quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Registro. Divaldo Pereira Franco. Encontro Fraterno Salvador, BA


13/10/2012

Texto: Paulo Salerno
Fotos:Jorge Moehlecke

No início do terceiro dia já era visível, nas atitudes de cada um, as mudanças para melhor. Havia mais cumprimentos espontâneos, naturais sorrisos, confiança. A estima, a fraternidade, a gentileza começavam a se exteriorizar com maior naturalidade, as conversas fluíam, a integração estava acontecendo naturalmente, estimuladas pelos conceitos enriquecedores apresentados pelo nobre tribuno espírita.
Que ninguém duvide da excelência do bem, disse Divaldo, iniciando as atividades do dia que começou com belíssimas músicas do repertório nacional e internacional. Narrou, com sentida emoção, o encontro de Jesus com seus discípulos, apresentando-lhes, com antecedência, o que se seguiria nas horas imediatas e que culminaria com o Seu holocausto. Com compaixão, produzida pela misericórdia e pelo amor, anunciou que outro consolador estaria entre os homens, relembrando suas mensagens e ensinando outras que não eram possíveis naquela oportunidade. Ao longo do tempo, próximo ou recuado àquela época, suas predições foram se concretizando.
A narrativa sobre a ação libertadora a favor do rabino Eliachim ben Sadoc, entidade infeliz que, desde o fim do século XV, tornou adversário de Jesus, foi simplesmente impressionante, tal como o atendimento a Martina, envolvida no processo de reajuste, onde, em ambos os casos o amor das respectivas mães, com o concurso dos Benfeitores, logrou contribuir para o esclarecimento, consolo e reajuste. Essas narrativas, em todas as suas cores e matizes estão no livro Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco.
Nesses processos, onde estão envolvidos personagens que se encontram em planos vibratórios diferentes, observa-se a excelência das atividades de divulgação doutrinária, dos passes, do atendimento fraterno que devem ser executados com qualidade nas instituições espíritas. O amor é de essência divina e não isenta o amado de suas responsabilidades, a vitória do bem é ilimitada e nunca a criatura encontra-se a sós, pois que o amor de Deus permeia tudo e todos, destacou o expositor.
A agressividade foi estudada segundo dois parâmetros: a destrutiva e a construtiva. Com base nos estudos do psicoterapeuta Piero Ferrucci, Divaldo abordou essa questão relativa aos aspectos destrutivos, tais como: autodestruição, sarcasmo e irritação; crueldade, ressentimento e frustração; mania de criticar, belicosidade e zombaria; sabotagem passiva, queixumes; malevolência e fanatismo; raiva, rancor, mau-humor e hostilidade; despeito e vingança.
Como exemplos de agressividade construtiva, o nobre conferencista citou o grandioso e belo trabalho executado pelos artistas, escultores, compositores. Como as belíssimas esculturas de Michelangelo que as retirava dos blocos brutos de mármore a golpes fortes de suas ferramentas, por exemplo.
Diversas obras da mentora espiritual Joanna de Ângelis formaram uma base sólida onde Divaldo se apoiou para falar sobre os procedimentos libertadores, tais como esse que se acha estampado no cap. 3 do livro Encontro com a paz e a saúde: O processo de desenvolvimento emocional, de amadurecimento psicológico, inegavelmente, apresenta-se no ser humano, quando este adquire hábitos saudáveis de conduta comportamental, resultado da superação das suas tendências primárias que cedem lugar às aspirações da beleza, da saúde, do bem-estar.
Já Manoel Philomeno de Miranda em sua novel obra, aqui já citada, afirma: Diluem-se as sombras da ignorância, embora persistam alguns desmandos do vandalismo de breve duração. A vitória do bem e do amor torna-se incontestável e, em triunfo instala-se o amanhecer de uma nova era.
O anfitrião do Encontro Fraterno, tal qual um pai amoroso, foi deitando nos corações esperançosos que o escutavam as lições imorredouras da vida. A presentou e analisou com acurada visão psicológica cada elemento que compõe o mito de Sísifo onde são trabalhadas as questões do ego e do self, da astúcia e da realidade, do subterfúgio e da verdade. O self deve sempre predominar, presidindo os atos que a criatura amadurecida psicologicamente executa. O ego, por sua vez, faz com que a criatura iluda-se pensando ter resolvido o problema, quando na verdade, só posterga, agravando e dificultando a solução.
Inúmeras perguntas muito bem elaboradas foram realizadas, ensejando a Divaldo prestar mais alguns esclarecimentos sobre os diversos assuntos abordados relativos à temática proposta do amanhecer de uma nova era. Concluída o período das respostas, passou Divaldo a conduzir os participantes em mais um exercício de visualização, com alto grau de aproveitamento.

Um fraterno abraço
Paulo Salerno
 (51) 3248-5084 / 9973-2224

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