12-10-2013
Seguindo a programação, Divaldo Franco discorreu sobre o tema Psicologia do Perdão. Com vigor, grande disposição e acendrado amor e devotamento ao próximo, o Paulo de Tarso da Atualidade apresentou o trabalho desenvolvido por Simon Wiesenthal, um sobrevivente de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Após passar cerca de quatro anos de sua vida nesses campos, dedicou sua vida a localizar, identificar e levar à justiça criminosos nazistas. Estando ainda prisioneiro, uma enfermeira alemã foi chamá-lo para atender a um pedido de um enfermo no hospital que abrigava os soldados alemães feridos. Era Karl Silberbauer, oficial da Gestapo, já em seus últimos dias, que implorou o perdão de Simon. Karl Silberbauer esteve presente no massacre de uma cidadezinha e foi um dos oficiais que exterminou a família de Simon.
Inúmeros casos de perdão foram narrados pelo mestre da oratória, desde os mais recuados no tempo, aos mais recentes, voltando a perguntar ao público: Você é assim, permite-se perdoar? O perdão, disse, é uma mensagem que ensina a transcender o mal. A psicologia do perdão leva o homem a não retaliar, a se depurar para lograr a plenitude da vida, que será alcançada pelo exercício das mensagens cristicas, principalmente as exaradas no Sermão da Montanha.
Apoiando-se nos estudos de Philippe Pinel, Emil Kraepelin e outros, Divaldo falou sobre os transtornos psiquiátricos com leveza, em uma abordagem agradável, pois que o tema é, por si só, bastante depressivo. Uma aula ministrada com toques de humor contagiante, enaltecedores dos bons sentimentos, do equilíbrio e do amor. Foram momentos riquíssimos.
Seguiu-se, desta forma, a abordagem de reflexões sobre o perdão. Essas reflexões estão baseadas nos estudos que a Dra. Robin Casarjian, psicoterapeuta, coordenadora de seminários sobre técnicas e psicologia do perdão.
O período noturno início com uma bela apresentação musical ao piano executada por Henrique e Guilherme Baldovino, remetendo o público a patamares mais elevados de harmonia, paz e sensibilidade. Citando o pensador russo Fiódor Dostoiévski, Divaldo destacou uma de suas expressões, a beleza salvará o mundo. Exemplificando essa afirmativa, Divaldo apresentou uma narrativa sobre as janelas da tristeza e da felicidade. Uma oposta a outra. Quando a criatura humana se encontra em uma delas, há sempre a possibilidade de passar a ver o mundo através da janela oposta. Importa que, quando esteja na janela da alegria, possa a criatura sair para ajudar o seu semelhante.
Depois adentrou-se pela comovente história acontecida durante a Segunda Guerra Mundial, notadamente no Campo de Concentração de Majdanek, na cidade de Lublin, na Polônia. História que se encontra narrada em o livro Os Pantanais da Alma do psicólogo e escritor norte-americano Dr. James Hollis, que recebeu a visita de uma ex-prisioneira de Majdanek. Era o sentimento de culpa a atormentar a infeliz prisioneira.
Segundo a Mentora Joanna de Ângelis a criatura humana não deve se sentir culpada, mas responsável, inclusive pela reabilitação. Sentir-se culpado é carregar cargas emocionais de grande significado que invariavelmente asfixiam o ser. Salientou Divaldo Franco, o Peregrino de Jesus, que o indivíduo maduro psicologicamente é aquele que assume a responsabilidade pelos seus atos.
Finalizando mais uma atividade desse grandioso encontro terapêutico, Divaldo conduziu os presentes em uma visualização terapêutica, com a finalidade de propiciar um encontro com o perdão.
Outras fotos do Encontro Fraterno dia 12/10, https://www.facebook.com/profile.php?id=100000043633220
Texto: Paulo Salerno
Fotos:Jorge Moehlecke
(Texto e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)
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