Por mais de vinte anos Divaldo visita o Centro Espírita Casa da Redenção, naRue Cabanis Chaudronniers, 56, na agradável cidade de Orly, distante de Paris vinte quilômetros aproximadamente, levando a mensagem imorredoura do amor, consolando e amparando com as luzes da Doutrina Espírita aqueles que desejam se iluminarem. O público formado por cinquenta e oito pessoas aglomerava-se na pequena sala da instituição para ouvir o Arauto do Evangelho de Jesus esclarecer sobre a depressão e as obsessões.
No seis de junho o Semeador de Estrelas saiu a semear. Referindo-se ao notável codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec e ao seu magnífico e monumental trabalho, disse que o Mestre Lionês teve a extraordinária intuição de dizer que tudo o que acontece ao ser humano é resultado de uma ação anteriormente praticada, e que obedece a uma lei da Física, a de causa e efeito, uma das mais notáveis leis que existe no Universo.
A grande pandemia vivida hoje em todos os continentes, a depressão, foi abordada de forma clara e objetiva, apresentando as suas causas internas e externas, os chamados eventos de vida. Asseverou que o indivíduo depressivo perde a razão de viver, perde o sentido existencial. A análise apresentada foi sob uma ótica específica, ou seja, quando Allan Kardec teve a oportunidade de dizer que nem toda loucura é apenas loucura, e que quando a obsessão se prolonga por um tempo expressivo desencadeia transtornos psicóticos graves. Logo, nem toda depressão é apenas depressão.
A obsessão, explicou, é o domínio de um Espírito sobre outro Espírito, é o constrangimento de um, imposto ao outro. Elucidando a assertiva de Allan Kardec, Divaldo Franco apresentou dados sobre o trabalho desenvolvido pelo eminente médico francês Philippe Pinel que libertou mais de seiscentas pessoas que estavam internadas como loucos, sendo considerado o pai da psiquiatria.
Eloquente, Divaldo apresentou uma experiência própria e que foi protagonizada por um de seus filhos adotivos no ano de 1978, então com dezesseis anos de idade. Um caso gravíssimo de obsessão que acabou por levar o jovem rapaz a ser internado em um manicômio naquela ocasião. Como é habitual, o orador por excelência Divaldo Franco narrou os acontecimentos com a alma, sua vivência, suas ações e diálogos entabulados naquela ocasião.
O momento foi especial, uma experiência ímpar na cidade de Orly, na pequena sala que abrigou o grupo modesto em números. A história narrada evidenciou o amor, o perdão, as leis da vida. O pequeno grupo, ali presente, parecia tornar-se uma grande pilha de energia, uma potente bateria humana, tal era a potência da vibração do amor. Que trabalho ímpar, magnífico!
As pessoas ficaram magnetizadas, e como o local é uma espécie de subterrâneo, propiciou recordar os cristãos da hora primeira, reunidos em as catacumbas. O amor é lâmpada acesa a iluminar as mentes e corações. Aluminosidade do amor, a sua luminescência, reproduziu-se na intimidade do exíguo espaço físico onde se encontrava o pequeno grupo de pessoas que ascendeu, em pensamento e vibrações, aos ilimitados espaços espirituais, levados todos pelo verbo inflamante e sensível do Arauto do Evangelho de Jesus. Vale a pena amar!
Após o término da conferência, Divaldo Franco, orador de caráter e ética forjados no mais puro aço inoxidável brasileiro, respondeu a várias perguntas, atendendo com carinho, ouvindo com paciência e oferecendo para todos uma palavra de estímulo, um consolo, distribuindo a alegria de viver.
Fotos: Ênio Medeiros
Texto: Ênio Medeiros e Paulo Salerno
Abraços,
Jorge Moehlecke
(Texto e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)
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