Madri, 03 de dezembro de 2018
Texto: Ênio Medeiros
Revisão: Paulo Salerno
Retornando novamente à Espanha, onde desenvolverá atividades doutrinárias no período de 03 a 08 de dezembro de 2018 em Madri, Barcelona, Réus e em Ciudad Real, onde participará do XXV Congresso Espírita Nacional, programado para os dias 7, 8 e 9, o arauto do Evangelho, Divaldo Pereira Franco, foi recebido pelos amigos espíritas da bela cidade de Madri, e que tendo lotado o auditório, encontravam-se ávidos por conhecimentos e em busca da vasta experiência deste peregrino de Jesus, que uma vez tendo colocado suas mãos no arado do bem, nunca mais olhou para trás, percorrendo os mais diversos caminhos do mundo semeando estrelas de amor e paz.
Divaldo relembrou o período difícil que a Espanha experimentou durante o governo arbitrário do ditador Franco, onde era proibido expor qualquer opinião e professar de público a sua fé, sendo motivo de prisão. Contudo, graças à figura da Dra. Dolores Peres y Peres e a coragem de almas nobres que, esquecidas de si mesmas, não recuaram diante dos riscos, e atendendo ao apelo dos espíritos nobres, naquelas dias de grande censura, o grupo de espíritas à época, e de forma disfarçada, naqueles recuados dias, reuniram-se para ouvir Divaldo. Após a queima dos livros espíritas na praça de Barcelona pelas autoridades religiosas, e que ficou conhecido como o Auto de Fé, o Espiritismo quase que desapareceu da Espanha. Naqueles dias de intolerância, o seareiro de Jesus, Divaldo Franco, ali esteve para incentivar os companheiros de ideal, sob a inspiração dos benfeitores espirituais, a reiniciarem a vivência e a divulgação da amada Doutrina Espírita.
A seguir, o nobre orador, embasando cientificamente a conferência, fez referências a Carl Gustav Jung, retratando o consciente e o subconsciente, bem como apresentou as experiências de Jean-Martin Charcot. Referindo-se, também, à Victor Frankl, este asseverava que a vida, para ser bem vivida, necessita de um ideal, uma meta transpessoal, que sobreviva a transitoriedade da matéria.
Impressiona muito a forma jovial, alegre e contagiante com que Divaldo, com muita propriedade, envolve o auditório, descontraindo com narrativas que provocam o riso terapêutico, ao mesmo tempo que, com maestria, consegue mergulhar e se aprofundar nas intrincadas questões do cosmo, do ser e da dor, proporcionando ampla compreensão ao atento auditório.
Todos estamos com sede de amor, afirmou Divaldo, perdemos a confiança uns nos outros, porque perdemos o contato com Deus, permitindo-nos conduzir contrariados e contrários uns aos outros, armados, propensos a reagir.
Ao discorrer sobre o homem incomparável de Nazaré, Jesus Cristo, destacou que Ele saiu dos altares para conviver e conversar conosco. Eis aí o Espiritismo, afirmou, nos dizendo que Deus é amor, e também a causa primeira de todas as coisas, que o importante não é ser amado, e sim amar, que nossos mortos vivem e que há vida em toda parte.
Finalizando a brilhante e sensibilizadora conferência, Divaldo asseverou que é necessário estabelecer um norte de amor em nossas vidas, incondicional como o amor de mãe, que não se cansa nunca, não repreende e sempre compreende, acrescentando: Não vos permitais estar com a alma magoada, ressentida, perdoemos aos que, por ventura, nos agridem, pois que ninguém há que se arrependerá de ter perdoado. O verdadeiro sentido da vida é amar.
Pairavam no ar vibrações de ternura e paz, as pessoas, todas embevecidas pelo verbo simples, porém profundo do incansável trabalhador de Jesus, dali não se movimentavam, como se o mundo tivesse parado de se mover. Quem, afinal, consegue ficar insensível diante de alguém que, de fato, entrega sua vida a Jesus, ao trabalho de servir e amar? O semeador saiu a semear, e semeando...
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)
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