Dunquerque, ou Dunkerque em francês, é uma cidade portuária no norte da França, situada a dez quilômetros da fronteira com a Bélgica. É conhecida por Capital da Cultura Regional. Neste dia 4 de junho, o Arauto do Evangelho de Jesus, Divaldo Franco deslocou-se de Paris, em uma viagem de trem com duração de três horas. Acompanhavam-no um grupo de amigos portando diversas malas pesadas contendo livros espíritas psicografados por Divaldo e traduzidos ao francês.
Ao desembarcar na bela cidade portuária Divaldo e comitiva foram efusivamente recepcionados por amigos locais que os conduziram ao Camping Du Bois Dês Forts – Camping do bosque dos fortes, ou das madeiras fortes -, onde em um confortável auditório o Semeador de Estrelas proferiu uma conferência sobre a mediunidade para 136 pessoas que já se encontravam acomodadas, apenas aguardando a sua chegada. Outras quarenta pessoas ficaram do lado de fora e não puderam assistir por não haver disponibilidade de lugares. O ambiente estava completamente lotado.
Para alcançar e viver a paz íntima é necessário amar. Desde há dois mil anos, o maior psicoterapeuta da humanidade, que foi Jesus, já falava e ensinava que o ser humano necessitava amar. Simplesmente amar. O desafio da vida, aditou Divaldo, é amar. Discorreu sobre os biorritmos, que podem ser medidos através do eletroencefalograma, e que esses ritmos próprios do ser humano, denotam desde a mente inquieta, aturdida, ainda na consciência de sono, até o equilíbrio, a conquista da vida mental. Esse indivíduo em equilíbrio, seguindo no rumo da oração, da meditação, tendo consciência de si próprio, avançará até atingir a condição de conseguir silenciar a mente, atingindo a consciência cósmica.
A mediunidade não é um dom, uma graça ou privilégio. É uma faculdade que o corpo reveste de células e é responsável pelo intercâmbio do ser encarnado com o mundo transcendental. Visando melhor esclarecer o que afirmava, Divaldo narrou suas experiências, com jovialidade e alegria, de como foi o aflorar da faculdade mediúnica quando contava com apenas quatro anos de idade, sensibilizando os presentes, que pela primeira vez tiveram oportunidade de estarem acompanhando um evento espírita, pois que até então nunca se havia falado sobre espiritismo publicamente em Dunquerque.
Finalizando a esclarecedora conferência, Divaldo sugeriu aos médiuns presentes que trabalhem a faculdade, através do cultivo da vida interior, da educação dos sentimentos. É fascinante notar que a vida real não é esta no mundo da matéria densa, sendo somente uma cópia imperfeita da vida espiritual, que é perene. A mediunidade é uma bênção de Deus. Incentivou os médiuns a ajudar o próximo, como mecanismo de equilíbrio e harmonia. Não pode haver nada melhor do que ser útil, sentenciou o dedicado peregrino de Jesus.
Que a faculdade seja utilizada para servir, ajudar aos que sofrem no além-túmulo e que possa colocar as energias de que é possuidor à disposição de Jesus na era nova. Após encerrar essa magnífica atividade, Divaldo ainda respondeu diversas perguntas que foram formuladas inteligentemente, o que ensejou aprofundar alguns pontos sobre o tema. O carinho, a emoção e a gratidão das pessoas presentes foi um momento incrível, dando a impressão de se estar no Brasil, e que todos, desde há muito, já conheciam Divaldo Franco.
Pelo adiantado da hora, o incansável orador de Feira de Santana, na Bahia, deslocou-se diretamente à estação de trem, rumando de retorno à Paris, na hora aprazada, deixando rastros luminosos, de amor e carinho, nas mentes e corações daqueles que o escutaram com atenção.
Fotos: Ênio Medeiros
Texto: Ênio Medeiros e Paulo Salerno
Abraços,
Jorge Moehlecke
Dunquerque, França. Foto Ênio Medeiros
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