26/09/2017
O Salão Solarium da Universidade UNOESTE da cidade de Presidente Prudente - SP recebeu 2;500 pessoas para ouvir o tribuno Divaldo Franco na noite do dia 25 de setembro de 2017.
A conferência foi incluída entre os diversos eventos que compõem as homenagens pelo centenário da cidade. O prefeito municipal, representando na ocasião, outorgou a Divaldo Franco o título de Hóspede Oficial da cidade.
Dando início a conferência, Divaldo faz referência ao filósofo latino Marco Túlio Cícero, citando-o pela frase: “A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”.
A partir dessa citação, Divaldo realiza um périplo pelos fatos marcantes da humanidade ressaltando a necessidade de conhecermos para reflexionarmos a respeito dos fatos históricos, a fim de melhor podermos compreender a realidade.
Inicia por Caio Júlio Cesar militar romano que conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas. Júlio Cesar é sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco Antônio, Marco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerra o triunvirato restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais.
E segue Divaldo referenciando os caminhos da humanidade, ponteando sempre a manifestação da agressividade a permear os grandes eventos em função da natureza primitiva da maioria da mole humana que dando vazão aos instintos básicos age com violência, impulsionada pelo medo e a ira.
Em nenhuma outra época da sociedade humana houve tanto bem estar proporcionado pelo avanço da tecnologia e da pujança econômica. Porém, todos esses fatores não são suficientes para modificar o quadro observado nos comportamentos da criatura. Em todo o mundo mais de 850.000 pessoas morrem anualmente pelo suicídio e, a cada 16 segundos, ocorre em algum lugar do planeta uma tentativa do autocídio.
Por quê?
As aflições sem tamanho que a Sociedade moderna defronta advêm da adoção de objetivos imediatistas em detrimento de aspirações mais sublimes para a existência e reforçando a necessidade de elegermos um objetivo existencial, Divaldo nos apresenta o exemplo de vida do psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl, autor do livro Em Busca de Sentido e sobrevivente dos campos de extermínios nazista, que afirma: “Tudo pode ser tirado de uma pessoa, exceto uma coisa: a liberdade de escolher sua atitude em qualquer circunstância da vida”.
Procure o seu objetivo psicológico, seja ele qual for, pois que podemos ser felizes apesar dos problemas que nos acontecem.
Divaldo estendeu a todos o convite que lhe foi formulado por Joanna de Ângelis de que devemos abrir o carinho das nossas emoções e sentimentos ao nosso próximo buscando aqueles que são “invisíveis” na sociedade, os esquecidos e marginalizados, contribuindo para torná-los dignos e socialmente visíveis.
Para emoldurar esse convite, Divaldo passa a narra a esclarecedora história de Charles Plumb, piloto de um caça bombardeiro durante a guerra do Vietnã, e que foi abatido sobre território inimigo.
O piloto, observando que não seria possível chegar à base, optou por saltar de paraquedas. Tendo sido aprisionado e retido no cárcere por 6 anos.
Quando de seu retorno aos EUA decidiu compartilhar suas experiências mediante palestras por todo território americano.
Hospedado em um hotel de uma cidade do meio-oeste, Charles Plumb foi saudado por um desconhecido que dele se aproximou e perguntou:
— Você é Charles Plumb, ex piloto da Marinha que foi derrubado no Vietnã?
— Sim – respondeu Plumb, para em seguida perguntar ao estranho - Como sabe?
Estampando um sorriso de verdadeira alegria, o simplório estranho respondeu:
— Eu era um soldado raso que servia na mesma Companhia que você – e estufando o peito de tanto orgulho, acrescentou - Era eu quem dobrava o seu paraquedas antes das missões de bombardeio.
O ex-piloto, agora coronel da reserva, ficou perplexo e constrangido, pois naquela ocasião – antes da prisão – ela via diariamente os humildes soldados dobrando os paraquedas, sem, contudo, lhes dar muito valor, pois considerava-se mais importante para o esforço de guerra do que aqueles simples trabalhadores que passavam o dia todo dobrando os paraquedas dos pilotos.
Naquele instante Charles Plumb deu-se conta de que ele não atribuía nenhum valor ao tipo de tarefa que aquele homem executava, porém, aquele trabalho salvara-lhe a vida.
E desde essa data, todas as vezes que esse herói americano realizava suas palestras perguntava à plateia:
— Quem dobrou seu paraquedas hoje?
Divaldo enfatizando o convite de Joanna de Ângelis, narra sua experiência pessoal quando, convidado por um Espírito, abraçou um simples garçom e ao estabelecer diálogo com ele, veio a descobrir que o abraço recebido o fez abandonar a decisão de cometer suicídio, posto que experimentava a injunção do câncer.
Divaldo enfatiza que nessa hora tão dura para toda a Humanidade, silenciemos nossas queixas e busquemos aproveitar a oportunidade que Jesus nos oferece — Aquele que crê em mim também fará as obras que faço. (João 14:12).
É no evento das Bem-aventuranças que Jesus nos ilumina com as qualidades que devemos desenvolver para obtermos o Reino dos Céus: HUMILDADE (Bem-aventurados os humildes porque será deles o reino dos céus); MANSUETUDDE (Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra); MISERICÓRDIA (Bem-aventurados os misericordiosos porque obterão misericórdia); PAZ (não violência) (Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus); PUREZA DE CORAÇÃO (Bem-aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus) e o desenvolvimento da RESIGNAÇÃO (Bem-aventurados os que choram porque serão consolados; Bem-aventurados os que têm fome de justiça porque serão saciados; Bem-aventurados os perseguidos porque será deles o Reino dos Céus).
Jesus vem nos falar de um sentimento antes nunca abordado pelos expoentes das diversas religiões: o AMOR.
O Amor como vivido por Jesus que, apesar de só ter feito o bem, acabou crucificado pela nossa ignominia. Do alto do madeiro infamante Jesus, porém, teve forças para advogar junto a Deus o perdão pois ignorávamos o que fazíamos.
E nós? O que fizemos de Jesus? Nós que não somos capazes de desculpar, quanto mais perdoar.
Mesmo nesses dias difíceis deixemos brilhar a luz de Jesus a iluminar os nossos dias e todos os nossos momentos e optemos por amarmo-nos a nós próprios.
Saiamos daqui com a certeza de que a vida é aquilo que dela fazemos.
As palmas que se seguiram ao poema da Gratidão traduziam o reconhecimento de todos pela mensagem de consolação e de esperança como luzes a balizar nossos passos nas sombras que buscam envolver a humanidade nos dias atuais.
Um pensamento repercutia no recôndito das almas, luarizadas pelas bênçãos que a todos envolviam:
— Não vos deixarei órgãos. Voltarei para vós.
Texto: Djair de Souza Ribeiro; Fotos: Sandra Patrocínio
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