28 de junho de 2017
Divaldo Franco esteve mais uma vez em Foz do Iguaçu. Suas visitas à essa aprazível cidade completaram 49 anos. Dedicado servidor do Cristo, Divaldo supera inúmeras dificuldades para dedicar-se inteiramente ao seu próximo, que o busca com avidez, sedento de luz e de esperança. Aos noventa anos de idade, o Semeador de Estrelas, com seu verbo iluminado, consola e acalenta as almas e os corações sequiosos de amor.
Recebido pelas lideranças espíritas paranaenses, representadas pelo 2º Vice-Presidente da Federação Espírita do Paraná – FEP -, Luiz Henrique da Silva; Laudelino Risso, da 10ª União Regional Espírita/FEP; Vânia Maria de Souza, Conselheira/FEP; e por Ricardo Antonio Xavier Segundo, da 13ª URE, que neste evento encerrou a sua XII Semana Espírita cujo título foi 160 anos de O Livro dos Espíritos: Luz para a Humanidade, Divaldo Franco proferiu empolgante conferência sobre o Cristo Consolador, para um público estimado em 2.500 pessoas, lotando as dependências do auditório do Hotel Recanto Cataratas. Estavam presentes caravanas de diversos Estados, do Paraguai e do Uruguai. Milciades Lezcano, do Paraguai, proferiu a prece inicial.
Esparzindo luzes, Divaldo discorreu sobre diversos acontecimentos que envolveram o Império Romano e Israel, preparando o advento do Cristo entre os homens. Eram dias difíceis, como os de agora. Os interesses de cunho pessoal superavam o coletivo. A História Romana que precedeu a chegada do Messias foi ricamente apresentada, pintando com fidelidade um belo quadro daquela fase histórica. Após mais de 600 anos de guerras, os romanos experimentavam a paz e a justiça. A chegada de Jesus estava sendo preparada.
Incomparável, Jesus palmilhou as terras da Galileia, de Nazaré e outras, ensinando o amor, acolhendo os aflitos, estimulando a mudança de atitudes para com o próximo. Nas palavras do escritor e psicólogo Ernest Renan (1823-1892), foi um homem incomparável, tão extraordinário que dividiu a história da humanidade. A nobre psicanalista alemã Dra. Hanna Wolff classificou Jesus como sendo o maior psicoterapeuta da humanidade. Aquele que dá, enriquece-se, o que recebe somente armazena.
Na atualidade, como no passado, disse o ínclito orador, a humanidade se encontra deprimida. Há, nela, dois tipos de criaturas: a que é ponte e a que é parede. Os que são pontes, aproximam-se uns dos outros, favorecendo-se, permutando, auxiliando, amando. Os do tipo parede são os que somente recebem, permanecendo estagnados, fenecendo. Com esses dois exemplos Divaldo perguntou: - De que lado você está? Ponte ou Parede?
O homem dúlcido que viveu entre os miseráveis optou pelos que sofrem. A dor, disse Divaldo, é a necessidade do progresso antroposociopsicológico do homem. Jesus postulava que a vida deve ter um sentido psicológico. Assim, tanto Viktor Frankl (1905-1997), como Carl Gustav Jung (1875-1961), concluiram que todo o indivíduo deve ter um sentido para viver, um sentido psicológico. Pensadores da antiguidade nunca se referiram ao amor como o fez Jesus.
O maior hino de amor que a humanidade conhece está contido nas Bem-Aventuranças, que tão bem foram completadas, enriquecendo a alma humana, com o hino de louvor à todas as criaturas de Deus, inclusive louvando a irmã morte, destacando o amor incondicional. O homem, sem compreender realmente a Lei Divina, foi estabelecendo condutas para ajustar os seus próprios desvios na expectativa de se furtarem à ação da Lei Natural. Avançando em conhecimento, o homem foi distanciando-se de Deus, no passado e no presente. Sempre que isso ocorre, o sofrimento visita as criaturas criando oportunidades para voltarem a se enquadrarem na lei de amor.
Como o homem nunca ficou ao desamparo, ao experimentar o materialismo, surgiu no decorrer a Doutrina Espírita. Em 18 de abril de 1857 o homem conheceu a Era Nova, a síntese do pensamento filosófico da humanidade. Vinha à lume O Livro dos Espíritos, com um conteúdo indispensável para que o homem possa entrar no reino dos céus. Esse gigante alcança a casa de mais de cem milhões de exemplares vendidos, em português. Ante a evidência dos fatos, muitos materialistas se tornaram espíritas.
Homens de ciência, e a própria ciência em determinados pontos, têm posto de lado conceitos puramente materialistas para adentrarem-se nos postulados espíritas, ou seja, na transcendência do homem. A reencarnação tem sido a grande resposta às indagações antes insolúveis, tornando-se fato inconteste.
Cada indivíduo possui a família de que necessita para a sua evolução. A proposta da Doutrina Espírita é trazer o cristianismo em sua maior pureza e clareza, divulgando o amor, com a presença psicoterapêutica de Jesus que cura e enriquece o indivíduo que ama. Jesus é o modelo e o guia para o homem e para a mulher que estão em crise, transitando para um mundo melhor, possibilitando-os a sorrir, a amar, a ter esperança, permitindo-lhes alcançar a plenitude, que será atingida com ações em favor do próximo, principalmente aos excluídos, aos invisíveis da sociedade, os desvalidos de recursos materiais e morais.
Após recitar o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi aplaudido de pé. Foi um gesto de gratidão, de carinho, de amor ao irmão dedicado que tem se doado, inconteste, ao próximo, independente de crença, de posição social, cultural, ou outra adjetivação qualquer. É o semeador do verbo, do amor, da esperança, do exemplo, tendo sempre por divisa o Mestre Nazareno.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)
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