25 de abril de 2017
No Teatro Santiago Londoño, na cidade de Pereira, Colômbia, depois de uma homenagem emocionante pelos 70 anos de oratória e pelos 90 de vida, prestada pelos integrantes da Música para a Reconciliação, o insigne palestrante da Doutrina Espírita, Divaldo Franco, realizou uma conferência, em 25 de abril de 2017, com o tema: O Destino da Alma após a Morte.
Iniciou a atividade conduzindo o público em uma viagem através da história de diferentes credos e filosofias em torno do tema da morte, até o momento da chegada de Jesus Cristo, este pensador extraordinário, filósofo, considerado o mais perfeito ser que a humanidade jamais teve a oportunidade de conhecer. Ele disse que a vida tinha um sentido mais amplo, que o berço não era o início da vida, e a sepultura, tampouco, seria o fim da vida, eram portas, uma de entrada e outra de saída da vida.
Jesus também disse que o universo era infinito, como uma casa extraordinariamente grande, onde havia muitas moradas, humildes e grandiosas como temos na Terra. Jesus ensinou que após a morte o ser retorna para a casa de onde se originou para poder desfrutar de felicidade quando procede bem, ou o sofrimento se agiu mal. Seu ensinamento foi baseado no conceito do amor. Era necessário que a criatura humana desenvolvesse o sentimento de amor, que está em todos nós, superando os outros sentimentos de raiva, ódio, ressentimento, ciúme, ganância, inveja, para poder voltar ao que Ele chamou de “O Reino de Deus, ou o Reino dos Céus”.
Ele ensinou que a vida tem um significado maior, o significado do amor.
Todos desejam a felicidade, anseiam viver em paz, em harmonia, com prazer, porém, a felicidade tem um preço, nós somos responsáveis pelo nosso destino, tudo o que fazemos tem um efeito na construção de nossa felicidade.
Deus estabeleceu leis de harmonia, sempre que se respeita essas leis nós evoluímos, adquirindo valores éticos, sociais, para construir a verdadeira felicidade; os que desobedecem às leis, como acontece na Terra, devem ser punidos, devendo repetir a experiência tantas vezes quanto necessário para tornar-se moralmente recuperado dentro do conhecimento da consciência divina. Ele comprovou a imortalidade da alma ao retornar, ao terceiro dia, para conviver com seus amigos.
As diferentes investigações realizadas pela ciência, especialmente a biologia, a genética, a embriologia, as doutrinas psíquicas e as psiquiátricas chegaram a uma conclusão particular, a criatura humana é, acima de tudo, um Espírito, uma essência que se reveste de matéria para executar uma tarefa. Se malbarata essa tarefa, ou se permite destruir o corpo através do suicídio, da eutanásia, naturalmente retorna à terra com o corpo debilitado, amputado, com a mente desequilibrada para resgatar o crime que tenha sido praticado contra as leis divinas.
Em 18 de abril de 1857 foi apresentado ao mundo O Livro dos Espíritos, explicando que a vida não se deteriora após a morte, que a criatura humana pode continuar vivendo, que a vida física é uma cópia da vida espiritual, aliás, é o Mundo das causas e este é o mundo dos efeitos. Divaldo explicou que não existe inferno, nem céu, há estados de consciência de paz, de consciência de culpa, de consciência que precisa sofrer para melhorar-se, e outras que já são boas e vivem a felicidade prometida por Jesus Cristo.
Esta doutrina foi apresentada à humanidade através de mediunidade, que é uma faculdade orgânica que todos nós possuímos e permite a comunicação entre os Espíritos e nós, os reencarnados. No sonho podemos nos desdobrar, podendo encontrar aqueles que já morreram, que nos trazem informações. Outras vezes somos levados a regiões felizes ou infelizes, como é bem demonstrado em uma das obras mais notáveis do mundo: a Divina Comédia, de Dante Alighieri. É uma obra perfeitamente espírita porque ele foi levado por um filósofo a esse mundo de sofrimento, um mundo de dor, depois foi levado a um outro mundo onde havia o sofrimento, mas também tinha paz, e a outro, um mundo superior, denominado de céu, onde as pessoas eram felizes. Esta obra é marco histórico na evolução da sociedade.
Não há morte, há somente vida!
Existe vida após a vida como afirmou o Dr. Eben Alexander em seu livro “Uma Prova do Céu”. O que espera a alma após a morte, o seu destino é a felicidade ou infelicidade. Se tens levado uma vida normal como recomenda o Evangelho de Jesus, se fizeres o bem com uma ação meritória, humanitária, se conduzes a vida com compaixão, com caridade, vais experimentar o reino de plenitude, o reino dos céus, o reino de alegria, de infinita tranquilidade que Deus envia aos que lhe respeitem. Se não viveu corretamente, se teve uma vida de culpa, voltará à terra para resgatar, reencarnando, e por um tempo no mundo espiritual participamos do sofrimento, que seria semelhante ao purgatório, O Umbral. Seriam regiões umbralinas, pântanos, povos das cavernas, lugares terríveis, lugar de inimigos desencarnados, pois que, aqueles que são maus continuam maus no mundo espiritual, nos perturbam, guardam rancor de nós, que nos obsidiam, e fazem de tudo para nossa infelicidade.
Concluiu dizendo que o Espiritismo veio hoje para pregar os ensinamentos do Mestre Jesus, para dizer que vale a pena viver, mas vale mais a pena amar, dar a vida a serviço do bem, nossa vida tem sentido, que façamos todo o bem possível, porque com Ele nós encontraremos a plenitude, e aqueles que supomos mortos, vivem conosco e aguardam o momento de nosso retorno.
Fotos e texto: Diana Burgos S
Tradução: Paulo Salerno
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)
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