Tarde e noite de 3/2/2018.
Dando continuidade à conferência do Seminário Vida e Plenitude, Divaldo inicia a abordagem do tema narrando os episódios envolvendo o mestre grego-armênio George Ivanovich Gurdjieff (1866-1949) e a psicologia muito especial conhecida como o 4º Caminho com a filosofia do autoconhecimento profundo através da lembrança de Si. Esses ensinamentos foram transmitidos para o Ocidente pelo matemático e filósofo Piotr Demianovitch Ouspensky (1878-1947) que editou as obras “Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido - Em Busca do Milagroso” onde expõe as ideias de Gurdjieff.
Pela mesma época surge o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) pai da Psicologia Analítica através da qual propôs os conceitos: Consciente Coletivo e Pessoal, o Self, os Arquétipos, os Complexos, Sincronicidade e os tipos psicológicos (Tipo Pensamento; Tipo Sentimento; Tipo Sensação e Tipo Intuição e dirigindo as esses 4 tipos há a tendência predominante do movimento da libido: Extroversão ou Introversão.
Do ponto de vista psicológico o ser humano é constituído de cinco (5) características:
1. Personalidade: É a “máscara” que afivelamos à face projetando como desejamos ser conhecido e que tem como objetivo evitar que os outros penetrem em nossa intimidade. Divaldo cita o livro “Porque Tenho Medo de lhe Dizer Quem Sou?” de autoria de John Powell cuja abordagem é: Eu não direi quem sou, porque você não me receberia.
1. Personalidade: É a “máscara” que afivelamos à face projetando como desejamos ser conhecido e que tem como objetivo evitar que os outros penetrem em nossa intimidade. Divaldo cita o livro “Porque Tenho Medo de lhe Dizer Quem Sou?” de autoria de John Powell cuja abordagem é: Eu não direi quem sou, porque você não me receberia.
“Em permanente representação dos conteúdos mentais, e dominada pela imposição das leis e costumes de cada época e cultura, a personalidade representa a aparência para ser conhecida, não raro, em distonia com o eu profundo e real, gerador de conflitos”. Joanna de Ângelis, O Ser Consciente
2. Conhecimento: São as aquisições intelectivas e formada pelas lições de aprendizagem podendo ser Cognitivas (Erro e acerto) ou Intuitivas (insight).
3. Identificação: São as sintonias daquilo com o que temos afinidade e melhor nos identificamos. “A identificação assinala o estágio de evolução de cada pessoa, fadada à elevação, que, para conseguir, deve liberar-se daqueles valores, desidentificando-se de hábitos milenários, fixados, alguns, atavicamente, aos painéis do ser, gerando falsas necessidades, que se tornam fundamentais, portanto responsáveis pelo sofrimento nas suas várias facetas”. Joanna de Ângelis, O Ser Consciente.
4. Consciência: Jung definiu a consciência como sendo a relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal pelo ego. “A consciência adquirida — a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar — faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas, onde outras realidades são bases do ser pessoal”. Joanna de Ângelis, O Ser Consciente.
A Consciência, atuando com o Conhecimento, forma a base do discernimento.
A Consciência, atuando com o Conhecimento, forma a base do discernimento.
5. Individualidade: A característica que o Ego procura defender a todo custo. “Somatório de todas as experiências, a individualidade é o ser pleno e potente, que alcançou a auto-realização. Imperecível, a individualidade é o Espírito em si mesmo, que reúne as demais dimensões e sabe conscientemente o que fazer, quando fazê-lo e como realizá-lo, para ser a pessoa integral, ideal. Enquanto a filosofia informava que a pessoa não é o indivíduo, na visão da psicologia profunda, este, que superou os condicionamentos e comportamentos pessoais de consciência livre, é o ser total, pessoa transitória, individualidade eterna”. Joanna de Ângelis, O Ser Consciente.
Posteriormente Divaldo cita a comovente história de Ananda relatada - em toda sua emoção e detalhes – no livro de Dominique Lapierre (1931), “Muito Além do Amor”.
Ananda, jovem hindu Pária (classe social inferior), que aos 13 anos foi expulsa de casa por manifestar a Hanseníase. Abandonada foi sequestrada violentada sexualmente e colocada em um prostibulo até o momento em que as feridas da Lepra tornaram-se evidentes resultando na sua expulsão daquele antro.
Ananda, jovem hindu Pária (classe social inferior), que aos 13 anos foi expulsa de casa por manifestar a Hanseníase. Abandonada foi sequestrada violentada sexualmente e colocada em um prostibulo até o momento em que as feridas da Lepra tornaram-se evidentes resultando na sua expulsão daquele antro.
Uma vez mais abandonada e quase morta de fome foi acolhida por Madre Teresa de Calcutá que não só lhe salvou a vida física tratando-a da moléstia e alimentando-a como também, e principalmente, devolvendo-lhe a dignidade e a vontade de ser útil a seu próximo e inundada de felicidade adotou o Cristianismo passando a integrar a congregação religiosa das Missionárias da Caridade, ordem fundada por Madre Teresa.
Eclodia em todas as partes do Mundo o surto de AIDS fazendo-se acompanhar de terrível preconceito em virtude da ausência de tratamento e cura, o que relegava os aidéticos ao mais completo abandono.
Madre Teresa, fazendo-se acompanhar de outras 10 irmãs da Ordem – incluindo Ananda – que iniciaram, em Nova York, a assistência aos desvalidos, incluindo alguns prisioneiros homicidas e condenados à pena de morte
Um dos condenados afeiçoou-se por Ananda e ela esquivou-se. Um dia ele disse-lhe que era rejeitado por ser aidético. Ela lhe respondeu, tranquila, que não se tratava disso, mas porque era casada com Jesus, e afirmou:
— Perco a vida, mas não trairei Jesus.
O criminoso, tomado de um ódio covarde aplicou em Ananda , quando ela estava atendendo outro paciente, sangue retirado do próprio corpo que iria contaminá-la.
Ela sorriu para ele e afirmou sem medo, nem ódio ou raiva:
— Seja feita á vontade de Jesus - e seguiu naturalmente com as suas tarefas.
O condenado morreu poucas semanas depois. Ananda prosseguiu sua missão e nunca desenvolveu a doença.
— Perco a vida, mas não trairei Jesus.
O criminoso, tomado de um ódio covarde aplicou em Ananda , quando ela estava atendendo outro paciente, sangue retirado do próprio corpo que iria contaminá-la.
Ela sorriu para ele e afirmou sem medo, nem ódio ou raiva:
— Seja feita á vontade de Jesus - e seguiu naturalmente com as suas tarefas.
O condenado morreu poucas semanas depois. Ananda prosseguiu sua missão e nunca desenvolveu a doença.
A AIDS eclodiu na Humanidade na esteira da inversão de valores morais que vem ocorrendo desde os finais dos anos 1950 gerando como consequência a licenciosidade sexual, e o banimento de Deus e da religiosidade.
A humanidade empanturrada de tecnologia experimenta, porém, sofrimentos emocionais e morais a se refletir nas imensas multidões de depressivos.
Mas o comportamento pendular da sociedade humana desloca-se uma vez mais e tem início a volta dos cientistas e da ciência para Deus minimizando as crises passadas.
A humanidade empanturrada de tecnologia experimenta, porém, sofrimentos emocionais e morais a se refletir nas imensas multidões de depressivos.
Mas o comportamento pendular da sociedade humana desloca-se uma vez mais e tem início a volta dos cientistas e da ciência para Deus minimizando as crises passadas.
Fazendo contraponto ao ilusório império materialista-ateísta Divaldo cita o Químico americano e Presidente da Academia de Ciência de Nova York o Dr. Abraham Cressy Morrison (1864 – 1951) que publicou um artigo na imprensa americana intitulada “Sete Razões que um Cientista Acredita em Deus” (Seven Reasons a Scientist Believes in God).
Nesse artigo o Dr. Morrison – baseado na lógica das descobertas científicas – enumera as razões que comprovam cientificamente a existência de Deus.
Utilizando-se do conhecimento da velocidade de rotação da Terra, da distância da Terra em relação ao Sol, da espessura da camada da atmosfera que circunda a Terra, do ângulo de inclinação do eixo vertical da Terra, da existência da Lua etc, o Dr. Morrison conclui que tudo foi cuidadosamente pensado e construído para que a vida na Terra fosse possível e, dessa maneira, ALGUÉM se preocupou com isso e cuidou de todos os detalhes. Se não foi Deus – pergunta o cientista – quem teria sido?
Deus retorna a pauta das considerações científicas e o homem deixa de ser apenas um amontoado de átomos, moléculas e células fadado ao túmulo após uma breve existência para se transformar em herdeiro do Universo.
Mas para sentirmos a presença de Deus é necessária uma condição: amar.
Amar, como nos convidou Jesus - o tipo mais perfeito que Deus deu aos homens para lhes servir de Modelo e Guia – e anotada pelo evangelista Marcos no capítulo 12:29 e 30: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Mas para sentirmos a presença de Deus é necessária uma condição: amar.
Amar, como nos convidou Jesus - o tipo mais perfeito que Deus deu aos homens para lhes servir de Modelo e Guia – e anotada pelo evangelista Marcos no capítulo 12:29 e 30: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
A tecnologia e a ciência auxiliam, mas somente o amor edifica permanentemente.
Divaldo Franco, conclui sua palestra emocionando a todos os presentes com a narrativa da página de autoria de Felício Terra em torno da vida de Leland Stanford Senior, sua esposa Jane Stanford e do filho Leland Stanford Junior (1868-1884) cuja morte – por tifo - durante uma viagem pela Europa, despertou nos pais a motivação para as preocupações transcendentais da vida.
Divaldo Franco, conclui sua palestra emocionando a todos os presentes com a narrativa da página de autoria de Felício Terra em torno da vida de Leland Stanford Senior, sua esposa Jane Stanford e do filho Leland Stanford Junior (1868-1884) cuja morte – por tifo - durante uma viagem pela Europa, despertou nos pais a motivação para as preocupações transcendentais da vida.
Tocada pelos exemplos de amor do filho Leland pelas crianças desassistidas e excluídas de um orfanato que um dia visitara junto com a mãe, o casal Stanford passou a considerar a ideia de fazer das crianças da California as crianças da família Stanford.
Com essa motivação o casal fundou a Universidade Stanford (oficialmente o nome é Leland Stanford Junior University).
Com essa motivação o casal fundou a Universidade Stanford (oficialmente o nome é Leland Stanford Junior University).
Nessa emocionante história vemos retratado, uma vez mais, a aplicação das recomendações do Mestre Jesus o amor incondicional a Deus, ao próximo e a nós próprios e as do Evangelista João: “Amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. 1 João 4:7 e 8
Divaldo encerrou a conferência luarizando a todos com poema da gratidão. Gratidão a Deus por tudo que temos e somos.
Texto: Djair de Souza Ribeiro
Fotos: Sandra Patrocínio
Fotos: Sandra Patrocínio
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04/02/2018
A manhã de domingo desponta radiante. Os sentimentos dos participantes do Seminário Vida e Plenitude, contudo, é uma mescla de alegria e de antecipação das saudades dos momentos e da psicosfera experimentada nesses dias de muito esclarecimento, amor, paz, serenidade e harmonia.
Divaldo inicia o derradeiro módulo desenvolvendo o tema em torno dos ensinamentos de Jesus exarados em Mateus 16:25: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”. E para tanto narra fatos envolvendo a vida do médico psiquiatra austríaco Dr.Viktor Emil Frankl (1905-1997) fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Dr. Frankl assume a função de diretor do Departamento de Neurologia do Rothschild Hospital, erguido para atender pacientes judeus. Intimado pelos nazistas a emitir falsos diagnósticos que lhes permitissem aplicar a eutanásia nos pacientes considerados mentalmente incapazes, o Dr. Frankl desafia as ordens – mesmo colocando sua vida em risco – e se nega a cunprí-las, salvando incontáveis judeus da morte certa.
Em 1941 o Dr. Frankl casa-se com Tilly Grosser.
No ano de 1942, os nazistas forçam sua esposa Tilly a abortar aquele que lhes seria o primeiro filho e em seguida prende a ambos e aos pais, deportando-os para a cidade de Praga para viverem em um gueto onde viria a morrer seu pai devido a exaustão provocada pela escassez de alimento e de cuidados.
Quando inicia o ano de 1944, Dr. Frankl, sua esposa e a mãe são transportados para o temível e terrível campo de concentração em Auschwitz, na Polônia. Ao desembarcarem sua mãe é executada na câmara de gás enquanto sua esposa é enviada para o campo de Bergen-Belsen, onde vem a morrer com apenas 24 anos de idade.
Escolhido para ser enviado a outro campo de concentração, com condições mais amenas e portanto com maiores chances de sobrevivência, foi procurado por um prisioneiro que deveria permanecer em Auschwitz pedindo-lhe que trocasse de lugar com ele.
Tocado de compaixão por aquele estranho que desejava somente rever a família, aquiesceu e cedeu o seu lugar no trem permanecendo em Auschwitz certo de que seria executado nas próximas horas.
No dia seguinte o Dr. Frankl recebeu a informação de que o trem – ao contrário do que afirmavam os soldados nazistas – não se dirigia a um campo de concentração, mas sim para o extermínio. Ao sacrificar-se o Dr. Frankl havia preservado a sua vida.
Após longos anos de subalimentação e maus tratos o Dr. Frankl adoece, o que representava uma sentença de morte, pois os nazistas encaminhavam os incapazes para as câmaras de extermínio. Para evitar que isso ocorresse o Dr. Frankl se mantém consciente e em pé e ocupando a sua mente e escrevendo – com papéis roubados do escritório do administrador nazista - seu livro que pretendia publicar um dia para testemunhar os horrores do Holocausto.
No dia 27 de Abril o campo de concentração é libertado pelas tropas Aliadas. Em Agosto Viktor Frankl volta para Viena, onde vem a saber que mãe, um irmão que tentara fugir para a Itália haviam sido assassinados.
De retorno a Viena, o Dr. Viktor Frankl volta a clinicar e publica uma obra autobiográfica intitulada Em busca de Sentido: Um Psicólogo no Campo de Concentração. Alguns anos mais tarde publica o livro “O Homem em Busca de Sentido”.
“Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. Ser um ser humano, é trabalhar por algo além de si mesmo. A vida para ser digna tem que ter um objetivo”. Viktor Frankl
Discorrendo ainda sobre o sacrifício individual Divaldo narra os acontecimentos em torno do padre missionário franciscano polonês Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941), morto como mártir no campo de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome em substituição a Franciszek Gajowniczek como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Em função desse ato humanitário e sacrificial, o padre Kolbe foi canonizado – 10 de Outubro de 1982 - pelo Papa João Paulo II, estando presente o Sr. Franciszek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.
A atmosfera emocional e espiritual do ambiente atinge seu ponto culminante. Corações enternecidos pelas narrativas de exemplos vivos de que é possível – quando assim se deseja – atender ao apelo de Jesus, Mestre e Guia de todos nós: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros”.(João 13:34).
Hoje, nesses dias tão atormentados e atormentadores, devemos buscar Jesus, refletir sobre Suas palavras e vivenciá-los mantendo nossas mentes a Ele vinculadas pelos pensamentos de teor elevado.
Busquemos encontrar um sentido psicológico para nossas existências, praticando o bem.
Mesmo nesses dias difíceis deixemos brilhar a luz de Jesus a iluminar os nossos dias e todos os nossos momentos e optemos pela alegria de viver e, principalmente, de nos amarmo-nos a nós próprios.
Saiamos daqui com a certeza de que a vida é aquilo que dela fazemos.
As emoções repercutiam traduzindo o reconhecimento de todos pela mensagem de consolação e de esperança como luzes a balizar nossos passos nas sombras que buscam envolver a humanidade nos dias atuais.
Um pensamento repercutia no recôndito das almas, luarizadas pelas bênçãos que a todos envolviam:
— Não vos deixarei órfãos. Voltarei para vós.
Texto: Djair de Souza Ribeiro
Fotos: Sandra Patrocínio
Fotos: Sandra Patrocínio
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