15 de dezembro de 2017
(...) Se não fossem os braços que se juntaram aos nossos, nós não teríamos o que temos. Porque os meus sós não fariam nada. (Nilson de Souza Pereira)
A manhã do dia 15 foi dedicada à comemoração do X Encontro anual dos Funcionários da Mansão do Caminho, a obra social do Centro Espírita Caminho da Redenção - CECR. Esses colaboradores dedicados são o sustentáculo do CECR, atendendo carinhosamente os seus assistidos através de uma gama de serviços. Ednilson, o Nizinho, um dos filhos adotivos, coordenou o evento, conduzindo com eficiência e alegria estabelecendo a empatia entre todos os integrantes da “família” Mansão do Caminho.
Demétrio Ataíde Lisboa, Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção e da Mansão do Caminho, e Divaldo Pereira Franco, idealizador e fundador das duas instituições, destacaram a importância dos funcionários, colaboradores e voluntários na vida da Mansão do Caminho e das pessoas que são assistidas. Isso somente é possível pela presença laboral de seus funcionários, que dedicados realizam suas tarefas com desenvoltura, amor e dedicação. Divaldo falou de sua trajetória familiar e os ingentes esforços empregados em construir essa exemplar instituição de acolhimento fraternal, que no início foi construída pelas suas próprias mãos e as do Tio Nilson.
Foram destacados com diplomas de agradecimento todos os funcionários que completaram 30, 20, 15 e 10 anos de efetivo serviço prestado. Nizinho frisou que guardou e procurou cumprir um ensinamento recebido de Tio Nilson, aconselhando por sua vez, quando pertinente, a sua prática: “Quando fores fazer algo, faça-o bem feito.”
São os funcionários e colaboradores, as almas sustentadoras, que produzem o milagre da redenção do ser humano atendido na Mansão do Caminho ao aceitarem trabalhar na seara de amor estabelecida por Jesus. Trabalhar nessa instituição é mais do que um trabalho, é uma missão. As mãos que oferecem a caridade ficam impregnadas com o perfume do amor.
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Movimento Você e a Paz – Divaldo Franco
Salvador, Bahia, 15 de dezembro de 2017.
Não basta não ser violento, é necessário ser pacífico, tendo a caridade como móvel da vida. (Divaldo Franco)
O Farol da Barra, tradicional ponto turístico de Salvador/BA, foi palco para mais um evento de divulgação da paz. O Movimento Você e a Paz, em sua vigésima edição, acolheu as pessoas sedentas de paz no belo largo do Farol. O entardecer agradável, com cores suaves e generosa brisa, deu as boas-vindas a público expectante pelos discursos estimuladores da paz. Enquanto o momento de abertura era esperado os presentes dialogavam entre si. Silenciaram ante a voz maviosa de Vanda Otéro, protagonista do belo momento artístico. A Banda de Música da Policia Militar do Estado da Bahia, Banda Maestro João Antônio Vanderlei, se apresentou executando o Hino Nacional, cantado por todos, bem como fez outras excelentes apresentações musicais.
Após os agradecimentos à Rede de Televisão Bahia, João Araújo, o mestre de cerimônias, chamou ao palco a Monja Coen Roshi, Zen-Budista; Roberto Crema, Reitor da UNIPAZ; Demétrio Lisboa, Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção e da Mansão do Caminho; Jonas Pinheiro, representando as caravanas nacionais presentes; Sara Schlumpf, representando as caravanas internacionais; Padre Olavo Amarante; Marcel Mariano; Ruth Mesquita; e Divaldo Franco. Joanna de Ângelis, Espírito, afirma ser necessário visualizar a paz e agir na paz, construindo assim a paz interna que se expandirá para o exterior, construindo uma sociedade pacífica.
A Monja Coen Roshi, Zen-Budista, em um pequeno exercício de respiração pretendeu realizar a interligação entre todos e tudo, agindo sem críticas, acolhendo as criaturas, sendo a paz que deseja na Terra. Os seres humanos, disse, são átomos de paz no mundo que com gestos de acolhimento, recebem o amor como bênçãos.
Roberto Crema, Antropólogo, Psicólogo e Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade de Paris, Reitor da Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ, recebeu o Troféu Você e a Paz, na categoria Instituição que valoriza, antecipadamente, por compromissos inadiáveis que o impedem de participar da premiação habitual no dia 19 de dezembro, externando a sua gratidão à Divaldo Franco. Destacou que a paz pode e deve ser cultivada dentro de cada indivíduo, produzindo amor, humildade, bondade e serenidade.
Divaldo Franco, assomando a tribuna, realizou um passeio pela história da humanidade, no ocidente e no oriente. É uma história de beligerância, destruição, causadora de dores e sofrimentos, onde o poder foi utilizado para subjugar, oprimir, tolhendo a liberdade de muitos. Raros foram os momentos em que a paz reinou timidamente. De Ramisés II aos déspotas atuais, a violência foi a constante encontrada nas civilizações que foram se sobrepondo umas às outras no desfilar dos séculos.
Sob o governo de Caio Júlio César Otávio a humanidade desfrutou de um período de considerável paz. Eram os preparativos para que o homem recebesse o Mestre Nazareno, que na humildade, desprovido de poder temporal, pudesse vir ter com seus diletos irmãos, os seus cordeiros tresmalhados. A paz de Jesus perturbou os poderosos do momento, tanto quando nos dias atuais. Ele apresentou e vivenciou as dúlcidas mensagens do amor, tornando-se exemplo ímpar.
Como o progresso é inexorável, a divindade, atenta as necessidades evolutivas do homem sobre a face da Terra, conjugou esforços, e as ciências, as artes, as relações sociais, a filosofia, foram se aprimorando, produzindo um homem mais inteligente. Porém, o desenvolvimento ético-moral, ainda somente vislumbrado, não se efetivou nas mentes humanas em geral. Com os corações endurecidos, buscando o poder temporal, o homem deixou de considerar a paz, para viver na obscuridade da violência.
No Século XIX o homem logrou avançar no conhecimento. Grandes conquistas foram realizadas nos campos sociais, econômicos e intelectuais. A Doutrina Espírita, através do trabalho grandioso e árduo de Allan Kardec se apresentou à sociedade humana, permitindo ao homem maiores reflexões sobre a vida, a sua origem e destinação, a imortalidade e a vida espiritual, as relações entre o material e o espiritual, a caridade como medida exata para a paz, amando e servindo sem esperar qualquer retorno.
Aqueles que foram tocados pela mensagem imorredoura do Cristo, doam suas vidas em benefício de seus semelhantes, seja no sentido literal, ou figurado. Para tal, não faltam exemplos dessas doações e seus doadores. Por outro lado, as vidas vazias de sentido têm levado muitas criaturas ao suicídio, porque se esqueceram da arte milenar chamada amor.
A vida é um bem muito precioso, o homem é o que ele pensa e faz. Acolher e minimizar a necessidade dos que tem fome e medo, dos que são humilhados e suplicam compaixão, dos que foram jogados nos antros de dor e de degradação, é o dever moral do cristão consciente.
Que a paz seja o pábulo de amor, com vida exuberante. Não basta não ser violento, é necessário ser pacífico, tendo a caridade como móvel da vida. Há anos Divaldo Franco abraço a não violência, para falar que se pode mudar o mundo, mudando de comportamento. A paz é Deus em nossos corações. Só há sofrimento, porque há apego. Que cada um coloque a sua gota de água de paz para combater o devastador incêndio da violência em todos os matizes e modulações.
Essas foram as recomendações do Embaixador da Paz no Mundo, que, contagiando os presentes, finalizou o magnífico encontro entoando, com todos, a canção Paz pela Paz, de Nando Cordel. Encerrado o evento, os abraços e apertos de mão se sucederam em legitima troca de vibrações pacificadoras e, porque o Arauto do Evangelho tocou o imo das almas presentes, alguns derramaram lágrimas de emoção e de certeza que o amor é a solução para a paz duradoura.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Informação recebida em email de Jorge Moehlecke)
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