Conferência Pública: “A Imortalidade da Alma e o Espiritismo”
Na última sexta-feira, 20/02/2015, o médium e orador espírita Divaldo Franco proferiu uma conferência na cidade de Uberlândia/MG. O evento foi realizado no Convention Center e contou com a presença de 5000 pessoas. Homenagens foram conferidas ao palestrante, que completou em 2015, 60 anos de oratória no Triângulo Mineiro. Emocionado, Divaldo agradeceu os gestos de carinho e reconhecimento, mas transferiu as homenagens aos dedicados trabalhadores espíritas daquela região. A conferência foi iniciada com dois grandes pensamentos: o primeiro, de Marco Túlio Cícero, que afirmara que a História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a Verdade; o segundo, de Francis Bacon, que preconiza que uma filosofia superficial leva ao materialismo, mas uma filosofia profunda leva à Deus, à verdadeira religião. Aproveitando-se desses pensamentos, Divaldo demonstrou que a História, desde a Antiguidade Oriental até os nossos dias, é um manancial inexaurível de informações a comprovarem a imortalidade da alma.
Foram descritas as narrativas do historiador grego Heródoto de Halicarnasso a respeito de Creso, rei da Lídia, e das ocorrências mediúnicas de sua vida; e, também, os fatos transcendentes da existência do filósofo Sócrates, narrados por Platão e Xenofontes; ainda, as interferências espirituais na vida do general Brutus, conforme relato do historiador Plutarco. Em seguida, foi analisada a proposta do fisiologista francês Charles Richet, que fez um estudo metodológico da Humanidade e a dividiu em 4 períodos: o primeiro, que vai até o ano de 1778, chamado de mítico, porque embora a fenomelogia mediúnica já existisse, ela não tivera sido estudada adequadamente pela Ciência, merecendo, entretanto, o registro histórico; o segundo, o período magnético, entre os anos de 1778 e 1848, destacando-se aqui a figura do médico Franz Anton Mesmer, que estudou o magnetismo e afirmou que o Universo é sustentado por um fluido que se encontra em todos os seres e pode ser transmitido, sendo seguido por outro grande pesquisador, continuador de seu trabalho, o Marquês de Puységur, e também influenciando, mais tarde, os trabalhos de Jean Martin Charcot e outros; o terceiro período, denominado espirítico e iniciado a partir de 1848, com os fenômenos mediúnicos em Hydesville/EUA, com as irmãs Fox, mas que se consolidou com as investigações de Hippolyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, que resultaram nas 5 obras básicas do Espiritismo e outras; e, finalmente, o quarto período, o científico, a partir de 1872, quando os fenômenos mediúnicos passaram a atrair grandes cientistas, como Charles Richet, Sir William Crooks, Cromwell F. Varley, Alfred Russel Wallace, Cesare Lombroso etc., e começaram adentrar as academias.
Divaldo apresentou os fundamentos básicos do Espiritismo, esclarecendo que a Doutrina Espírita, sendo o Consolador prometido por Jesus, não apenas comprova os fatos mediúnicos e os seus outros postulados, como também oferece uma filosofia comportamental e uma ética profundas aos seres humanos. Evocando a tese de Elisabeth Lukas, eminente psicóloga, afirmou que a meta essencial da vida é amar e que devemos exercitar o auto-amor, que nos levaria ao auto-perdão, e o amor aos semelhantes, que nos facultaria o perdão às faltas alheias. Para exemplificar, Divaldo Franco narrou belíssima e comovente história sobre o amor e o perdão, ocorrida no período do genocídio armênio perpetrado pelos turcos, elucidando que perdoar não significa conivir com o erro ou esquecer a ofensa, mas não revidar o mal com o mal. Convidando a todos para a vivência da mensagem do Evangelho e do Espiritismo, insculpindo-se o Cristo nos próprios corações, o orador encerrou a conferência proferindo o Poema da Gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Sandra Patrocínio/Edgard Patrocínio.
(Informação recebida em email de Jorge Moehlecke)
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