Texto: Djair de Souza Ribeiro - Fotos: Sandra Patrocínio
Enquanto os súditos de Momo preparam-se para as festividades que lhe tipificam a Majestade, mais de 3.000 pessoas escolheram o Centro de Convenções de Goiânia para participarem do 34º Congresso Espírita do Estado de Goiás.
A Federação Espírita do Estado de Goiás – organizadora do evento - escolheu o tema A Gênese Filosofia, Ciência e Religião Em Busca de Deus, uma justa e merecida homenagem aos 150 anos de o livro A Gênese publicado por Allan Kardec em Paris no dia 06.01.1868.
Na edição de 2018 a FEEGO brindou os participantes do Congresso com a presença de renomados expositores espíritas como: Artur Valadares, Divaldo Franco, Haroldo Dutra Dias, Rossandro Klinjey, Sérgio Lopes, Simão Pedro e outros destaques da tribuna espírita.
Dada a significativa importância do Congresso para o Movimento Espírita, o evento está sendo transmitido pelos seguintes meios de comunicação: FebTV e a Radio Fraternidade.
Na tarde do dia 11 de fevereiro o Teatro Rio Vermelho e o auditório Lago Azul tiveram suas dependências inteiramente tomadas pelos expectantes participantes do Congresso para ouvirem o tribuno Divaldo Franco. Ressaltamos a participação do Sr. Governador do Estado de Goiás Sr. Marconi Ferreira Perillo e também da Secretária de Cultura do Estado de Goiás Sra. Raquel Figueiredo Teixeira.
Divaldo estava acompanhado pelo Dr. Juan Danilo Rodríguez – médico e psicólogo – natural do Equador, fundador da Fundação Luz Fraterna (Fundación Luz Fraterna) que assiste terapeuticamente adolescentes autistas e também fundador do Centro Espírita Francisco de Assis(Francisco de Asís) em Quito, Equador.
Dr. Juan Danilo - autor da obra “Terapia Holística ALLIYANA” (publicada pela Editora LEAL em 2017) – apresentou a sua mais recente obra “NOTAS DO CORAÇÃO” em cujas páginas iluminadas busca o autor, apresentar reflexões sobre a seguinte questão: O que fazemos quando estamos diante da felicidade, da ofensa, da amizade, da dúvida e da calúnia? Por que tenho que passar por isso? A resposta está em nosso próprio de Allan Kardec íntimo e para ouvi-la temos que prestar atenção ao nosso comportamento diante dessas ocorrências.
Desenvolvendo o tema “São chegados os Tempos” (capítulo 18 de o livro A Gênese), Divaldo Franco recorre ao seu vasto repositório de conhecimento histórico, social e político levando-nos a um périplo que tem início pela Israel dos Tempos Bíblicos, com o nascimento de Jesus que viria a dividir a história da Humanidade em dois períodos: antes e depois Dele.
Em um transporte de muita emoção Divaldo cita o Sermão Profético de Jesus anunciando os tempos em que grandes sofrimentos afligiriam a Humanidade vaticinado que o soberbo Templo de Jerusalém seria destruído “não permanecendo pedra sobre pedra” (E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada. Marcos 13:1,2)
A predição de Jesus realizou-se no ano 70 d.C. quando o general romano Tito Flávio Vespasiano Augusto (39-81), recebeu a ordem do Imperador Vespasiano de acabar com os judeus revoltosos durante o conflito conhecido como a 1ª guerra judaico-romana. Tito, após sitiar e destruir Jerusalém bem como o majestoso e imponente templo que foi demolido no incêndio.
Segue Divaldo a viagem passando pelas perseguições aos mártires cristãos até que em 313 d.C. após a vitória de Constantino sobre Magêncio, na Batalha da Ponte Milvia, o militar vitorioso aboliu a perseguição aos cristãos tornando o cristianismo a religião do Império romano. Os cristãos até a pouco perseguidos passaram a exercer o poder político sufocando a terna voz de Jesus mergulhando Seus ensinamentos na longa noite medieval.
Jesus segue nos amando e para nos auxiliar a relembra e reviver a Sua mensagem imortal envia Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como Francisco de Assis (1182-1226). A luz acesa por Francisco, o pobrezinho de Assis, é obnubilada uma vez mais pelas injunções políticas e da busca pelo poder temporal na figura terrível da “Santa Inquisição”.
Mas a Humanidade segue sua jornada sempre amparada pelo amor do Cristo e surge o Renascimento e logo mais a Revolução Francesa estopim para o Iluminismo e a separação da Ciência do jugo das religiões dogmáticas.
E no auge da cultura e da ciência envia Jesus o Consolador por Ele prometido e o Espiritismo veem à luz em 18 de abril de1857 com a publicação de O Livro dos Espíritos.
Em que pese o amor do Cristo desvelando ao Mundo a 3ª Revelação segue a Humanidade sua louca busca pelo poder sempre temporário e eclode a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) e logo mais a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) que após dizimar mais de 80.000.000 milhões de vidas termina de maneira cruel com as explosões das bombas atômicas em Hiroshima e depois Nagasaki.
Apesar da paz aparente espoca a Guerra da Coréia manifestação bélica da Guerra Fria entre EUA e URSS levando a uma corrida armamentista sem precedente em toda a História da Humanidade.
A par da violência irrompe a inversão dos valores éticos e morais e parte da Humanidade mergulha no sexualismo e a degradação da família buscando fugir do mundo cada vez mais materialista, individualista e consumista sem falar na banalização do consumo das drogas a verdadeira Besta do Apocalipse do Evangelho (666)
Sinais eloquentes de que os Tempos são Chegados e de que o momento vaticinado por Jesus havia chegado tendo seu ápice com o Tsunami devastador ocorrido na Indonésia em dezembro de 2004 ceifando em poucos minutos mais de 250.000 vidas.
O que temos feito de todos os conhecimentos libertadores que o Espiritismo nos fornece? Qual o sentido da vida? O que buscamos na existência?
Esse deve ser o foco das nossas atenções pois conforme exarado por Allan Kardec em A Gênese, já teve início o Mundo de Transição deixando o mundo de lágrimas e de grandes sofrimentos e ingressando no mundo de esperanças.
Esse Mundo de Transição, cujo início ocorreu ainda no Século XX com a chegada de uma verdadeira legião de Espíritos, moralmente superiores e determinados, oriundos de um dos mundos que orbitam a estrela de Alcyone um dos muitos sóis que formam as Plêiades.
Junto com essas crianças oriundas de mundos onde a dor já foi banida, também encarnam entre nós aportam as venerandas entidades que marcaram sua passagem no passado da Terra com sua abnegação e firmeza de caráter ético.
As luzes da esperança já luarizam nossos corações, enfatizando o convite para a nossa transformação íntima.
Ao invés de reclamarmos dos erros alheios, devemos centrar todos os esforços na identificação dos nossos “demônios” buscando corrigi-los aperfeiçoando-nos.
Esse é o convite que Allan Kardec – especificamente no capítulo 18 de A Gênese – vem nos fazendo desde 1868.
Até quando vamos ficar procrastinando as ações que nos levarão ao aperfeiçoamento intelecto e principalmente moral?
Os organizadores reservaram a noite desse dia 11 de fevereiro para homenagear Divaldo Franco pela dedicação de toda uma vida à divulgação doutrinária bem como à exemplificação da prática continuada da Caridade.
Para tanto uniram-se em um esforço monumental grupos de Teatro, de dança, vários corais, coreógrafos, roteiristas, músicos e beletrista para produzirem um Musical – simplesmente emocionante e belo – retratando a trajetória de Divaldo Franco desde à infância em Feira de Santana e percorrendo os principais fatos de sua profícua existência e que recebeu o nome de “Semeador de Estrelas – o Musical”.
O psicólogo paraibano e palestrante espírita Rossandro Klinjey ficou encarregado de apresentar ao enorme público presente as homenagens iniciais a Divaldo. Antecipando as emoções que adviriam a seguir Rossandro convidou a todos os mais de 3000 participantes locais e mais os 32.000 espectadores que acompanhavam pela internet no Brasil e pelo Mundo a cantarem em um coro Global a música de Roberto Carlos “Como é Grande o Meu Amor por você”.
Impossível de conter a forte emoção e as lágrimas que envolveram a todos.
Após essas emoções preliminares coral, atores e bailarinos deram início à performance do espetáculo interpretando várias fases da vida de Divaldo.
A cada uma dessas etapas revezavam-se artistas interpretando as iluminadas personagens dessa história.
Cada fase da vida de Divaldo era acompanhada por uma música composta especialmente por Maurício Keller para esse evento, assim, quando estava sendo encenada a infância de Divaldo era interpretada a música “Menino Surreal”. Depois quando a Mentora de Divaldo se identifica interpreta-se a melodia intitulada “Joanna de Ângelis”. Em seguida o começo da obra assistencial capitaneada por Divaldo e pelo queridíssimo Tio Nilson de tantas saudades foi acompanhada da canção “Mansão do Caminho”. Já quando tem início a tarefa de divulgação e de iluminação de Consciências a plateia emociona-se ouvindo a canção “O Semeador de Estrelas”. Para fechar o espetáculo as músicas “Deus e Eu” e “Vozes da Bondade” arrebatam em uma grande emoção a todos que tiveram a felicidade de assistir a esse lindo espetáculo-homenagem.
Não há como descrever a alegria, a harmonia e a paz que repletavam a psicosfera individual tanto como coletiva.
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)
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