23 de agosto de 2019
Concluindo mais um roteiro doutrinário no Rio Grande do Sul, e que foi desenvolvido no período de 19 a 23 de agosto, Divaldo Franco realizou um seminário abordando o tema: O Vazio e o Sentido Existencial, levado a efeito no Teatro da Feevale que ficou lotado.
O momento musical, belo e harmonioso, elevou o padrão vibratório do ambiente, preparando a sequência, quando Juan Danilo Rodríguez, médico equatoriano, médium espírita, atualmente residindo na Mansão do Caminho, e companhia sistemática à Divaldo Franco, se expressou primeiramente destacando que o vazio existencial está presente em muitos momentos da vida das pessoas, pois que para muitos falta um objetivo, algo importante a ser alcançado e realizado. Tendo musicado um poema de Amélia Rodriguez, Juan Danilo, ao violão, cantou a esperança e o desejo de ser alguém na existência, construindo um sentido para a vida, sentindo-se útil, prestando atenção na vida, construindo uma meta nobilitante.
Divaldo Franco, dedicado servidor do Cristo, foi discorrendo sobre a vida e a visão de muitos, destacando-lhes as qualidades, notadamente seus ideais, o sentido de suas vidas, como por exemplo: Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), idealizador e fundador do moderno Estado indiano e paquistanês, o maior defensor do Satyagraha como um meio de revolução. Sendo mais conhecido como Mahatma Gandhi, cunhou a seguinte frase: Se um único homem alcançar a mais elevada qualidade de amor, isso sera suficiente para neutralizar o ódio de milhões. Narrando a história deste notável homem, Divaldo Franco, asseverou que todos os indivíduos que estabelecerem um sentido para as suas vidas se tornarão vencedores, pois se armarão de esperança, determinação e perseverança, vencendo todos os obstáculos que a vida possa apresentar.
Percorrendo o pensamento dos filósofos pré-socráticos, de Pitágoras e outros modernos, o orador incomparável fez ressaltar o que havia de comum entre todos, eles tinham um sentido para a vida e os vazios existenciais eram de pequena monta. Toda a criatura que ama não experimenta vazios existências, sendo possuidora de sentido existencial, de ideais nobres. O amor, sublime expressão divina, é pelo ser humano colocado em marcha, notadamente através da caridade salvadora. A lei de amor, segundo Albert Einstein (1879-1955), é a mais importante dentre as demais que sustentam o universo, a da gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca. Quando a criatura humana aprender a amar, não terá mais que conviver com o vazio existencial.
O ser humano, uma criatura complexa, avança para a plenitude conquistando conhecimento, sabedoria e amor. No campo científico e intelectual os avanços são fenomenais, e por facilitar a vida, conduz inúmeros a experimentarem a depressão, que poderá levá-los ao suicídio, porque se baseiam nos falsos valores do egotismo. Neste campo dos ideais, a humanidade geralmente encontra dois polos, os ideais nobilitantes e os ideais negativos, destruidores, como registra a história da humanidade.
Apesar das conquistas tecnológicas, permitindo ao homem desfrutar momentos intensos e de aparente felicidade, deprime-se pela própria facilidade da tecnologia, havendo um declínio muito grande no comportamento humano, que perdido de si mesmo, estorcega entre lágrimas de desesperança, tendo perdido os ideais de vida, o significado da existência.
Como o tema foi árido, e por entender que o sorriso é salutar, Divaldo Franco conduziu o público para o exercício da risoterapia, aliviando tensões. Há que se primar por manter em elevado patamar moral a família, tão degradada e vilipendiada. Cada época transmite à sua sucessora parcela do conhecimento acumulado, bem como dos comportamentos humanos, nem sempre em acordo com as Leis Divinas e com o Evangelho de Jesus. Os indivíduos devem preencher o vazio existencial, a ausência de valores nobres, com a presença de Deus, que deve ser buscado com ênfase, coragem e muita determinação.
Ainda aprisionado pela materialidade, o homem deve esforçar-se por elevar-se moralmente reservando alguns momentos diários para a transcendência, conforme ensina a psicóloga e psicoterapeuta clínica Elisabeth Lukas (1942-). Ela é uma das mais famosas sucessoras de Viktor Frankl, fundador da Logoterapia, a psicoterapia útil e centrada.
Ter um objetivo para a vida é muito importante, deve ser construindo em bases morais nobres. A ciência espírita afiança que nada morre, somente se modifica. Adotar a ética do bem-viver é possuir paz, é amar sob quaisquer condições. Todas as tentativas arquitetadas anteriormente pelo ser humano fracassaram, está na hora de tentar o amor.
Para que o homem encontre a plenitude é necessário estabelecer e praticar um ideal nobre, servindo, dedicando-se a outrem sem nada esperar em troca, amar tão-somente. Espíritos de envergadura moral mais elevada estão auxiliando a humanidade do Planeta Terra a evoluir. Os que se mantêm recalcitrantes estão sendo retirados da psicosfera da Terra. Espíritos nobres estão reencarnando para auxiliar no progresso moral do ser humano.
O orador de escol orientou a que não se tenha medo de ser feliz, embora experimentando algumas tristezas. O sentido de felicidade está nas circunstâncias em que ocorre. Ter metas, ideais, dar sentido à vida, ser solidário, ser útil, é dignificar a vida, e a Doutrina Espírita, oferecendo oportunidades de trabalho, faz com que o ser humano desabroche para a caridade, pois que fora dela, não haverá salvação. Assim, preencha a vida com doações energéticas, faça-se útil a alguém. Com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco encerrou mais um profícuo trabalho de iluminar mentes e de dulcificar corações, recebendo caloroso aplauso.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
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