Buenos Aires, 08 de novembro de 2017
Encerrando sua passagem pela Argentina Divaldo Pereira Franco e amigos foram recebidos pelos irmãos da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, fundada no ano 1962 por Divaldo e alguns amigos. Na noite do dia 08 de novembro de 2017, os confrades desta Sociedade receberam o querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, apresentado por Divaldo que relembrou aqueles dias quando da fundação desta importante casa de Joanna de Ângelis, em Buenos Aires. Dr. Juan é médium, psicólogo, médico de família, fundador do primeiro centro espírita de Quito, no Equador, onde também fundou e mantém uma organização voltada a terapia e cura do autismo.
Juan Danilo, falando sobre a alma, desde a antiguidade, destacou a trajetória dos gregos, dos povos romanos, até chegar na figura de Jesus, asseverando que todos trazemos feridas na alma. Citando Allan Kardec com a concepção de que há vida após a morte orgânica, inaugurou a era do pensamento e da saúde da alma. Desta forma a Doutrina Espírita vem auxiliar, não apenas a ter fé, mas a compreender a fé, crendo, mas sabendo por que crê. Comparando os pensamentos de Lao-Tsé e Buda, destacou que somente Jesus falou do amor, esta força que nos ajuda a viver e a superar qualquer conflito.
Discorrendo sobre o amor, Dr. Juan narrou suas próprias experiências de sofrimento e dor, afinal, órfão, vivenciou muitos desafios, quase sempre na ausência de carinho, de amor, de um abraço amigo. Quem de nós não quer ser amado, questionou o querido palestrante. Citando a pergunta 487 de O Livro dos Espíritos fez referência ao limitador do amor, o egoísmo, que nos leva a pensamentos equivocados pela nossa pouca evolução.
As feridas da alma surgem em variadas etapas de nossas vidas, afirmou, carregamos estas feridas, projetando-as muitas vezes naqueles que convivem conosco ou que cruzam o nosso caminho. Todos temos feridas emocionais que nos limitam os passos. Dando destaque aos ensinamentos da benfeitora Joanna de Ângelis, asseverou que quando somos maduros psicologicamente, amamos e procuramos dar de nós mesmos, porém, quando ainda somos crianças psicológicas, desejamos essencialmente sermos amados, tal como crianças feridas.
Através de narrativas de algumas de suas vivências, Juan Danilo trouxe através do seu verbo a simplicidade, a humildade, os valores verdadeiros que hoje escasseiam na medida que aumenta o vazio existencial. Falou dos caminhos que adotou para curar as feridas de sua alma, para poder, só então, falar aos irmãos do caminho, olhando-os na face com a tranquilidade daquele que busca expor sobre o seu próprio modo de viver.
O querido orador chamou a atenção sobre como as coisas simples da vida podem nos fazer muito bem, agindo com naturalidade, com simplicidade, sem preocupações excessivas. Nossa compreensão moral, nossa ética é o que nos define. Jesus definiu a ética convidando-nos a amar Deus e ao próximo como a nós mesmos. Os problemas que surgem em nossas vidas, em verdade, são crises curativas que nos ajudam a avançar e a nos fortalecer.
Juan Danilo é alguém que fala com o coração aos corações. Suas emoções e reflexões profundas a todos sensibilizaram, criando uma psicosfera de profunda harmonia e paz. Ao encerrar sua conferência todos estavam emocionados. Pairavam no ar júbilos de alegria.
O querido amigo Divaldo Franco, retomando a palavra, encerrou as atividades da noite convidando a todos para reflexões mais aprofundadas sobre a temática abordada. O Semeador de Estrelas, juntamente com o Dr. Juan, atendeu a todos que os buscaram para autógrafos e saudações fraternais.
Desta forma, encerrado o encontro, assomou-nos à mente a humilde gruta de Calcário, que na sua simplicidade recebeu o maior de todos os seres que já pisou no planeta, Jesus. A casa de Joanna de Ângelis, na capital argentina Buenos Aires, apesar de pequena faz lembrar uma família que se reúne para orar. Os verdadeiros valores do homem de bem, a amizade e a fraternidade de irmãos, ali encontramos logo que adentramos nesta verdadeira oficina de amor.
Assim se encerrou o breve roteiro do Semeador do Cristo, Divaldo Franco, em solo argentino, que prossegue, no limite de suas forças, a semear, atendendo ao chamado do Cristo de Deus.
Texto: Ênio Medeiros
Fotos: Mayra Cortés
(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)
Nenhum comentário:
Postar um comentário