Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2017
Praia do Forte, Bahia, 29 de outubro (Encerramento)
O domingo ensolarado foi palco harmônico para o encerramento da vigésima edição do Encontro Fraterno com Divaldo Franco. Iniciado em 26 de outubro, e após percorrer os caminhos do saber, das reflexões e das abençoadas vibrações do amor, a culminância do magno evento, de caráter internacional, contou com a brilhante apresentação de Vanda Otero, cantora lírica, de poderosa voz.
Além dos inscritos oriundos de 21 Estados e do Distrito Federal, os seguintes países estavam representados: Áustria, Colômbia, Estados Unidos da América, Reino Unido, Peru e Uruguai, totalizando a presença de 661 inscritos. As participações virtuais contabilizaram 51. 187 acessos em 38 países.
Divaldo Franco, ímpar trabalhador do Cristo, após discorrer sobre o reino dos céus e a parábola do semeador, destacou a excelência do trabalho de Chico Xavier, a sua mediunidade com as facetas da dor e do sacrifício, bem como a solidão que experimentou. Contudo, contava com os que chamava de “irmãos do arco-íris”, isto é, os Espíritos Benfeitores, entidades luminosas, que o auxiliavam, sustendo-o em suas lutas. E, quando o brasileiro estava vivendo um momento de felicidade coletiva, em junho de 2002, Chico Xavier desencarnou na serenidade orando o Pai Nosso.
Tomando emprestado de Chico Xavier o conceito de “irmãos do arco-íris”, Divaldo Franco, médium e orador de excepcionais qualidades, registrou que Espíritos nobres, familiares, amigos, sempre estiveram com ele, trazendo-lhe o alento, o incentivo, a coragem, o esclarecimento, as suas bênçãos, sustentando-o em todos os momentos, principalmente nas horas angustiosas da vida, quando o testemunho lhe pedia atitudes nobres, destemidas.
Esses Espíritos, explicou, uns reencarnaram antes dele, preparando-lhe o caminho para que, quando aqui fosse contado como reencarnado, eles pudessem, do mundo dos Espíritos, continuarem assessorando-o, conduzindo-o pelo labirinto da vida, velando pelo sucesso do trabalho em nome do Cristo. Um deles, Manuel Vianna de Carvalho, que semeou a Doutrina Espírita por toda a extensão territorial do Brasil, sempre esteve junto a Divaldo. Outros estão agora reencarnados, próximos a Divaldo, colaborando, tornando-se sustentáculos nas horas difíceis da vida.
Diante das alegrias que sentia naquele momento das despedidas aos participantes do Encontro, Divaldo Franco, portador do espírito crístico, e perante os Espíritos benfeitores ali presentes, agradeceu a participação de todos. Envolvido por fortes vibrações e sentimentos amorosos, rogou que o envolvam em orações para que possa chegar no portal espiritual com alguma lucidez e condições espirituais mínimas, desejando que a paz do Senhor permaneça com todos, em todas as horas.
Trabalhando o “Decálogo do Herói”, elaborado pelo casal de psicoterapeutas Cláudio e Íris Sinoti, exposto a seguir, Divaldo Franco ressaltou os estudos da Dra. Elisabeth Lukas (1942-), psicóloga clínica e psicoterapeuta, nascida em Viena, Áustria, pesquisadora da logoterapia, trabalhando com a dimensão espiritual do homem, com o fim de aliviar e superar as perturbações da alma. A própriaElisabeth, cética, materialista, teve comprovação dos efeitos salutares da oração e do auxílio vindo do mundo espiritual.
Decálogo do Herói
1. Reserve algum tempo para si mesmo;
2. Esteja disposto a descobrir verdades sobre você;
3. Aceite o fato de que o mundo em que você vive é o reflexo de sua alma. Se está ruim, mude!
4. Reconheça seus medos, mas não se detenha neles;
5. Aprenda com sua sombra; enfrente seus dragões;
6. Seja sempre um aprendiz;
7. Direcione sua vida para um propósito superior;
8. Lute por uma causa justa e não abra mão dos seus princípios e valores;
9. Diga sim a si mesmo. Não desista de você!
10. Aceite o chamado e viva a sua vida plenamente!
Juntamente com Juan Danilo Rodriguez, espírita e médico equatoriano, Íris e Cláudio Sinoti, psicoterapeutas, Divaldo conduziu mais uma rodada de análise das respostas para a pergunta inicial desse grandioso evento: O que te falta para tornar-se um herói? Suas abordagens conduziram para a compreensão de que todos são possuidores de todas as ferramentas e condições necessárias para alcançar o sucesso, o que falta é o emprego da vontade, de não valorizar o belo, e colocando-se no lugar dos que padecem sofrimentos e condições espirituais, físicas e materiais precárias.
Trabalhar na caridade é o melhor antídoto para as aflições e dores, isto é, fazendo todo o bem possível, no limite máximo de suas forças, dignificando a atual encarnação.
Conjecturando sobre as emoções e os sentimentos, Divaldo Franco narrou o encontro de Jesus com a mulher vendedora de ilusões, ocorrido nas escadarias do Templo, em Jerusalém, quando o Mestre recusou, peremptoriamente, o seu convite para estar com ela no dia do seu aniversário. Decorridos dois anos, ei-la em uma furna, coberta de chagas leprosas, purulentas. Jesus vai ter com ela, acolhe-a, diz-lhe que agora está ali aceitando o seu convite, acaricia sua cabeleira úmida de pus, dizendo-lhe: Eu te amo! Descubro em teus olhos uma estranha chama. Não me censures. Eu assim procedo porque te amo. Já que teu corpo não te serve para nada, dá-me tua alma! E aquela ovelha que o Pai me confiou não se perderá! Vem comigo e eu te darei a paz.
Saindo da furna, em direção do povo Ele fala para todos: Vinde a Mim todos vós que estais cansados e aflitos, tomai sobre vós meu jugo, recebei o meu fardo e aprendei Comigo que sou manso e humilde de coração! Meu fardo é leve, Meu jugo é suave! Vinde a Mim!
Em 18 de abril de 1857, eis que Jesus volta. A peregrina luz, agora na condição de consolador, aquele que havia prometido quando entre os encarnados esteve ensinando o amor. É a Doutrina Espírita, fulgurante farol a balizar a rota segura para a plenitude, para a vivência do amor, para Deus. É Ele no seio da humanidade!
Finalizando, o ínclito orador, irmão de mãos perfumadas pela caridade, incentivou a que cada um levasse na mente a imagem daqueles dois olhos a fitar, convidando, sem temer o mal e dragões da alma, a seguí-lo, exercitando suas imorredouras lições de amor, de perdão, de caridade, lutando e cantando aos ouvidos moucos, nos desertos da desesperança humana, a amar aos que se encontram próximos e aos que são refratários e ainda malévolos.
Embalados, todos, nas aragens do amor e tocados na intimidade da alma, exteriorizavam júbilo pelo encontro que finalizava, acolhendo os ensinamentos, as orientações para bem se conduzirem nesta e noutras existências da vida. Na certeza de que todos se sentiam agradecidos, aqui traduzo essa gratidão, mesmo que silenciosa no imo de muitos: Obrigado querido irmão! Tens-nos convidado insistentemente ao despertar. Teu esforço, tua luta, tua dedicação, teu amor são hinos de louvor ao Nazareno que vem ter conosco, os leprosos da alma. Muito obrigado!
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)
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