Londres, 08 de maio de 2016
Divaldo Franco, médium e orador espírita, esteve na noite de domingo, 08 de maio, na cidade de Londres, Inglaterra, onde realizou uma conferência com o tema “Mediunidade, Obsessão Espiritual e a Moderna Psiquiatria”.
O evento, organizado pela British Union of Spiritist Societies, ocorreu no Perrin Theatre e recebeu um público de 480 pessoas.
A abordagem do tema iniciou-se com uma profunda análise da criatura humana. A problemática do indivíduo seria ele próprio, isto é, os seus conflitos e a sua ignorância a respeito da verdade. Cada qual seria hoje a somatória de todas as experiências vividas nesta e em todas as reencarnações anteriores. E cada coisa teria o valor exato que nós lhe atribuíssemos. Dentro desses conceitos filosóficos estaria implícita a questão da felicidade.
Divaldo discorreu sobre o desenvolvimento antropossociopsicológico do ser, conforme a doutrina de John B. Watson, psicólogo americano, que afirmou que as primeiras emoções que surgiram nos indivíduos foram: o medo, a ira e, por último, o amor. Sendo o amor relativamente recente em nossas experiências humanas, seria natural concluir que ainda estejamos iniciando o aprendizado e a educação dessa emoção.
Dando sequência à análise, falou sobre a classificação dos indivíduos em dois biótipos distintos, criada por Pedro D. Ouspensky: os seres fisiológicos, aqueles que vivem em função da satisfação dos instintos básicos (comer, dormir, fazer sexo); e os seres psicológicos, que, além de exercerem as referidas funções instintivas básicas, também possuem aspirações ético-morais.
Conforme esclarecido, a busca da felicidade e da plenitude é inerente ao ser humano. E, para o melhor entendimento dos mecanismos de conquista daqueles estados, a Filosofia sempre procurou responder às seguintes indagações: quem sou? de onde venho? para onde vou? por que sofro?
O autoconhecimento seria, portanto, indispensável para se alcançar tal desiderato. Não por outra razão, Sócrates e Platão teriam ensinado sobre a necessidade da viagem interior. Confirmando essa proposta, Jesus falaria sobre o “reino dos céus” dentro do ser humano. E, mais tarde, no século XIX, o Espiritismo recorreria ao “conhece-te a ti mesmo”, do pensamento socrático, para orientar sobre o meio eficaz mais prático para se progredir nesta vida e não se deixar ser arrastado pelas más tendências morais.
Divaldo asseverou que muito embora os indivíduos estejam cientes dessa urgente necessidade do trabalho autoiluminativo, a maioria opta pelo mero atendimento dos instintos básicos, na busca do prazer imediato. As consequências inevitáveis do comportamento dessa natureza seriam a frustração, o vazio existencial e, consequentemente, o sofrimento.
Demonstrando a grandiosidade da misericórdia divina e do amor de Deus por toda a Humanidade, foi lembrado que, conforme consta de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o sacrifício mais agradável a Deus não diz respeito ao sofrimento, mas sim ao amor. Seria o sacrifício do orgulho, da mágoa, do ódio, para que o amor seja experienciado em suas manifestações diversas: humildade, perdão, ternura etc.
O ser humano seria, então, fadado à perfeição e traria em si o roteiro seguro para a jornada iluminativa: as leis divinas escritas na própria consciência. Qualquer desrespeito a essas normas internas de equilíbrio gerariam a desarmonia íntima, ensejando-se, com isso, a instalação e desenvolvimento de transtornos de natureza psicológica e/ou psiquiátrica.
O pensamento do poeta inglês Thomas Hardy, a afirmar que a criatura humana perdera o endereço de Deus, foi desenvolvido pela conclusão do orador: o ser humano perdeu o endereço de si mesmo e, por isso, não realiza o processo de identificação com a lei interna e de sua observância. Os comportamentos exibicionista, individualista, consumista, sexólatra seriam a prova disso e gerariam o vazio existencial. Do vazio existencial, surgiria a depressão e desta, o transtorno esquizofrênico.
Segundo Divaldo, a esquizofrenia, que recebera antes os nomes de desagregação da personalidade e demência precoce, teria certos sintomas característicos, como a alteração do pensamento, da percepção sensorial, do comportamento e do afeto. Por muito tempo, ela foi considerada uma punição de Deus ou uma manifestação demoníaca.
Em seguida, descreveu o trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, considerado por muitos o Pai da Psiquiatria, que libertou os seus pacientes esquizofrênicos do terrível pavilhão Bicêtre, do Hospital da Salpêtrière, para dar-lhes um tratamento mais humano e restituir-lhes a dignidade, criando, assim, o que passou a ser conhecido como “terapia moral”.
Falou, ainda, que, por determinado tempo, a esquizofrenia foi considerada incurável. Com o avanço da Psiquiatria, da Psicologia e das Neurociências, fora descoberto que tal transtorno poderia ser completamente curado e que as causas poderiam ser endógenas (hereditariedade, alterações fisiológicas etc) e exógenas (eventos de vida, traumas de infância etc).
Ainda a respeito das causas, Divaldo acrescentou àquelas conhecidas pela Ciência Acadêmica, os conflitos e culpas de reencarnações anteriores e as obsessões espirituais, que corresponderiam aos efeitos das ações negativas pretéritas. Essas influências negativas e persistentes de Espíritos inferiores sobre um indivíduo poderiam levá-lo a estados de transtornos psicológicos e psiquiátricos, como a esquizofrenia, afetando-lhe não apenas o equilíbrio psíquico, como também a sua estrutura física.
O Espiritismo, então, em sua face científica, apresentar-nos-ia os fundamentos da existência de Deus, da imortalidade da alma, da comunicabilidade dos Espíritos e da reencarnação, oferecendo-nos, ainda, as consequências filosóficas e morais dessas realidades. Tais conhecimentos levariam à compreensão das causas profundas das patologias psicológicas e psiquiátricas. E a solução para todas as dores humanas estaria exarada na mensagem terapêutica de Jesus, quando recomendou-nos que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou, perdoando e autoperdoando-nos, de modo a transformarmos a nossa vida em um verdadeiro poema de amor.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Simon Pires e Alan Page
Fotos: Simon Pires e Alan Page
(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)
Espanhol
DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016.
Londres, 08 de mayo de 2016.
Divaldo Franco, médium y orador espírita, estuvo en la noche del domingo 08 de mayo en la ciudad de Londres, Inglaterra, donde pronunció una conferencia sobre el tema Mediumnidad, Obsesión Espiritual y la Psiquiatría Moderna.
El acto, organizado por la British Union of Spiritist Societies, tuvo lugar en el Perrin Theatre y convocó a un público compuesto por 480 personas.
El enfoque del tema comenzó con un profundo análisis de la criatura humana. El problema del individuo sería él mismo, es decir, sus conflictos y su ignorancia con respecto a la verdad. Cada uno sería hoy la suma de todas las experiencias vividas, tanto en esta como en todas las reencarnaciones anteriores, y cada cosa tendría el valor exacto que nosotros le atribuyamos. Entre esos conceptos filosóficos estaría implícita la cuestión de la felicidad.
Divaldo aludió al desenvolvimiento antroposociopsicológico del ser, de conformidad con la doctrina de John B. Watson, psicólogo norteamericano, que manifestó que las primeras emociones que surgieron en los individuos fueron: el miedo, la ira y, en último término, el amor. Por ser el amor relativamente reciente en nuestras experiencias humanas, sería lógico concluir que aún estamos en el comienzo del aprendizaje y de la educación de esa emoción.
Dando continuidad al análisis, habló sobre la clasificación de los individuos en dos biotipos distintos -creada por Pedro D. Ouspensky-: los seres fisiológicos, aquellos que viven en función de la satisfacción de los instintos básicos (comer, dormir, hacer sexo); y los seres psicológicos, que además de ejercitar las mencionadas funciones instintivas básicas, también poseen aspiraciones ético-morales.
De conformidad con lo explicado, la búsqueda de la felicidad y de la plenitud es inherente al ser humano, y para la mejor comprensión de los mecanismos de conquista de tales estados, la Filosofía siempre procuró responder las siguientes cuestiones: ¿Quién soy? ¿De dónde vengo? ¿Hacia dónde voy? ¿Por qué sufro?
El autoconocimiento sería, por lo tanto, indispensable para alcanzar tal objetivo. No por otra razón, Sócrates y Platón habrían enseñado acerca de la necesidad del viaje interior. Dando confirmación a esa propuesta, Jesús hablaría acerca del reino de los cielos dentro del ser humano y, más tarde, en el siglo XIX, el Espiritismo recurriría al conócete a ti mismo del pensamiento socrático, a fin de orientar acerca del recurso eficaz más práctico, para progresar en esta vida y no dejarse arrastrar por las malas tendencias morales.
Divaldo manifestó que pese a que los individuos estén conscientes de esa urgente necesidad, de la labor de autoiluminación, la mayoría opta por la simple atención de los instintos básicos, en la búsqueda del placer inmediato. Las consecuencias inevitables de un comportamiento de tal naturaleza serían la frustración, el vacío existencial y, por consiguiente, el sufrimiento.
En demostración de la superioridad de la misericordia divina y del amor de Dios por toda la humanidad, se hizo mención a que, de conformidad con lo que consta en El Evangelio según el Espiritismo, el sacrificio más agradable a Dios no alude al sufrimiento, sino al amor. Se trataría del sacrificio del orgullo, del resentimiento, del odio, para que el amor sea experimentado en sus manifestaciones diversas: humildad, perdón, ternura, etc.
El ser humano estaría, entonces, destinado a la perfección y sería portador del conocimiento del rumbo seguro para la trayectoria iluminadora: las Leyes Divinas inscriptas en su propia conciencia. Toda transgresión a esas normas internas de equilibrio generarían la desarmonía interior, y de ese modo se daría lugar a que se instalaran y se desarrollaran trastornos de naturaleza psicológica y/o psiquiátrica.
El pensamiento del poeta inglés Thomas Hardy, al expresar que la criatura humana ha perdido el rumbo hacia Dios, fue desarrollado mediante la conclusión del orador: el ser humano ha perdido el rumbo hacia sí mismo, y por eso no realiza el proceso de identificación con la ley interna ni el de su observancia. Las conductas exhibicionistas, individualistas, consumistas, sexistas, serían la prueba de eso y generarían el vacío existencial. Del vacío existencial surgiría la depresión, y de esta, el trastorno esquizofrénico.
Según Divaldo, la esquizofrenia -que recibiera antes de ahora las denominaciones de disgregación de la personalidad y demencia precoz, tendría ciertos síntomas característicos, tales como la alteración del pensamiento, de la percepción sensorial, del comportamiento y del afecto. Durante mucho tiempo, ha sido considerada un castigo de Dios o una manifestación demoníaca.
A continuación, describió la labor del médico francés Dr. Philippe Pinel, considerado por muchos el Padre de la Psiquiatría, que liberó a sus pacientes esquizofrénicos del terrible pabellón Bicêtre, delHospital de la Salpetrière, para concederles un tratamiento más humano y devolverles la dignidad, creando de tal modo lo que llegó a ser conocido como terapia moral.
También mencionó que durante un determinado tiempo, la esquizofrenia fue considerada incurable. Con el avance de la Psiquiatría, de la Psicología y de las Neurociencias, se ha descubierto que ese trastorno podría ser completamente curado, y que las causas podrían ser endógenas (herencia, alteraciones fisiológicas, etc.) y exógenas (acontecimientos de la vida, traumas de la infancia, etc.).
Además, con respecto a las causas, Divaldo agregó a las conocidas por la ciencia académica, los conflictos y las culpas de reencarnaciones anteriores, y también las obsesiones espirituales, que corresponderían a los efectos de las acciones negativas del pasado. Esas influencias negativas y persistentes de Espíritos inferiores sobre un individuo, podrían conducirlo a estados de trastornos psicológicos y psiquiátricos tales como la esquizofrenia, afectándole no sólo el equilibrio psíquico sino también su estructura física.
El Espiritismo, entonces, en su aspecto científico, nos presentaría los fundamentos de la existencia de Dios, de la inmortalidad del alma, de la comunicabilidad de los Espíritus y de la reencarnación, brindándonos, además, las consecuencias filosóficas y morales de esas realidades. Tales conocimientos conducirían a la comprensión de las causas profundas de las patologías psicológicas y psiquiátricas. Asimismo, la solución para todos los padecimientos humanos estaría expresada en el mensaje terapéutico de Jesús, cuando nos recomendó que nos amásemos los unos a los otros como Él nos amó, perdonando y autoperdonándonos, de modo que transformemos nuestra vida en un verdadero poema de amor.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Simon Pires y Alan Page
Fotos: Simon Pires y Alan Page
(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)
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