Divaldo Pereira Franco
Chegamos ao fim de mais um ano de experiências. A sensação que a muitos de nós assalta é que os dias passaram com celeridade, mais do que os anteriores. É natural que assim suceda, porque se multiplicam as atividades, a correria para a aquisição de recursos e também de prazeres torna-se muito maior, dando a impressão de que as horas foram encurtadas, quando, em realidade, o volume de compromissos é que se fez maior.
Se perguntarmos às pessoas ociosas sobre essa questão, dir-nos-ão, certamente, que as horas jamais pareciam passar. Esse é o paradoxo do tempo real e do emocional.
Fim de ano, portanto, é oportunidade de fazer-se reflexão, de análise, de balanço das atividades desenvolvidas durante o período. Talvez, para alguns, o saldo seja assinalado pela amargura, desencanto, fracasso, armazenando revolta e violência.
Para outros, no entanto, significou oportunidade de crescimento, de conquista de valores, de desenvolvimento ético-moral. Indubitavelmente, a existência humana é portadora de um sentido significativo para a realidade do ser. Saber utilizar-se das circunstâncias felizes ou inditosas, alterando o rumo para o equilíbrio, mediante o esforço pessoal, sem lamentação nem exibicionismo, constitui o desafio que nem todos pretendem enfrentar.
Em realidade, nada muda a partir do dia primeiro de janeiro, que significa a data inicial do Ano Novo. A convenção social estabeleceu no calendário a marca de mudança, e não faltam aqueles indivíduos que esperam acontecimentos trágicos ou mágicos propiciadores de desgraças ou de bênçãos que signifiquem mudanças radicais no comportamento humano.
Quando se está consciente da responsabilidade que lhe diz respeito, assim como das possibilidades que devem ser cultivadas em favor do crescimento interior, cada dia representa um ano novo, desde que se esteja disposto a construir patamares ascensionais indicadores de progresso e autoiluminação.
Toda ocasião de servir e de trabalhar em favor do mundo melhor significa bênção de Deus que não pode ser desperdiçada.
A existência é o que cada um dela faz, mediante o comportamento dentro das leis de ordem em favor do desenvolvimento cultural, moral e espiritual.
Nesse sentido, a reflexão diária em torno de Deus e dos valores espirituais constitui mecanismo para estimular a coragem e a altivez moral em todas as circunstâncias.
Certamente, a vivência em sociedade é sempre desafiadora por causa dos egos que desejam ascensão. Com o conhecimento das Leis de Deus, tudo se modifica para melhor.
Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 28.12.2017.
(Colaboração recebida em email de Maria Helena Marcon, Curitiba, PR)
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