O vento esparzia o suave perfume da primavera e a chuva mansa caia delicadamente, inundando de vida a bela cidade Ljubljana, capital da Eslovênia, no entardecer da quinta-feira, 30 de maio de 2013, feriado de Corpus Christi. Talvez a natureza em festa estivesse anunciando um feito inédito que estava por acontecer, pois, pela primeira vez na história da Eslovênia, se iria falar de espiritismo publicamente. A conferência foi sobre a depressão. O público, composto por cinquenta pessoas, confortavelmente acomodados em uma das salas de convenção do M Hotel, Derčeva ulica 4, 1000, no centro da capital, apresentava-se sereno, confiante, emocionado.
O desbravador das fronteiras da nova era, Divaldo Pereira Franco, com o auxílio da Sra. Barbara Jursic, traduzindo a conferência para o idioma esloveno, apresentou a mensagem do Cordeiro aos presentes, dentre eles autoridades diplomáticas e consulares, como o Embaixador do Brasil, que atentamente acompanharam-lhe a explanação libertadora.
O ilustre conferencista asseverou que atualmente a humanidade vive uma época extraordinária, onde a ciência e a tecnologia oferecem grande conforto e facilidades. Viaja-se virtualmente, mergulhados no macrocosmo, porém, não foi capaz, ainda, de atingir a paz interior, e o vazio existencial permanece em a criatura humana. A ansiedade, suas causas e reflexos foram objetos de comentários e esclarecimentos demorados.
O tempo de que dispõe, mesmo nos relacionamentos afetivos, é para discutir, pois que esse ser da atualidade vive armado. Vive, por conseguinte, na solidão. Qual seria a reação a esse estado emocional, questionou o arauto do evangelho e da paz. Ao que respondeu com a mais absoluta certeza: encontrar um sentido psicológico para a vida.
A criatura humana deve procurar a alegria de viver, pois, quando busca ser alegre, o organismo se renova. Aqueles que riem mais gozam de mais saúde dos que os enfezados, os taciturnos. Assim, o organismo de quem é alegre produz mais imunoglobulinas. O sentido da vida é a plenitude. A felicidade de hoje nem sempre será a felicidade de amanhã. Nem toda a tristeza é depressão. A tristeza faz parte da vida e é natural que o indivíduo fique triste diante de certos acontecimentos. Sigmund Freud, médico neurologista austríaco, asseverava que quando a tristeza se alonga por mais de quatro semanas, constituiu-se em um estado patológico.
Buscar vencer a ansiedade, trabalhar os conflitos, eis o caminho para a plenitude, disse Divaldo, sugerindo que o ser humano volte a conversar, a sorrir. Ele está tão aborrecido, irritado que vive em aflição, sem necessidade. Cada problema no seu momento, sentenciou. Jesus afirmava que a cada dia basta a sua aflição. Quando se observa Jesus, o ser deslumbra-se com esse homem incomparável.
Como sói acontecer, o mensageiro do Cristo, em vibrante e impactante exposição discorreu sobre as obsessões, a existência e a influência dos seres perversos que povoam os ambientes que lhe são propícios, inclusive atraídos pelos pensamentos negativos e perniciosos de muitos. Desta forma, nem toda depressão é apenas depressão. Exemplificando o que comentara, Divaldo narrou vivências pessoais, demonstrando quadros obsessivos, a mediunidade com Jesus, esclarecendo sobre os mecanismos obsessivos como causa da depressão, inclusive.
Que fazer para libertar-se ou impedir a ação maléfica sobre cada um? Mudar a onda de pensamentos, do negativo, pernicioso, para o positivo, o belo, o harmonioso, fazer o bem, orar a Deus. Cada indivíduo pode, com variações, e no exercício do amor, curar, e praticar a autocura, afiançou o nobre expositor. O amor é a maior psicoterapia da humanidade. É o ensinamento de Jesus: que se amem uns aos outros como eu vos amo.
Encerrando a conferência, Divaldo arrematou sugerindo que se exerça o autoamor, que não se carregue lixo mental, mágoas, que não se permita que os maus façam-lhe o mal. Cada um deve fazer o bem possível, isto é espiritualidade, é o amor de Deus para com as criaturas da Terra. Não importa o nome que se possa dar a Deus, importa é o ser humano estar, viver neste sincronismo divino. Toda vez que surgir uma contrariedade, pense que há dois caminhos e faça a opção pelo caminho do bem, não dando importância ao mal, pois que, o mal, em verdade, não existe, é apenas a ausência do bem, frisou com sentida emoção, própria de um cristão que ama profundamente o seu próximo, o seu semelhante, a natureza em todos os seus aspectos.
Texto: Ênio Medeiros e Paulo Salerno
Abraços,
Jorge Moehlecke
(Informações e fotos recebidas em email de Jorge Moehlecke)
Eslovênia. Foto de Ênio Medeiros
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