g) intelectomoral superior. O 4º nível de consciência é a consciência cósmica.
Juan Danilo Rodríguez, a pedido de Divaldo Franco, apresentou bela página musical. Uma composição de letra e música dele mesmo, excelente adaptação de um poema da autora Amélia Rodrigues.
Divaldo Franco, incansável, destacou que não há nada pior do que a falta de liberdade. Esta é tão importante que foi trabalhada pela Doutrina Espírita, se constituindo em uma lei de cunho moral. O homem moderno, experimenta em muitas oportunidades um comportamento de ausência de liberdade, passando a viver em estado libertino. O exercício da liberdade pressupõe se expressar com responsabilidade, oferecendo ao outro o direto de se manifestar como deseja, também com responsabilidade. A Doutrina Espírita estuda uma outra lei, e que está vinculada ao exercício da liberdade, é a da afinidade, com causa e efeito.
A instituição família exerce preponderante papel na construção de seres responsáveis e livres, pois que deve desenvolver valores éticos e morais elevados. É necessário que se aprenda a amar, o de ser gentil, atencioso, criando hábito de consciência, oferecendo algo de bom de si mesmo ao próximo. Cabe ao ser humano consciente voltar à consciência, ao amor e à justiça.
Em esforço redobrado, por sentir fortes dores, Divaldo pôs-se de pé para declamar o Poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, oferecendo um gesto simbólico em gratidão aos presentes. Forte e calorosa salva de palmas foi a atitude de reconhecimento ao excelente trabalho apresentado, que ainda se prolongou por mais alguns minutos, quando novo quadro musical foi apresentado, abrilhantando a noite gélida de Gramado.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


terça-feira, 20 de agosto de 2019

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Nova Petrópolis

19 de agosto de 2019

Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, humanista e pacifista, esteve pela primeira vez em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Neste périplo, que se estende pelos dias 19 a 23 de agosto, percorrendo outras cidades como Gramado, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Novo Hamburgo, se faz acompanhar por Juan Danilo Rodríguez, médico espírita, o amigo equatoriano, atualmente residindo na Mansão do Caminho, onde, além de acompanhar Divaldo, desenvolve um projeto voltado especificamente aos portadores do espectro autista. Recebidos com muita alegria, desvelo e entusiasmo pelos organizadores do evento, que se corou de sucesso, Divaldo Franco foi recepcionado por cerca de seiscentas pessoas no auditório do Centro de Eventos da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis.
Após belo momento musical, Divaldo Franco fez uma breve análise sobre o homem e a mulher da modernidade que, apesar de ter alcançado e dominado altas tecnologias, penetrando o micro e o macrocosmo, tendo acesso à uma melhor saúde física e bem-estar social, não logrou alcançar a felicidade. Aturdido, envereda pelos caminhos da violência. O ser humano da atualidade convive com 44 milhões de criaturas aidéticas infectadas e infectando. Outros 360 milhões se constituem em depressivos crônicos. A sífilis e o Mal de Hansen (lepra) são diagnosticados, no Brasil, a cada 15 minutos. Há um suicídio, no planeta, a cada quatro segundos. No Brasil há um suicídio a cada oito minutos. No Japão, o índice de suicídio infantil é alarmante.
Ante este quadro terrivelmente pessimista, indagou o nobre conferencista: - O que estamos fazendo? As criaturas, de uma maneira geral, têm as suas vidas vazias, desprovidas de qualquer ideal nobilitante. Vive em um comportamento de violência suprema. Após 800 anos de ética, de cultura e de civilização, a humanidade se encontra em estado de solidão, apesar de estar na multidão. Cada ser humano experimenta aflições e angústia, independente de classe social ou econômica. Parafraseando o poeta inglês Thomas Hardy, que dizia: “o homem contemporâneo perdeu o endereço de Deus”, Divaldo afirmou que o homem contemporâneo perdeu o endereço de si mesmo.
Há uma necessidade imensa de o ser humano aprender amar. Mohandas Karamchand Gandhi afirmava que amava admiravelmente Jesus de Nazaré, mas tinha medo dos cristãos, dado o seu comportamento, e que ainda não foi capaz de domar suas inclinações más.
Por outro lado, demonstrando a excelência dos ensinamentos de Jesus, Divaldo narrou a história real de uma jovem que tendo se convertido ao cristianismo foi capaz de perdoar o seu algoz, salvando-lhe, inclusive a vida, restituindo-lhe a saúde, pois que, depauperado, encontrava-se na iminência da morte física. Este fato está contido na obra “Perdão Radical”, de Brian Zahnd, que descreve um episódio ocorrido durante o genocídio do povo armênio, provocado pelos turcos otomanos, na guerra ocorrida entre 1915 e 1917, entre a Armênia e a Turquia, dizimando cerca de um milhão e quinhentos mil seres humanos. Esse genocídio ocorreu em paralelo a I Guerra Mundial. É a demonstração da poderosa força de transformação da mensagem de Jesus, quando bem compreendida e vivenciada, despertando o verdadeiro amor na criatura humana. Esse amor levou aquela jovem armênia a perdoar radical e incondicionalmente o algoz que a havia desventurado e exterminado sua família impiedosamente.
Buscando produzir uma reflexão no atento público, Divaldo Franco fez a mesma pergunta que o autor da obra acima referida fez: - Você perdoaria?
É necessário conhecer verdadeiramente a Jesus para poder seguí-LO e praticar seus ensinamentos. Paulo de Tarso apresentou uma ética moral: fora da caridade não há salvação. A caridade, afiançou o lúcido orador, precisa do amor para ser verdadeiramente caridade. A caridade é a alma da vida, das três virtudes, esperança, fé e caridade, a primeira é a caridade. É um sentimento de entrega total ao próximo, seja ele quem for. O sentido do amor da doutrina cristã é que o mal não deve ser destacado. Para amar, é necessário que cada indivíduo desenvolva o autoamor, aprender a amar-se, para, então, amar o próximo.
Jesus estabeleceu o amor como base. A conduta moral é mais importante do que qualquer religião. É necessário que o amor viceje dentro de cada ser humano, que deve conhecer-se em maior profundidade. Em 75 anos de divulgação da Doutrina Espírita e dos ensinamentos de Jesus Cristo, e visitando mais de 70 países, Divaldo Franco destacou que ama Jesus impetuosamente, além de ser fascinado pela psicologia moderna. Aproveitando o momento de sentimentos elevados, o conferencista conduziu o público para a prática do riso terapêutico, apresentando casos jocosos, seus e de outros, destacando a alegria de viver, apesar das inúmeras dificuldades que tem experimentado, desenvolvendo o autoamor, sendo grato a Deus, à vida, vivenciando as mensagens de Jesus de Nazaré.
Para falar sobre a mediunidade, destacou a sua própria vivência nesta área, bem como os óbices que teve que enfrentar, testemunhando o seu amor cristão, a pluralidade das existências, desmistificando a morte, que não existe, conforme muitos pensam. Falando sobre os postulados da Doutrina Espírita, salientou que Deus é amor, conforme ensinou o apóstolo João. Asseverou que cada um deve fazer de sua vida, uma vida de misericórdia, levando em conta que a vida é uma só, com existências múltiplas. Neste aspecto, citou o Papa João Paulo II que afirmou que as almas voltam e se comunicam conosco.
É de todo salutar que o ser humano aprenda a sorrir mais. O Evangelho de Jesus é um tratado de boas novas. Discorrendo sobre os feitos de Martinho Lutero e de Calvino, com a reforma protestante, Divaldo enalteceu que Jesus é inconfundível. Ele veio para tornar a Terra no Reino de Deus, levando o homem a alcançar a plenitude dentro de si mesmo. Somente o amor de Deus dá ao homem a paz. O bem proceder ético é o produtor do bem-estar. A Doutrina Espírita é a boa nova da alegria, é uma doutrina lógica. Ame, essa é a mensagem do Espiritismo, se te interessar, estude-o, a vida é encantadora, escreva a tua vida sem queixas, agradecendo a Deus.
Divaldo encerrou a conferência pondo-se respeitosamente em pé, apesar das fortes dores que o acometem e emocionando os presentes que o ouviam com atenção luarizou a noite nova-petropolitana com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues. Em gratidão, um forte aplauso foi protagonizado pelo público, em pé.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke